segunda-feira, 18 de abril de 2005

Década e tal

A temática da limitação de mandatos é fulcral para o rejuvenescimento da nossa política e o combate ao "vício" que advém do lugar cativo.
E se, por um lado, o argumento do PS, a favor de apenas mais um mandato para quem já tenha cumprido os três mandatos previstos no diploma como máximo, me parece válido, sob pena de os resultados só se verem daqui a mais de uma década, por outro lado, penso que a sensibilidade deve imperar.
Não é fácil, quando se é sucessivamente escolhido pelos eleitores, em sufrágio livre, explicar por que é que não se pode continuar uma obra apreciada.
Como em todos os casos em que há princípios conflituantes deve procurar-se sopesar os valores, longe da mera táctica partidária.
Mais uma vez, o compromisso é desejável e imperioso (o diploma carece de 2/3 no Parlamento), e poderia bem passar ou pelo alargamento da possibilidade de recandidatura dos actuais titulares (2 mandatos, por exemplo) ou mesmo pela extensão da limitação aos deputados, já que, não obstante formarem um orgão colegial, também devem ser renovados (ou não é essa também uma das vantagens dos círculos uninominais?!).

1 comentário:

Anónimo disse...

Como sempre, Brilhante.
Um abraço de Góis´.. e também da E.S. D. Maria de Coimbra ( já lá vão uns anitos)