Na passada quinta-feira, participei numa simulação de plenário no parlamento europeu, em Estrasburgo, com jovens de praticamente todos os países da União Europeia. Neste âmbito, tive o prazer de presidir à comissão onde foi discutido o futuro da europa.
Nesta comissão foram discutidos temas tão diversos como o ambiente, o tratado de Lisboa, a crise financeira ou mesmo a política externa. Houve, no entanto, um assunto que despertou uma discussão mais acesa que todos os outros, a possível inclusão da Turquia na UE.
Se a diversidade cultural é vista como uma mais-valia da União Europeia, neste caso ela parece ser um claro factor de divisão. Arriscaria dizer que a entrada da Turquia na UE é mesmo impossível por via das incompatibilidades existentes entre a sua cultura e a grega, motivada por factores vários como a hegemonia do império octomano ou a ocupação do Chipre.
As declarações dos jovens cipriotas e gregos demonstraram que a aversão que têm à Turquia chega a superiorizar-se ao seu desejo de reunificação do Chipre. Compreendo de algum modo, que os cipriotas guardem ressentimentos face à divisão ilegítima do seu país, no entanto, isso parece toldar-lhes a visão.
Tive oportunidade de propôr, nesta comissão, a reunificação do Chipre como condição sine qua non na adesão da Turquia – ideia que de resto não tem nada de novo. Esta solução favoreceria ambas as partes, permitindo o alargamento da UE a um país que se insere numa área estratégica e que pode ser um excelente mediador com o médio oriente. No entanto, nem nesta base os jovens cipriotas quiseram aceitar uma possível adesão da Turquia, pensamento que prejudica não só o processo de integração europeu, mas em primeiro lugar o seu próprio país.
Este caso só nos demonstra que persistem barreiras à progressão da integração europeia, que dificilmente serão ultrapassadas, por melhores que sejam as intenções ou por mais belos que sejam os lemas (refiro-me naturalmente à “união na diversidade”).
Nesta comissão foram discutidos temas tão diversos como o ambiente, o tratado de Lisboa, a crise financeira ou mesmo a política externa. Houve, no entanto, um assunto que despertou uma discussão mais acesa que todos os outros, a possível inclusão da Turquia na UE.
Se a diversidade cultural é vista como uma mais-valia da União Europeia, neste caso ela parece ser um claro factor de divisão. Arriscaria dizer que a entrada da Turquia na UE é mesmo impossível por via das incompatibilidades existentes entre a sua cultura e a grega, motivada por factores vários como a hegemonia do império octomano ou a ocupação do Chipre.
As declarações dos jovens cipriotas e gregos demonstraram que a aversão que têm à Turquia chega a superiorizar-se ao seu desejo de reunificação do Chipre. Compreendo de algum modo, que os cipriotas guardem ressentimentos face à divisão ilegítima do seu país, no entanto, isso parece toldar-lhes a visão.
Tive oportunidade de propôr, nesta comissão, a reunificação do Chipre como condição sine qua non na adesão da Turquia – ideia que de resto não tem nada de novo. Esta solução favoreceria ambas as partes, permitindo o alargamento da UE a um país que se insere numa área estratégica e que pode ser um excelente mediador com o médio oriente. No entanto, nem nesta base os jovens cipriotas quiseram aceitar uma possível adesão da Turquia, pensamento que prejudica não só o processo de integração europeu, mas em primeiro lugar o seu próprio país.
Este caso só nos demonstra que persistem barreiras à progressão da integração europeia, que dificilmente serão ultrapassadas, por melhores que sejam as intenções ou por mais belos que sejam os lemas (refiro-me naturalmente à “união na diversidade”).
1 comentário:
"à comissão onde foi discutido o futuro da europa."
Meu caro, a Europa já não tem futuro, foi assassinada pelos euro-entusiastas.
a tentativa absurda de fazer uma moeda única e de a impor a um continente sem condições para as ter matou av ideia da Europa, ideia esta arrumada definitivamente com o Tratado de Lisboa.
O Euro veio travar o desenvolvimento europeu e aprofundar as assimetrias. Ainda por cima, nós portugueses, somos os que mais sofremos.
Para quem duvida, ver:
http://cabalas.blogspot.com/2009/02/o-descalabro-do-euro.html
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