terça-feira, 13 de junho de 2006

A recusa

Já aqui tinha dito que considerava “ridícula” esta história da avaliação dos docentes, em comment ao post do Gonçalo: “Tácticas do laranjal”.
Pelo que li ontem, a Associação de Pais da Escola 2,3 Inês de Castro, em Coimbra, recusou avaliar os professores!
Os argumentos, se bem que resumidos, parecem-me interessantes.

“Consideramos a avaliação dos docentes um assunto muito sério.”
“ A proposta da Ministra não é para levar a sério.”
“… este episódio da avaliação dos professores mais não faz do que desautorizar os professores perante a comunidade estudantil, minando a credibilidade da escola pública.”
“ Os pais e encarregados de educação têm, fundamentalmente, contacto com a escola no seu conjunto, o seu funcionamento em termos gerais e não no particular, já que são utilizadores por interposta pessoa, que são os seus educandos.”

2 comentários:

Vítor Ramalho disse...

Felizmente ainda há pais que param para pensar.

el s (pc) disse...

Proposta:
Que tal os eleitores avaliarem os políticos anualmente fazendo os seus salários dependerem disso?
E é fácil: o INE mandava um inquérito para uma amostra representativa todos os meses (5.000 inquéritos mensais bastavam) e calculava-se uma média móvel de seis meses.

Mais fácil ainda, usavam-se as sondagens dos jornais sobre os ministros, governo e parlamento.

Não parece boa ideia, pois não?
O governo governaria para a popularidade e não para o futuro.

O mesmo se irá passar com os professores com pais a avaliarem estes (os que dão boas notas e são simpáticos sobem, os que são exigentes afundam-se, e com eles o futuro da educação portuguesa).

PS: Por favor parem de colocar pessoas do ISCTE (a mais mal colocado universidade pública num estudo de mérito científico) no governo.