Se havia página d'A Bola que eu gostava de ler nas raras vezes que o jornal me vem parar às mãos, era a das crónicas dos gatos Ricardo Araújo Pereira e José Diogo Quintela, a torcer pelos seus clubes, SLB e SCP, respectivamente. Mas ao que parece, um destes dias o lápis (literalmente) azul falou mais alto e a última crónica do «gato verde» saiu com certos cortes, sem que o cronista fosse disso avisado. Os cortes recaíram sobre trechos em que Quintela «respondia» a Miguel Sousa Tavares a propósito de uma troca de palavras quanto ao célebre Apito Dourado. Pormenores à parte, é de concluir que, desta vez, até o diário comummente associado ao Benfica se prostou perante os papões do Norte. O resultado? Quintela abandonou a crónica e RAP fez, num gesto solidário para com o colega, o mesmo. Quem fica a perder? Todos. O humor intercalado com momentos de pura lucidez (que tanto escasseia no meio), viesse de quem viesse, tornava o desportivo numa leitura mais sadia. Agora MST pode respirar de alívio: tem o jornal por sua conta e ninguém à sua altura para lhe lembrar que um homem com a sua inteligência não pode fingir acreditar que o Apito Dourado é uma mera ilusão futebolística.
1 comentário:
Sempre achei Miguel Sousa Tavares um tipo presunçoso e entediante.
Tomara o País que ele tivesse a grandeza humilde de ambos os progenitores.
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