"(...)As reformas estruturais nunca passaram de um chavão. É preciso uma coragem sem
limites para fazer a mudança de regime e criar uma sociedade nova em Portugal,
mais livre e independente, mais sujeita ao risco mas com mais oportunidades.
Talvez falte espessura intelectual no Governo. Talvez dois dos pilares da troika (finanças públicas e sistema financeiro) estejam a ensombrar o terceiro (as reformas). Mas se tudo isto, esta consumição, esta hiper-tributação, esta vergonha de sermos pedintes, esta pobreza crescente for apenas para manter o que sempre existiu, na política, na economia, na sociedade, então será como prenunciou Lampedusa, é preciso que algo mude para tudo fique na mesma.
Passos Coelho ainda precisa de provar que consegue fazer o que quis prometer. Tem a última chance agora. Porque se tudo isto for para ficar na mesma, então o primeiro-ministro tem razão: o melhor é emigrar."
Talvez falte espessura intelectual no Governo. Talvez dois dos pilares da troika (finanças públicas e sistema financeiro) estejam a ensombrar o terceiro (as reformas). Mas se tudo isto, esta consumição, esta hiper-tributação, esta vergonha de sermos pedintes, esta pobreza crescente for apenas para manter o que sempre existiu, na política, na economia, na sociedade, então será como prenunciou Lampedusa, é preciso que algo mude para tudo fique na mesma.
Passos Coelho ainda precisa de provar que consegue fazer o que quis prometer. Tem a última chance agora. Porque se tudo isto for para ficar na mesma, então o primeiro-ministro tem razão: o melhor é emigrar."
editorial da edição de hoje do Jornal de Negócios, por Pedro Santos Guerreiro, na íntegra AQUI
1 comentário:
Cara Dulce
Aquando das ultimas eleições em Portugal, tinha escrito este comentário num “blog” amigo do Lodo:
“Em Portugal, a Democracia falou ! Pena foi que só metade do povo se tivesse exprimido, porque isso enfraquece a Democracia.
Mas o mesmo sucede em toda a parte, salvo raras excepções. Como dizia o grande Soljenitsyne :
“ Na URSS reina a censura, mas no ocidente vocês podem falar, exprimir-se, mas não serve para nada”.
Porque a partir do momento em que somos governados por oligarquias, e isto sem ser pessimista, o sistema porta nele mesmo o fermento do fracasso, porque os sistemas sociais que se apoiam nele estão condenados a desaparecer, depois de uma grande resistência das oligarquias.
Vê-se bem que estamos a chegar à fase terminal, na qual o sistema dominante, económico, financeiro e político estão a ficar sem fôlego. As grandes mudanças de paradigma vão-se impor. Mas não antes que todas as “construções” das oligarquias se desmoronem: EURO, ONU, EU, FMI.
Então, talvez os valores reais que se fundam na liberdade e na prosperidade dos homens poderão voltar.”
Bom Natal
Freitas Pereira
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