Começam a enfadar-me de morte as prédicas do Candidato-Poeta sobre a liberdade, a libertação, o anti-fascismo e afins...
Vejamos se nos entendemos: para alguém que queira cativar os eleitores nascidos depois de 1970 (tinham, mais ou menos, 4 anos à data da Revolução) importa que se perceba que "gabar a esmola dada" sem parar, a mais de imodéstia (que todos, independentemente da idade, já devem ter notado, tal a intensidade com que o faz), não emociona sequer a unha do mindinho...
Não quer isto dizer que não se respeitem os revolucionários, que não se valorize a liberdade ou que haja saudades de um regime de linha dura que, por maioria de razão, se não conheceu.
O que quer dizer é que tudo tem o seu lugar na História e que, hoje em dia, a tarefa, embora menos "vistosa", é mais difícil: há que dar qualidade à democracia que outros conquistaram, sob pena de a liberdade redundar em libertinagem, por um lado, e exclusão de muitos do cumprimento das suas promessas, por outro lado.
Creio que Manuel Alegre "enche a boca" com intervenções tribunícias sobre estes temas para disfarçar alguma inconsistência que revelou nos debates, sempre que os temas concretos ganharam algum detalhe.
Acresce, quanto à sua permanente peleja pela liberdade, que também é para isso que, há 30 anos, lhe pagamos pontualmente o ordenado, mais não fazendo que desempenhar o seu trabalho, a acreditar que o faz.
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