Em Junho passado denunciei por aqui os repugnantes e preocupantes conteúdos da novela juvenil da SIC, "Rebelde Way", tendo depois disso optado por fazer queixa junto da ERC. Ao que parece, não fui a única a insurgir-me e ainda bem que assim foi.
Face às participações, aquele organismo visionou os episódios, analisou os quatro eixos problemáticos da série que foram expostos pelos denunciantes - Linguagem, Sexualidade, Consumo de Álcool e Violência - apreciou-os à luz da Lei da Televisão e considerou que "foram recolhidos elementos suficientes para sustentar que o denunciado ultrapassou os limites à liberdade de programação, por terem sido transmitidos conteúdos que são susceptíveis de influir negativamente na formação da personalidade de crianças e adolescentes".
O resultado? A 16 de Setembro passado, a ERC deliberou instar o terceiro canal a abster-se de promover representações da adolescência relativamente a questões fracturantes sem a devida problematização e enquadramento pedagógico e instaurou-lhe um processo contra-ordenacional, que pode culminar numa coima entre 20 mil a 150 mil euros.
Eis a prova de que pugnar por uma causa está ao alcance de qualquer um de nós. E a prova de que mesmo um grande operador de televisão não é grande o suficiente para poder esmagar os limites de programação, numa ânsia desenfreada por conquistar a audiência juvenil, sem que seja punido por isso.
Felizmente, tendem a proliferar organismos junto dos quais podemos recorrer quando nos deparamos com situações que nos indignam, mesmo quando não nos tocam directamente, como era o caso. É, sobretudo, uma questão de consciência. Uma opção entre encolher os ombros e conformarmo-nos com o que nos impingem ou usar dos meios que temos à disposição - à semelhança de David e da sua fisga - para pôr na ordem os gigantes que julgamos invencíveis.
Eis a prova de que pugnar por uma causa está ao alcance de qualquer um de nós. E a prova de que mesmo um grande operador de televisão não é grande o suficiente para poder esmagar os limites de programação, numa ânsia desenfreada por conquistar a audiência juvenil, sem que seja punido por isso.
Felizmente, tendem a proliferar organismos junto dos quais podemos recorrer quando nos deparamos com situações que nos indignam, mesmo quando não nos tocam directamente, como era o caso. É, sobretudo, uma questão de consciência. Uma opção entre encolher os ombros e conformarmo-nos com o que nos impingem ou usar dos meios que temos à disposição - à semelhança de David e da sua fisga - para pôr na ordem os gigantes que julgamos invencíveis.
*Ler Deliberação 28-CONT-TV/2009 na íntegra, na Secção "Conteúdos";
**Ler Notícia JN;
1 comentário:
Tecnologia e democracia directa. Eis a evolução que experimentaste!
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