Perdoem-me os mais susceptíveis a estas coisas do desporto, mas mais do que a escassez de medalhas olímpicas, preocupa-me a escassez de brio (e de vocabulário) de alguns dos nossos atletas em Pequim.
Já não basta a conversa do costume, com os bodes expiatórios do costume: árbitros, falta de apoios, clima, poluição, blá blá blá, agora ainda proferem barbaridades como a abaixo aludida, digna de envergonhar Portugal e os portugueses.
Acresce a isto a pobreza de português de que padecem muitos deles. (As senhoras do atletismo, então.... Deus lhes valha!) Bem sei que se dedicam de corpo e alma ao desporto, mas não lhes custa nada ter um pouco de prudência na linguagem e no uso do português quando prestam declarações a propósito de um evento que é tão importante para eles como para o país que neles deposita fé (e numerário!).
Já não basta a conversa do costume, com os bodes expiatórios do costume: árbitros, falta de apoios, clima, poluição, blá blá blá, agora ainda proferem barbaridades como a abaixo aludida, digna de envergonhar Portugal e os portugueses.
Acresce a isto a pobreza de português de que padecem muitos deles. (As senhoras do atletismo, então.... Deus lhes valha!) Bem sei que se dedicam de corpo e alma ao desporto, mas não lhes custa nada ter um pouco de prudência na linguagem e no uso do português quando prestam declarações a propósito de um evento que é tão importante para eles como para o país que neles deposita fé (e numerário!).
Ousarão achar que a representação da pátria nesta competição mundial se restringe apenas às provas de competição?!... Certo, é que a coisa tem sido tão grave que veio hoje o Presidente do Comité Olímpico Português solicitar-lhes um pouco mais de brio e de bom senso. Em boa hora!
Aqui, quem muito surpreendeu foi o luso-nigeriano Francis Obikwelu. Se por um lado nos frustou as expectativas, por outro foi brilhante nas humildes declarações que fez:
Aqui, quem muito surpreendeu foi o luso-nigeriano Francis Obikwelu. Se por um lado nos frustou as expectativas, por outro foi brilhante nas humildes declarações que fez:
"Quero agradecer aos portugueses, porque toda a gente vê as minhas provas e quero pedir desculpa, porque estão a pagar para eu estar aqui e não consegui chegar à final. É um momento mau, porque esse é o meu trabalho. Queria dar pelo menos a final. Sinto-me na obrigação de pedir desculpas, porque esse é o meu trabalho e pagam-me para fazer isto. Deixei o meu país ficar mal."
Quem também surpreendeu, mas desta feita pela negativa, foi Gustavo Lima. Desairoso nas declarações que fez a propósito do "bocadinho assim" que lhe faltou para arrecadar a medalha de bronze, vingou-se no país que representa com o cliché da falta de apoios. Grave, tendo em conta que é dos poucos atletas em Pequim que, além dos apoios ordinários, conta com generosos apoios do Município de onde (creio) é natural...
*texto editado a 19 de Agosto
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