quinta-feira, 29 de junho de 2006

Pense se quiser


A República Popular da China está na moda.
A mais da persistêncai da sua imensa população, a ideia "um país, dois sistemas" fez com que a nomenklatura chinesa, além de evitar o risco de desabamento à maneira da URSS, deslocasse o país para o "eixo do bem" ou, pelo menos, escapasse ao risco de andar fora dos eixos.
Assim, com a industrialização em curso e a abertura dos mercados, esperam-se novidades nefastas para as economias ocidentais.
A questão é que o sistema de relações internacionais obriga a esquecer questões que têm a ver com direitos humanos (o mesmo se passa em relação a quase todos os países fora da União Europeia, EUA incluídos).
Daí que valesse a pena que tivésse mais destaque um "quadradinho" que li na imprensa, que dizia que o motor de busca "Google" foi bloqueado pelas autoridades de Pequim, que apenas desejam ver os chineses a aceder ao "Google.cn", versão sujeita a escrutínio oficial (vulgo, censura).
Para além do óbvio, o que fica patente é a falta de apetite dos nossos jornalistas (parte deles, pelo menos) para explicar e analisar factos, limitando-se a "papaguear" as súmulas das agência notícias.

2 comentários:

Luis Cirilo disse...

Digamos que entre os muitos problemas ,de que os chineses tem a duvidosa honra de disfrutar,o motor de busca google não será dos mais importantes.
Embora tenha importãncia !
Sendo certo que a solução também não passará pelo novo motor ontem apresentado,o "ancoona" (curioso nome diria o nosso amigo Mota Amaral...) dado que primeiro que ele apreenda a entender chinês...
Agora no que tens absoluta razão é no tratamento dado pela imprensa ao assunto.
Se fosse um espirro do Cristiano Ronaldo,ou uma gripe da Merche Romero (curiosa associação) tudo seria bem diferente.

Gonçalo Capitão disse...

Abençoada Merche...
O problema do Google tem a ver com o facto de que agora rimo-nos para os chineses, mas a chibata interna é a mesma...