Ora, na "primeira liga" dos monstros sagrados da esgrima com pena, são sobejamente conhecidos, Dostoiévski, Tolstói e Tchékhov. Porém, na mesma liça entra com facilidade Turguénev (1818-1883) que se celebrizou (a mais de uma vida pessoal conturbada com uma cantora lírica e a cumplicidade do marido desta) por romances fecundos de emoções e interessantes descrições.
O mais famoso é "Pais e Filhos" (1862), mas, para este fim de semana, sugiro a suavidade e beleza de "O Primeiro Amor" (1869) (Lisboa, Relógio D'Água Editores, Abril de 2008). É ligeiro, mas denso no sentimento.
Se bem que não faria mal começar por uma das magníficas traduções que Nina e Filipe Guerra (os mesmos que traduzem esta obra) para as obras de Dostoiévski, editadas pela Presença, pelo simples facto de as notabilíssimas notas de rodapé contextualizarem o leitor com a realidade russa do século XIX, algo que não sucede neste caso...
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