Não sou cá de previsões, mas o certo é que há cerca de uma semana atrás, ao subir a pé a artéria mais emblemática da capital, a Av. da Liberdade, comentei com um amigo o quão desolador é ver um leque de edifícios bonitos - o antigo cinema Condes, actual Hard Rock Lisboa; o Palácio Foz; o Cinema Éden; o Avenida Palace, etc... - a conviver com outros tantos prédios devolutos numa zona nobre e turística como aquela.
Ontem à noite, foi precisamente um desses prédios devolutos que deu origem a um incêndio na zona dos Restauradores. Tratava-se de um dos mais de 4600 edíficios alfacinhas em estado de degradação que, quais nódoas no melhor pano, envelhecem, empobrecem e põem em perigo esta cidade maravilhosa.
Já muitos se debruçaram sobre esta problemática mas, na verdade, ninguém se 'chega à frente'. Da autarquia aos proprietários, nada é feito quanto à falta de conservação, abandono e destruição dos prédios e lá vai Lisboa, envelhecida e empobrecida.
Recentemente, a propósito do incentivo ao arrendamento jovem, uma juventude partidária (JSD) defendeu - e bem - a reabilitação dos edificios localizados nos centros históricos das cidades com vista à colocação daqueles imóveis no mercado de arrendamento destinado aos jovens. Só não ouviu quem não quis. Uma solução nas mãos do Estado, autarquias e proprietários que traz vantagens a todos, sendo solução para colmatar de uma só cajadada vários problemas: combate a desertificação e degradação dos centros urbanos, evitar sinistros como o que ocorreu esta noite e, simultaneamente, uma preciosa ajuda no acesso à habitação jovem.
No tempo idos de Santana, a ideia da reabilitação urbana foi bandeira com o objectivo de atrair o regresso dos jovens entretanto expulsos para as periferias. Santana envidou esforços nesse sentido e encetou obra nalgumas zonas alfacinhas como Alfama e Bica. Mas não findou o hercúleo trabalho e desde aí rejeita-se o seu projecto, creio, só pelo seu mentor.
E mesmo depois do susto de ontem, continua-se a fazer orelhas moucas. Volvido um ano de gestão socialista na Câmara, nada foi feito no que toca à reabilitação urbana (e quanto ao resto por ora não me pronuncio...) e é certo que a um ano de eleições se acabará por adiar a resolução desta problemática. Alega António Costa que um primeiro passo já foi dado: o levantamento dos prédios devolutos. Eu espreitei aqui e a lista estava... vazia. Assim vai Lisboa...
Ontem à noite, foi precisamente um desses prédios devolutos que deu origem a um incêndio na zona dos Restauradores. Tratava-se de um dos mais de 4600 edíficios alfacinhas em estado de degradação que, quais nódoas no melhor pano, envelhecem, empobrecem e põem em perigo esta cidade maravilhosa.
Já muitos se debruçaram sobre esta problemática mas, na verdade, ninguém se 'chega à frente'. Da autarquia aos proprietários, nada é feito quanto à falta de conservação, abandono e destruição dos prédios e lá vai Lisboa, envelhecida e empobrecida.
Recentemente, a propósito do incentivo ao arrendamento jovem, uma juventude partidária (JSD) defendeu - e bem - a reabilitação dos edificios localizados nos centros históricos das cidades com vista à colocação daqueles imóveis no mercado de arrendamento destinado aos jovens. Só não ouviu quem não quis. Uma solução nas mãos do Estado, autarquias e proprietários que traz vantagens a todos, sendo solução para colmatar de uma só cajadada vários problemas: combate a desertificação e degradação dos centros urbanos, evitar sinistros como o que ocorreu esta noite e, simultaneamente, uma preciosa ajuda no acesso à habitação jovem.
No tempo idos de Santana, a ideia da reabilitação urbana foi bandeira com o objectivo de atrair o regresso dos jovens entretanto expulsos para as periferias. Santana envidou esforços nesse sentido e encetou obra nalgumas zonas alfacinhas como Alfama e Bica. Mas não findou o hercúleo trabalho e desde aí rejeita-se o seu projecto, creio, só pelo seu mentor.
E mesmo depois do susto de ontem, continua-se a fazer orelhas moucas. Volvido um ano de gestão socialista na Câmara, nada foi feito no que toca à reabilitação urbana (e quanto ao resto por ora não me pronuncio...) e é certo que a um ano de eleições se acabará por adiar a resolução desta problemática. Alega António Costa que um primeiro passo já foi dado: o levantamento dos prédios devolutos. Eu espreitei aqui e a lista estava... vazia. Assim vai Lisboa...
1 comentário:
Comentaste com um amigo e comentaste muito bem!...
O que não comentaste - quiçá por seres tão nova - é a proliferação de abortos que o Engº Abecassis (mayor já falecido) autorizou, nas avenidas de Lisboa. Não sou (nem quero ser) de cá, mas é triste...
Quem se lembra, por exemplo, do antigo Monumental? O actual é um nojo!
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