Francamente, já não sei que diga da Igreja Católica Apostólica Romana, por quem nutro simpatia e com cujas teses tenho muita identificação...
Depois de uma polémica proibição da entrada de homossexuais para o sacerdócio - será um fartote imaginar como vão os responsáveis verificar esta "vocação" alternativa e, melhor ainda, com base em que provas demonstrarão que foi uma perturbação transitória ocorrida mais de três anos antes da ordenação diaconal (facto de exclusão da "ilicitude", para a Cúria Romana, se bem li as notícias) - vem agora o Papa, ou alguém por ele, excluir Daniela Mercury do concerto de Natal, visto que a cantora terá participado numa campanha pelo uso do preservativo, no Brasil.
Se Daniela o fez, fez muito bem, lamentando eu que o autismo ainda domine certas partes da mundividência católica.
Defender a castidade não é incompatível com a elaboração de planos de contingência que combatam um flagelo que matará milhões de pessoas, a breve trecho, e que mais liquidará se persistirmos em pensar que certas coisas deixarão de se passar entre seres humanos, assim se tornando desnecessárias outras cautelas.
E agora se quiserem mandar a Daniela pró Inferno, tanto me faz, pois nem uma só alma se converterá com um concerto de Natal.
A cruzada do Vaticano contra os infiéis do latex promete mais vítimas que as cruzadas antigas...
A Igreja está doutrinalmente doente, para meu desgosto.
Sem comentários:
Enviar um comentário