“Caso Esmeralda”, é o título atribuído pela comunicação social à história sobre a disputa dos direitos adoptivos de uma menina de 6 anos, entre um sargento (pai adoptivo) e o seu pai biológico. Trata-se já de um assunto corriqueiro e do conhecimento geral, que voltou a ser noticia nos últimos dias:
O tribunal acaba por decidir pela entrega da criança ao seu pai biológico.
O tribunal acaba por decidir pela entrega da criança ao seu pai biológico.
Embora não tenha conhecimento técnico sobre o assunto, o facto de ser um “telespectador” dá-me o direito à crítica e ao comentário: Que um senhor ao fim de 6 anos, ao fazer uma retrospectiva da sua “juventude rebelde”, se lembre que existe a possibilidade de ser pai de alguém, não me parece estranho… o que não faz sentido é que exista uma “lei” que deixe que um tipo assuma responsabilidades nos “anos de ouro” da sua vida, sem ser responsabilizado pelas más decisões do seu passado…
O mais grave é que, segundo o que ouvi, esta “passagem de testemunho” terá de ser até ao final do ano.
No mínimo e partindo do principio que esta decisão será definitivamente para acatar, o que se esperava era um “longo” período de transição para a adaptação da criança de 6 anos à nova realidade... e isso não está a acontecer!!!
... e no fim disto tudo, pergunto: e a Esmeralda?
4 comentários:
Não se trata de um sargento da GNR, mas do Exército.
O mais importante neste caso é que valor terá o princípio que manda levar em linha de conta e acima de tudo o resto o interesse da criança...
Paulo,
Agradeço desde já a correcção.
Sem dúvida que o que deveria pesar na decisão dos tribunais deveria ser o interesse da criança... mas pelo que assistimos, julgo que isso não está a ter a relevância justa e necessária.
Mais acrescento:
o objectivo do meu post é precisamente esse, dar a importância à Esmeralda num caso que está em tudo relacionado com ela, mas que não parece. A "passagem de testemunho" referida no post é a metáfora utilizada para definir a "responsabilidade em educar"... porque, pelo que percebo, é isso que se discute nos tribunais...
Daí a pergunta: e a Esmeralda?
Convido-o a reflectir sobre a morosidade das acções judiciais, e a perceber melhor quando é que o pai biológico reclamou a criança.
Apesar disto, também entendo que é o interesse da criança que impera. É desumano que assim não seja.
No entanto, o nosso país tem leis que são para cumprir, e acordos privados de transacção de crinaças não me parece que fiquem a descoberto. As leis de adopção são claras, e qualquer pessoa sabe que não é de qualquer maneira que se fica com uma criança.
Os adultos agiram mal.
Agora, só nos resta salvaguardar a criança.
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