sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Finalmente, acabaram as férias!

Tem o polémico título a ver com o reinício da temporada oficial de futebol e com o fim desse mês e meio de jogos a feijões e de transferências que nunca chegam a ser.


Com a bola a rolar e como mero adepto (condição que nunca abandonei, mas a que retorno em singelo e com alegria), a minha primeira palavra vai, evidentemente, para a Académica: parece-me que se reforçou bem, a começar no que toca à equipa técnica. Seguindo o exemplo de Domingos, André Villas-Boas (não escondo o orgulho em ter desequilibrado a seu favor, numa escolha que podia ter ido para outro lado) e Jorge Costa (embora com passagem efémera), Pedro Emanuel percebeu a “personalidade” da Briosa e deu-lhe um jogo vistoso. Poderemos ter, por isso, uma boa época, assim os conimbricenses estejam à altura da sua equipa. Tudo isto com um orçamento cada vez menor!... Quanto ao Jamor, o meu sonho prossegue…


Sporting: afinal, Bruno Carvalho, ao invés do que disseram, não era o único demagogo. Entendo que a Direcção actual, com a ânsia de ganhar as eleições, não teve a moderação e o pudor necessários, num ano em que mudaram dirigentes, técnicos e mais de meia equipa. A bagunça nas bancadas vem disto e não de qualquer incapacidade de Domingos Paciência.


Porto: ou me engano muito, ou a coisa não vai correr tão bem, esta época. Não só a equipa está um nada mais fraca, como me parece que Victor Pereira não tem, nem de perto nem de longe, o carisma de alguns dos seus antecessores. Relembro que a estrutura portista requer vozes fortes. Não digo que não ganhem quase tudo a nível nacional, mas não vejo Europa ao fundo do túnel.


Vitória de Guimarães: falo apenas das recentes agressões a atletas, para dizer que já o esperava. Sucessivas direcções do Vitória e legiões de comentadores sempre acharam muita piada ao alegado espírito bairrista e guerreiro das claques vitorianas (que não confundo com o Clube, sublinho), quando era evidente que se tratavam, pelo menos em larga fatia, de grupos de jovens selvagens e com tendências delinquentes que, só mencionando o caso das visitas a Coimbra, sempre acharam muita piada a partirem cadeiras e, nos autocarros, a mostrar as nádegas a mulheres e crianças, rua fora (no fundo, qualquer um gosta de exibir a sua fonte de sabedoria, dirão os mais mordazes…). Para o bem de um grande emblema do nosso futebol, a Direcção acordou, embora tarde e a más horas.


Árbitros: a nossa arbitragem é má, mas isso não deveria surpreender ninguém! Nunca mais se acaba com o secretismo e compadrio das avaliações e (des)promoções, privilegiando quem deixe jogar e quem não tenha dualidade de critérios. A arbitragem portuguesa é timorata, bastando um exemplo clássico: se virado para a sua linha de fundo um defesa se deixar cair ante a proximidade de um avançado contrário, não há árbitro que não marque falta, para não correr o risco de haver um golo discutido. Mas não se enganem os “engenheiros” do futebol, pois a profissionalização só trará poiso para os “amigos”, introduzindo ainda mais dinheiro na equação. Convençamo-nos: o problema é do povo e não de qualquer classe, seja ela a dos políticos ou a dos árbitros.

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