quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Lado Negro do Comunismo


Mário Nogueira, o eterno líder sindical da FENPROF é um autêntico poeta cuja prosa devia estar nas prateleiras das mais conceituadas bibliotecas mundiais.

Passe a hipérbole, convenhamos, o tipo não se manca.


Falemos então de “formação democrática”. 

Ao contrário do “Camarada Mário”, os “jovenzinhos” nunca precisaram de votações de braço no ar para serem eleitos para o que quer que fosse, ao contrário do próprio, que passeou pela passerelle comunista (vulgo Politburo português, ou Comité Central, como lhe queiram chamar…) através dessa metodologia eleitoral.

Considerará este comunista de Coimbra, candidato a deputado pelo PCP pelo menos umas 3 vezes, felizmente sempre sem sucesso eleitoral… que o voto de braço no ar é o que melhor se coaduna com o espírito de frontalidade que prevalece no PCP! Se assim não fosse, não teria aceite integrar o Politburo Comunista em tempos…

Mas continuemos a falar de liberdade. Esta malta é a favor da limitação de mandatos para os políticos… mas para os sindicalistas não!

Esta malta entende que os políticos devem ter vida para além da política… mas pelo contrário, os sindicalistas não podem ter vida (profissional, entenda-se) para além dos sindicatos.

Depois, como se não bastasse, escondem-se atrás de foices e martelos para dizerem os mais inimagináveis disparates, sem contudo se preocuparem com um conjunto de valores que lhes permite essa maneira livre de olhar o mundo.

Façamos uma pausa… e imaginemos o projeto de liberdade desta gente.

1 comentário:

Joaquim de Freitas disse...

Antes de mais, que seja bem claro que não defendo o monolitismo comunista nem pretendo desvendar o que se encontra ainda hoje de criativo por trás das teias de aranha dos PCP's do mundo actual.
Mas alguns dos termos utilizados pelo Caro Companheiro do Lodo interpelaram-me e, se é fácil de vituperar a acção do sindicato e do partido em questão, talvez seja interessante de constatar onde se situam os oponentes a esta linha de acção.
Este sindicato e este partido inserem-se num regime democrático. Logo têm o direito de existir. Os métodos e a ideologia que utilizam podem e devem ser combatidos com armas idênticas : as armas do dialogo construtivo.

Depois, podemos analisar os progressos, ou melhor, os resultados obtidos pelas ideologias opostas que animam o sistema economico vigente nos países ocidentais.

O dogmatismo, a cegueira, serão exclusivos do pensamento comunista?

A burocracia ordinária que serve o sistema totalitário, ligado por um juramento de obediência e fidelidade ao sistema serão apanágio exclusivo do pensamento comunista?

O burocrata não tem época, nem nacionalidade, nem cor, ele é o mesmo em toda a parte, obediente e gentil, mesmo correcto.
Ele crê sinceramente no que faz, é um dos numerosos activistas da devastação capitalista que nos corrói. Vejamos os de Bruxelas.

Ele é um dos que interiorizou a economia de mercado, como valor sagrado; ele é um dos que crêem nos efeitos benéficos do turbocapitalismo, uma crença cega, que não tolera nenhuma contestação, como todos os dogmáticos; ele é daqueles que capitulam e colaboram, um processo no qual o vigésimo século nos levou tragicamente.

Isto é, outra forma de capitalismo que aumenta como nunca a produtividade do trabalho e do capital esquecendo a eqüitativa repartição das riquezas. E que mergulhou a maioria dos indivíduos na insegurança e na angustia recorrente.

Não é no sistema vigente anti-comunista que encontramos hoje o segredo, a corrupção, a mentira erigida em dogma e a falsificação deliberada , criados como meios de chegar à realização política?
Temos de admitir que a veracidade não é a mais partilhada das virtudes políticas.

Vemos bem que as lições de democracia são delicadas quando se vive numa sociedade liberal. Porque liberalismo e democracia não são sinonimos.

Os PCP's e outros partidos extremistas retiram grandes benefícios desta situação. Mas quem pode negar que a luta de classes prossegue, com um notável ascendente para os ricos. Mas atenção ! porque se os ricos são cada vez mais ricos e que os pobres não têm nada onde espetar o garfo, quando os tempos serão ainda mais difíceis não restara nada de outro que comer os ricos!

Como Erdem Gunduz o homem de pé da praça Taksim contra o presidente Erdogan, e os jovens do Rio de Janeiro , fartos do "milagre economico" ,frente à polícia, levantemos a cabeça e, se consideramos que as ordens ou as orientações não são conformes à ideia que fazemos da honra, da liberdade, da justiça e da humanidade, então não capitulemos; coragem, resistamos! Não deixemos os PCP's sozinhos na frente!