quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Trombudo

Sou fã de Paul Auster. Adoro a sua escrita citadina, a forma como a cidade nos interpela e a confrontação de cada personagem consigo mesma e com muito do que, regra geral, todos nós já sentimos, num ou outro momento.

Ontem fui à sessão, integrada no Estoril Film Festival, em que o autor apresentou o seu novo livro (prestes a sair por cá), "O homem na escuridão". Confesso que eu e um colega levámos os livros que tinhamos (só eu tenho onze) na esperança de ver quantos autógrafos caçávamos (adoro Dostoiévski e Tchékhov, mas sempre me pareceu mais difícil cravar-lhes autógrafos a eles...).
Pois bem, guardado estava o bocado!!! Auster leu meia dúzia de passagens da nova obra, saíu do palco, deu dois ou três autógrafos sem dedicatória aos que, por estarem nas primeiras filas, dele primeiro se abeiraram e abandonou o auditório, apesar de ver uma razoável fila que dele pretendia uma mísera assinatura e que, em larga medida, faz dele o que é hoje.

São muito de esquerda, muito adeptos do Partido Democrata e, vai-se a ver, temos o velho elitismo do Partido Republicano.
Vou continuar a ler, pois a escrita não é elitista como o homem que empunha a pena!

1 comentário:

Rosa Moreto disse...

Apesar de trombudo o que interessa são os livros =) Como sabes também sou fã e mal posso esperar pelo livro que pelo que dizes está prestes a chegar. Espero que venha antes do Natal para eu me oferecer uma prendinha...lol