A Ministra da Educação separou os Açores da República, e foi um lapso...
O Ministro da Defesa (sublinho que não de outra pasta, mas sim da Defesa!) disse que a independência nacional estava em perigo, mas foi em sentido figurado...
O Ministro das Finanças entregou um orçamento rectificativo, mas os números não batem certo com o pacto de estabilidade e crescimento e com a retórica eleitoral (se calhar com menos dois terços de um dos proventos, a produtividade caiu), mas também deve ter sido por engano...
E voltamos à mesma: se fosse com Santana, media e oposição já clamariam por dissoluções ou mesmo reedições do tribunal de Nuremberga, tal o estardalhaço que adquiriam as desafinições, naquela era.
Eu aprecio a cruzada do engº Sócrates - com excepções como as SCUT, que acho uma tremenda teimosia - mas penso que ou a orquestra afina, ou as medidas impopulares tornam-se insuportáveis Quando se pedem sacrifícios e se dispara sobre antecessores é preciso, à maneira hípica, um percurso limpo (ou sem toques).
No meio disto tudo, já de si bem elucidativo sobre a era dos media (eu ando a avisar...), lamento apenas que tenha sido um jornal (Diário Económico) e não um partido a descobrir o "frango" dado pelo guardião das Finanças.
Dir-me-ão que o Orçamento entrou às 23h00 de 6ª feira na Assembleia da República. Porém, se um jornal fez trabalho no fim-de-semana, sendo uma ocasião excepcional (não há "rectificativos" todas as semanas), por que é que os deputados não fizeram? Será que ainda estarão demasiadamente bem pagos?
Mais atenção, para que também a oposição não o seja "em sentido figurado"!...
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