Com a qualidade que lhe é reconhecida, Maria Filomena Mónica traça na edição de hoje do "Público" um retrato sombrio da situação mulher portuguesa moderna: "nem a mais super das supermulheres pode levar as crianças à escola, atender os clientes no escritório, ir à hora de almoço ao cabeleireiro, voltar ao escritório onde a espera sempre um problema urgente, fazer compras num destes modernos supermercados decorados a néon, ler umas páginas de Kant antes de mudar as fraldas do pimpolho, dar um retoque na maquilhagem, telefonar a três 'babysitters' antes de arranjar uma, ir ao restaurante jantar com os amigos do marido, descutir a última crise governamental e satisfazer as fantasias sexuais democraticamente difundidas pelos canais de televisão. Estou a falar das, note-se, das mulheres socialmente privilegiadas. A vida das pobres é um inferno sem as consolações de que as suas irmãs de sexo, apesar de tudo, usufruem.".
Nem entro no jogo de perceber se as consoloções se fazem de Kant, ou de saber se a mulher-moderna-tipo tem mesmo que ler o filósofo, mas creio que o texto peca um pouco por generalização e por deixar água na boca quanto à solução de um problema que, reconheço existe.
Sou, todavia, contra as quotas obrigatorias. Mais adiante explicarei porquê.
Nem entro no jogo de perceber se as consoloções se fazem de Kant, ou de saber se a mulher-moderna-tipo tem mesmo que ler o filósofo, mas creio que o texto peca um pouco por generalização e por deixar água na boca quanto à solução de um problema que, reconheço existe.
Sou, todavia, contra as quotas obrigatorias. Mais adiante explicarei porquê.
Sem comentários:
Enviar um comentário