"(...) De qualquer forma, os meus compromissos são com os Advogados e não com os que ainda o não são e muitos menos com aqueles que não o chegarão a ser. Enquanto eu for Bastonário vai ser cada vez mais difícil entrar na Ordem dos Advogados.
Lisboa, 14 de Julho de 2008 A. Marinho e Pinto (Bastonário)"
É de facto uma pena, eu não ter sabido disso quando entreguei o cheque de 700 euros de inscrição na OA... Para o Sr. Bastonário dificuldade de acesso é o mesmo que prestígio profissional e prestígio obtem-se com declarações polémicas e ataques diários às outras classes, em programas de televisão popularuchos, mas pouco isentos... Desengane-se, os seus compromissos são para com a justa aplicação do Direito, para com os advogados e advogados estagiários, por estarem inscritos na Ordem que o Sr. representa. Temos divergências estruturais, por mim também não me sinto representada, antes envergonhada. Quero o divórcio!
5 comentários:
Ainda por cima o primeiro bastonário principescamente remunerado e com subsídio de reintegração, quando saír!
É a demagogia do Bloco no seu auge...
Falemos de "principescamente remunerado e com subsídio de reintegração" ...
Os deputados da Nação não têm direito a remuneração principesca (pelo menos tendo em atenção, o rácio "salário/contribuição para a riqueza deste país") e a subsídio de reintegração ???!!!
17.624 euros, não foi???!!!
Bem prega, frei Tomás!!!
Gosto de ouvir o Dr. M. Pinto. Reconheço que algumas coisas que diz são populistas e apenas aquilo que povo gosta de ouvir, mas não podemos ignorar as verdades inconvenientes (para alguns) que tem anunciado e às quais a comunicação social - e bem - tem dado eco. Penso que há outras classes (chamamos-lhe assim) que precisavam de um "abanador", como os "médicos intocáveis" ou os políticos que continuam sempre a ganhar, mesmo quando perdem...
Para alguns, como eu, este senhor nunca teve o necessário para ocpar um lugar como este, porque é preciso responsabilidade. Coisa que nunca teve. Antes já aparecia em tudo o que era jornais e tv's, atirava umas "bombas" em algumas direcções, mas era só um advogado. Agora, como Bastonário, já perdeu o capital de interesse porque aparece tantas vezes e a dizer tanto disparate que vai contra as mais básicas regars de Direito, que já ninguém lhe liga.
Para muitos este senhor é como os bombons: Por fora podem parecer muito bons, mas só quando os "trincamos" é que vemos o que têm por dentro...
Quase a acabar o curso de Direito apenas digo: não quero ser advogada... pelo menos por enquanto...
Assistindo com interesse ao debate, perdoem-me que, respeitosamente, apenas dirija algumas notas ao Dr. Nuno Delgado:
1- Nem sei bem a quantia, mas lembro que (saiu na imprensa!) fui o único deputado que perguntou aos serviços se era justificado pagarem-me deslocação a Lisboa, já que, sendo de Coimbra, fora eleito por Lx, onde se situa o Parlamento. Ao que me disseram que era assim mesmo...
2 - Quanto ao subsídio pedi-o tal qual todos os meus reputados colegas e na génese, não aderindo ao populismo fácil de perseguir políticos, até penso que servia um bom propósito, mormente para os deputados que cortavam laços com a vida profissional (eu estive a servir em exclusividade) ou que eram eleitos jovens ou mesmo outras situações. No fundo, havendo conta, peso e medida, nem me choca, por exemplo, que os nossos governantes andem em carros estimados e que haja algumas regalias; não quero que quem serviu ou serve se confronte com situações de menoridade, inclusive perante dignatários estrangeiros.
3- A questão do Bastonário é diferente! A meu ver trata-se de um rei da demagogia, que fez campanha a prometer defender os "descamisados" da advocacia e que, lá chegado, se banqueteia com bom ordenado e acautela o regresso.
4- Não é tradição que os bastonários estejam em exclusividade, ainda para mais sendo absolutamente compatível o exercício da advocacia e até saudável, para não perder o contacto com os problemas que alega querer resolver. Creio até que, com o salário em causa (muito superior ao dos deputados), é ganância falar em reintegração.
5- Os problemas que esse senhor anda a arranjar com magistrados e políticos não defendem ninguém a não ser o seu ego gigantesco.
6- O argumento da produtividade dos deputados é tão soez e primário (comparar remuneração com produtividade é demagogia, ao invés de falar apenas do segundo factor) que nada direi sobre ele.
Cumprimentos
GC
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