Entre as questões que marcam a agenda política que mais devem importar à juventude portuguesa destaca-se o desemprego.
Diariamente assistimos ao aumento do número de desempregados, em especial de jovens, muitos deles com qualificações acima da média, sendo este um problema transversal a toda a sociedade e quase caracterizado como uma nova questão de cariz estruturante de Portugal. Por isso tem vindo a ser defendido pela JSD um compromisso social. Um compromisso que envolva o Governo, as Câmaras Municipais e todas as entidades ligadas ao sector público, mas que também deverá incluir o tecido empresarial. Trata-se de uma questão de justiça social, mas também de rentabilização de recursos. É necessário que existam empresas envolvidas no esforço de inovação, fomentação de criação de postos de trabalho, num esforço que passa pela capacidade de cada município oferecer formação articulada com as especificidades e potencialidades económicas da região em que se insere, pela formação de qualidade em contraponto à actual política perversa de enviesamento das estatísticas e num compromisso entre escolas e o sector económico.
Quando a política local se pratica em mera gestão, tendo em consideração apenas o status quo geral e os governantes se deixam mediatizar, praticando a política imediata de contorno por decreto, é a juventude que se deixa esquecer e vê as suas prioridades remetidas não para segundo plano, mas tão somente para a última das preocupações do estado geral acenando-nos com vãs promessas de “sucesso” pensará Sócrates em novas inaugurações de fantásticos call-centers que em nada beneficiam a já chamada geração recibo verde? Há que questionar, puxar aos jovens a responsabilidade de defender o dia de amanhã e aquela que deverá ser uma das suas principais questões. 150000 postos de trabalho não criados, ênfase na contratação sazonal - 2.33€ à hora para telemarketing (e já mais de 50000 nesta carreira promissora!!)? Ai tadinho, é da crise internacional. Isto parece um filme.
Hipotecam o nosso futuro na formação desadequada, esquecendo que se hipoteca assim também o futuro de Portugal.
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