Há dois dias, vi uma reportagem televisiva em que se apurava que o interesse dos não autóctones pelas festas de Barrancos diminuira abrubtamente, desde a legalização das lides com touros de morte (com visível gáudio dos barranquenhos, assim devolvidos à sua intimidade).
É inegável que o nosso povo tem incontáveis virtudes. Porém, também não fique aquém da verdade dizer-se que entre os nossos mais tremendos defeitos se contam a inveja e o voyeurismo.
Neste caso, comprova-se que os milhares de pessoas que se deslocavam a Barrancos e que acabavam por fazer pouca da lei e da Guarda Nacional Republicana, bem vistas as coisas, faziam-no com o comprazimento de quem viola uma lei impunemente e de quem desfruta de prazeres proibidos.
Em rigor, quase ninguém se deslocava ao Alentejo por afeição a um modo de toureio vetado, em Portugal.
Porquê este gosto pelo contornar da lei (como neste caso), pela desgraça alheia, pelo cobiçar do que não se tem?!
Veremos os dados finais das festas, mas não me custa acreditar que os vaticínios estejam correctos.
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