quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A ler é que a gente se entende

Deixando de lado a carga sobre os georgianos, as munições russas também passam muito por uma cultura vibrante, de que conhecemos sobretudo os clássicos.
Ora, na "primeira liga" dos monstros sagrados da esgrima com pena, são sobejamente conhecidos, Dostoiévski, Tolstói e Tchékhov. Porém, na mesma liça entra com facilidade Turguénev (1818-1883) que se celebrizou (a mais de uma vida pessoal conturbada com uma cantora lírica e a cumplicidade do marido desta) por romances fecundos de emoções e interessantes descrições.
O mais famoso é "Pais e Filhos" (1862), mas, para este fim de semana, sugiro a suavidade e beleza de "O Primeiro Amor" (1869) (Lisboa, Relógio D'Água Editores, Abril de 2008). É ligeiro, mas denso no sentimento.
Se bem que não faria mal começar por uma das magníficas traduções que Nina e Filipe Guerra (os mesmos que traduzem esta obra) para as obras de Dostoiévski, editadas pela Presença, pelo simples facto de as notabilíssimas notas de rodapé contextualizarem o leitor com a realidade russa do século XIX, algo que não sucede neste caso...

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