Vi e li a entrevista do Cardeal Patriarca de Lisboa e prefiro mesmo citar, para me não enganar: "No ano em que completou 75 anos de idade e 50 de ordenação sacerdotal, o cardeal Patriarca de Lisboa fala da necessidade dos portugueses ajudarem o Governo a encontrar soluções para ultrapassar a crise. D. José Policarpo afirma ainda que a Igreja não deve praticar política directa, porque 'ninguém sai de lá com as mãos limpas' " (Jornal de Notícias, edição on-line, ontem. Sublinhados meus).
Eu que respeito muito a Igreja e que acredito na importância da Fé, acredito que possa só possa ter sido engano... Eu saí com as mãos limpas e conheço (mesmo) muita gente que também o fez.
Estaria a aplaudir se D. José Policarpo tivesse dito que ninguém sai de lá com a reputação limpa. Isso sim! Cá por mim ainda estou a sacudir a lama que me atiraram. Mas a vida partidária é assim: quando eles vêm em grupo é meter a viola ao saco e mudar de vida...
3 comentários:
A opinião do Cardeal focou-se no senso comum Gonçalo.
Ele também tem o seu eleitorado não é? Apesar de não concordar com a afirmação, compreendo que a faça. =)*
A Igreja Portuguesa aparentemente não mudou… Quando jovem, foi assim que a descobri um dia, de mãos dadas com os políticos de então, quero dizer com Salazar e a sua política de opressão . A Fé não a perdi, mas a raiva ganhou-me, quando constatei a pobreza dos meus compatriotas, que, silenciosamente, de cabeça baixa, lá iam sobrevivendo, salvo alguns corajosos que pagaram com a própria vida, por vezes, o arrojo de combater o binómio Igreja e Estado Novo. Nunca compreendi porque é que a Igreja esteve sempre do lado dos poderosos, contra os oprimidos. Salvo raras excepções.
Embora num pais de liberdade hoje, que um representante da Igreja pense que são os mais fracos que devem salvar a sociedade, é algo de insuportável.
Freitas Pereira
Tânia: não pode, a menos que traia o seu fim.
Freitas Pereira: a Igreja converteu-se, em parte e infelizmente, numa estrutura de poder. O ser humano fez o resto...
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