sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Esperança, dizem eles

Em relação ao tema há umas horas abordado pela Dulce, o MEP – Movimento Esperança Portugal, agora reconhecido como partido político, terá sido uma iniciativa que procura refrescar afirmando-se contra um país monolítico e, assim sendo, o projecto é sempre de saudar, ainda para mais com o envolvimento de jovens e mulheres já referido. Não deixa, porém, de se apresentar susceptível a muitas questões. A primeira refere-se ao espaço político que ocupa e às ideias pouco claras – e até que ponto proveitosas para o eleitorado português – de uma estrutura situada no centro dos centros. O MEP vem assim parar a um sítio que não é sítio, onde as poucas dúvidas acerca de um vazio que a ideologia podia originar se dissiparam, ao longo dos tempos, com acção dos sucessivos governos. Mas, voltando à ideologia, torna-se difícil entender o que representa o MEP. A modos que despojado da matriz política do pós-Revolução Industrial, Rui Marques, o médico jornalista [na foto] que dá a cara pelo movimento, diz, em entrevista a um semanário da região de Leiria [24.07.08] quando questionado sobre este assunto, que faltava uma voz que afirmasse a Esperança. Que proclamasse ‘melhor é possível’ mobilizando os portugueses para vencerem a crise. Por isso o MEP surge como uma alternativa clara, quer ao PS quer ao PSD. A primeira questão é onde é que está a clareza disto. Depois onde estão as ideias e qual é o caminho?
Rui Marques tem-se ainda afirmado contra os debates partidários com as estruturas a apresentarem-se como donos da verdade. Concordo com ele. Mas o que procura o líder com estas declarações: Não comento sondagens, nem líderes de outros partidos. A nossa posição é a de respeito [por] quem se disponibiliza para contribuir para a política do país às vezes melhor, outras vezes pior. Há gente a exercer poderes com diponibilidade para muitas coisas... Mas afinal, quais são as ideias e as esperanças? o que traz de novo o MEP para os portugueses é a questão a que gostava que me respondessem.

1 comentário:

rui marques disse...

Caro Diogo

o seu post traz questões muito interessantes. Vamos a elas. Antes disso, para que a discussão seja frutuosa, proponho-lhe que veja o nosso programa em www.mep.pt .Assim poderemos discutir com base em conhecimento concreto do que é o pensamento do MEP. Por exemplo, sobre o que entendemos sobre o Centro, ou sobre o que quer dizer para o MEP uma opção humanista, ou ainda o que queremos (e o que não queremos) do Estado. Vamos a isso? Fico na expectativa.
Rui Marques (MEP)