sexta-feira, 6 de maio de 2005

X-Files

Numa sociedade altamente mediatizada, uma vez noticiado um assunto relevante, a explicação não deve tardar, pelo menos para os da "casa" que, como os seus concidadãos, são consumidores da informação veículada pelos media.

Vem isto a propósito do veto às recandidaturas de Isaltino Morais e Valentim Loureiro, e do agrément a Isabel Damasceno.

Não discuto os casos ou as pessoas - terá de ser lobo quem quis vestir-lhe a pele... - mas se, por um lado, concordo que não pode cobrar-se tudo a Marques Mendes, por enquanto, é certo, por outro lado, que será bom que o PSD não se regenere apenas decapitando dois ou três notáveis, sem que se olhe a quem tenta submergir, para, daqui a 4 anos, voltar a aparecer de mão estendida…

E, além do mais, o critério no eixo Isaltino-Valentim-Damasceno carece de explicação, uma vez que qualquer arguido beneficia da presunção de inocência, até trânsito em julgado da sentença condenatória, seja qual for o grau de suspeição. Acresce que, não estou seguro de o primeiro ter sido acusado, embora também não seja menos certo que o Presidente em funções se chama Teresa Zambujo, e não Isaltino Morais.

Não pretendo defender ou atacar quem quer que seja, e acredito que o Presidente do PSD esteja a seguir um critério ético que consiga defender com a mestria do costume, mas não me parece defensável que se mantenham os militantes em black-out, por muito mais tempo.

No PSD, não havendo Mulder e Scully, também não pode haver ficheiros secretos.

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