sábado, 6 de março de 2010

Passos Coelho à R. de São Caetano

Continuando a saga da semana passada em que avivei a necessidade do PSD Mudar de vida, agora deixo aqui a minha preferência para líder do partido.

E é sem grandes notas introdutórias que vos digo que votarei novamente em Pedro Passos Coelho (PPC). Já o fiz há dois anos, fá-lo-ei novamente, mas desta vez ainda com maior determinação.

PPC soube-se preparar para a imensidão da empreitada que o aguarda. Melhorou o discurso, trabalhou o partido, preparou os dossiês, definiu claramente a sua declaração de missão e sabe explicar com clareza a sua visão para o País. Creio que tem um futuro enorme à sua frente.

Revejo-me nas suas ideias sobre o papel do Estado: “Menos Estado, Melhor Estado”. No reforço da iniciativa privada. Na necessidade de diminuir a ditadura fiscal que asfixia as nossas empresas e no imperativo de as tornar mais competitivas nos mercados hipercompetitivos como aqueles onde hoje actuam.

A candidatura de PPC representa uma perspectiva de união para o PSD e de estabilidade para o País. Não será um líder de facção nem temporário. Será sim uma verdadeira alternativa ao PS e ao Eng.º Sócrates, ou seja, aquilo que o País realmente necessita.

Mas a motivação inerente ao voto em PPC não se fica por aqui. Há ainda o “cardápio” de candidatos disponíveis. Não tenhamos dúvidas que entre as opções, o pior que poderá suceder ao PSD é escolher Paulo Rangel (PR) para líder e não são necessários mais debates para se perceber que não tem o perfil nem a preparação necessária para importância da “guitarra”. Ou seja, há claramente falta de unhas...

Se o PSD decidir ir por aí, veremos um líder com traços populistas nunca vistos. Será o discurso do show e a política do espectáculo no seu esplendor máximo. E não deixa de ser irónico que é precisamente esse tipo discurso e de espectáculo que MFL acerrimamente combateu durante anos. Face a este dilema, não espantaram os empurrões a Marcelo Rebelo de Sousa.

Para os apoiantes de PR, há dois anos PPC era muito novo para a empreitada. Agora que PR é mais novo que PPC, tem a vantagem de parecer mais velho. Ou seja, os argumentos oscilam consoante as necessidades. Tudo em prol da manutenção do poder.

O PSD é um partido com a tradição de bem receber e PR foi bem recebido. Foram-lhe dadas oportunidades de participação cívica. A ex-filiação centrista não foi entrave ao acolhimento. Agora, escusava de cair no esquecimento do próprio. É essencial àqueles que querem ser eleitos (diria até que têm o dever) explicar aos que têm o "poder" de os eleger as suas ideias e também, claro, o seu percurso.

Do CDS prefiro o exemplo de Lucas Pires. General de um pequeno partido que não se importou de ser sargento de um grande partido. O percurso de Rangel é diferente, soldado de um pequeno partido que se quer tornar general de um grande partido.

Sem esquecer que apesar do segmento populista não estar na natureza do PSD, os poucos votos de direita que ainda se poderiam alcançar já se encontram ocupados por Paulo Portas e pelo seu PP. O encostar ao PP seria fatal para o PSD. Sejamos francos, Portas é muito superior a Rangel no discurso, no populismo e no fazer passar a mensagem.

José Pedro Aguiar Branco é um gentleman. Foi um bom Ministro, é um bom líder da bancada parlamentar e tem o CV e a carga histórica necessária para a tarefa. Todavia, penso que falta o carisma necessário aos políticos de hoje com as novas formas de comunicação. Fala bem, direitinho, mas não encanta.

A traição de PR aumentou a sua popularidade. Creio que os portugueses têm especial apreço por vítimas de “sacanagem” política. Mas JPAB vem da alta burguesia nortenha. É uma imagem que não passa no País e eu quero um líder do partido que venha a ser Primeiro-Ministro em 2011.

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