segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Moças, carros e acção e... mais do mesmo...

5 comentários:

Francisco Castelo Branco disse...

consegue-se imaginar um 007 diferente?

penso que nao, mas de facto quando entramos numa sala de cinema para ver 007 já sabemos o principio, o meio, o fim, a história, o tipo de personagens etc etc etc.....

Parecem os filmes do Batman, do crocodilo dundee, e das várias séries que Hollywood mantém nos ecrâs.

A verdade é que vende e verdade seja dita, estamos sempre á espera do próximo....

Gonçalo Capitão disse...

Francisco

Antes de mais, bem reaparecido sejas!

Na era contemporânea, de facto, os filmes do 007 são muito assim; muita acção pura e dura.

No entanto, há tempo, fiz a coleccção dos filmes mais antigos, que sairam com um jornal e relembro o glamour dos cenários, dos vilões e até dos casos amorosos de James Bond, quando este era encarnado por Sean Connery ou Roger Moore.

Bem sei que as coisas têm que evoluir (por isso temos os CSI, os 24: , os Lost, os Prison Break e afins na TV e outras "séries" no cinema, como a de Bourne, Saw e tantos outros filmes com sequelas - estou a sorrir, enquanto me lembro do fim das sagas de Rocky e Rambo), mas não sei se a série do mais famoso espião do mundo não está já na fase "pastilha elástica", esticando para além do limite.

Porém, numa coisa tens razão: vamos sempre ver o seguinte...

Luis Melo disse...

Sou um grande fã do James Bond. São os meus filmes preferidos. Não perco um filme e tenho a colecção de que fala o Gonçalo.

Acho que os filmes de hoje, são em tudo semelhantes aos de Roger Moore ou Sean Connery: belas bond girls, grandes carros, missões impossíveis, muita acção.

Mas há alguma coisa que falta, e nisso o Gonçalo tem toda a razão, falta o Glamour, o Charme, a Inteligência.

Esses atributos do 007 foram trocados hoje pelo Físico ou pela Força.

O James Bond de Daniel Craig rompeu totalmente com os anteriores. Mas não quer dizer que seja mau. Eu, gostava mais dos anteriores.

Francisco Castelo Branco disse...

Caro Gonçalo

Ainda bem que falaste das sagas Rocky e Rambo

são totalmente diferentes, apesar da história tb ser igual

Lá está, nestas sagas o "enredo" ou um conteudo do filme, seja lá como se chamar lol; é o mesmo....

Por isso é que chegado ao numero 500 (estou a imaginar..) já cansa um bocado....

E acho que na saga Bond isso nao acontece.....

Porque apesar de ser tudo igual, pelo menos desde a entrada de Pierce Brosnan; estamos sempre á espera do próximo filme....

Porque se calhar faz parte de nós e do nosso imaginário....

duvido mesmo que a saga bond acabe, (quem sabe chegará ao numero 500...lol); como acabaram a saga Rocky e Rambo

E isto tem a ver principalmente com o actor principal....

Porque nao tou a ver ninguem a fazer o papel de Sylvester stallone nos dois filmes de luta. Alias no ultimo Rocky já se viu um rocky um bocado lento.....

E na saga Bond qualquer actor consegue desempenhar bem o papel do espião......
Porque só muda mesmo o espião, a namorada do espião, o vilão.... e o carro!

O antigo Q continua! M está lá ha bastante tempo....

ainda nao vi o filme, mas quando o fizer, irei comentar mais propositadamente

mas a curiosidade de observar o filme mantém-se

continua a vender

Gonçalo Capitão disse...

Luís

Mais uma vez, estamos inteiramente de acordo!!!

Francisco

Sendo eu um bom pedaço "menos jovem" ;) do que tu, permite-me discordar um pouco, pelo facto de ter vivido as sagas de que falamos em idade adolescente e, logo, no contexto em que foram produzidos.

Destaco 2 filmes - Rocky IV e Rambo III - para não ser exaustivo.

O Rocky IV embore, mesmo na altura acabe por ser ridículo (falo da vitória de Rocky Balboa, em Moscovo, na Véspera do Natal Cristão, sob aplauso do politburo e da assistência), é um claro filme de propaganda americana, do princípio ao fim. Basta ver a imagem do americano de origens humildes treinando na natureza em confronto com imagem do russo, oficial das forças armadas, correndo em pista coberta e nutrido por esteróides.

O "Rambo III", por sua vez, mostra-nos o John Rambo, veterano do Vietname, a ajudar os Mujahidin na sua luta contra as tropas da URSS e o governo fantoche do Afeganistão. Mais uma vez um filme que quase dá para rir, hoje em dia, mas que, no seu tempo, tinha um objectivo político. Se queres a minha opinião, trata-se de uma boa ilustração de um dos maiores erros da política externa americana (os russos, como vês, estavam a pagar uma factura que temos todos que pagar, hoje em dia).

Em suma: também gosto do 007, mas acho que o cerne é diverso destas sagas. Como o Luís Melo, não parecio muito é o actual protagonista.