Segundo aquele centro de investigação, o número de países que limitam o acesso à Internet tem aumentado nos último anos e os argumentos são mais que muitos: protecção de direitos humanos e protecção dos direitos de propriedade, razões de segurança nacional, preservação de valores culturais e religiosos, etc.
Conclusão: o que se vê (bem como o que não se pode ver) na Internet é decisão que está nas mãos do senhores do Poder. Se isto até pode fazer sentido quando falamos, por exemplo, de pornografia infantil ou sites de organizações terroristas, que dizer de restrições descabidas, como o aludido caso do Paquistão que – por capricho fundamentalista - originou o bloqueio global do maior portal de partilha de vídeos?
A Internet pode ser um terreno lodoso, é certo. Mas até que ponto devem os governos interferir na liberdade de informação e de expressão quando o argumento é de índole político-social ou religiosa? E até que ponto não se poderá falar em info-exclusão ao negar-se a um cidadão num determinado ponto do Globo o acesso ou a publicação de conteúdos que são do seu interesse?
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O caso da China tem sido dos mais mediatizados, mormente desde que vigora um regulamento cheiínho de restrições no acesso à Internet, o qual prevê que os fóruns de discussão sejam constantemente examinados por comissões específicas e onde a palavra “democracia” não pode ser publicada.
Não é por puro acaso que os países mais visados nos mapas traçados pelo aludido estudo são os correspondentes ao Norte África, Médio-Oriente e Ásia. Mas não se caia na veleidade de achar que o controlo ideológico só ocorre em países terceiro-mundistas, cujos sistemas políticos estão longe de poder ser denominados de 'democracia'.
Até porque nesta aldeia global, são muitas as ‘casas’ com telhados de vidro...Veja-se o flagrante caso dos EUA, quando o Pentágono resolveu impor a proibição aos soldados americanos em missão no Iraque de criarem blogs.
Por conseguinte, vale bem a pena analisar minuciosamente os mapas e debruçarmo-nos sobre as pertinentes conclusões aqui. Antes que seja tarde de mais, que é como quem diz, antes que alguém nos negue o acesso a tal informação....
1 comentário:
Aliás, EUA, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, usando as novas tecnologias da comunicação conceberam o sistema Echelon que permite escutar e ver tudo, tendo já levado a detenções grosseiramente erradas.
Quanto a limitar a Net, já lá vai o tempo em que o Ministro Carrilho mandou fechar o "Terravista", por um adolescente ter posto bonecada ousada on-line.
Bem mais graves são os casos de Cuba, Bielorrússia, Malásia, entre outros, onde o ataque é à liberdade em si.
Trata-se de procurar manter na ignorãncia as pessoas, para melhor as domar.
Falta, como defendi na minha tese, uma ética nova para um fenómeno - a Rede - novo.
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