A mais da admiração que tenho por um cantor incontornável da pop portuguesa, movia-me a vontade de ver e ouvir ao vivo e na íntegra (julgava eu) o seu álbum de estreia, sem a escolta policial do costume (leia-se, os GNR).
E eis que pude assistir a um espectáculo que soube a pouco; o cantor haveria de explicar a limitação a cerca de 75 minutos de cantoria face à curta extensão do repertório próprio. Talvez por isso recuperou temas como "Spanish Bombs" dos Clash, "Anarchy in the UK" dos Sex Pistols, "Space Oddity" de David Bowie, "Sympathy for the Devil" dos Rolling Stones, "Riders on the Storm" dos Doors e "Heartbreak Hotel" de Elvis Presley, lembrando o interessante espectáculo a que assisti no São Luiz.
Do que a "Companhia das Índias" diz respeito, fica o regalo de escutar "Morremos a Rir" em dose dupla, "Dr. Optimista" e "Laika Virgem", mas faltaram à chamada "Lados B" e "Turbina e Moça" (a menos que a ascese me tenha toldado os tímpanos, o que não creio...).
De uma ou de outra forma, valeu a pena, pois a voz de Reininho está "limpa", como há muito não estava, e a sua actuação é sempre de um mimetismo cativante.
Palavra final para o Centro Cultural Vila Flor (que desconhecia): magníficas e modernas instalações, bem enquadradas na envolvente apalaçada e com boa organização, como demonstra a excelente folha de sala (com texto de João Gobern, no verso), que aqui se reproduz .
1 comentário:
Gostava tanto de ter ido! Mas vinha de lá tristinha por não ter cantado a Companhia das Índias por inteirinho... :$
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