sexta-feira, 11 de abril de 2008

Campanha II

Aproveitando a infinita benevolência do plantel da Lodo, S.A.D. e o bom balneário que temos, continuo em campanha, republicando um artigo, dado a conhecer na 4ª feira, em Coimbra.


Sendo parte interessada, não deixo de, assumindo-o, voltar a pedir a vossa atenção para as eleições que, na próxima segunda-feira, dia 14, determinarão quem dirigirá a Académica (Organismo Autónomo de Futebol) nos próximos três anos.


Faço-o, desde logo, porque entendo que, numa agremiação desportiva como a nossa, alguns pontos não podem sequer merecer mácula; falo do cumprimento pontual das obrigações para com o Fisco e a Segurança Social. José Eduardo Simões tem cumprido – assim mostram os dados (não auditados) relativos ao primeiro semestre do exercício (época desportiva) em curso.

Depois, é crucial que os atletas e demais colaboradores sejam remunerados com equilíbrio, mas a tempo e horas. Aquilo que devia ser a regra, sabemo-lo, é cada vez mais raro em muitas empresas e mais ainda em clubes de futebol portugueses. Ao que pude apurar, quase sem excepção (sempre plausível e de somenos importência), José Eduardo Simões tem cumprido.

Em terceiro lugar, entendo que uma instituição centenária como a AAC e os seus “spin offs” (ou seja, as organizações que decorrem da casa-mãe) têm que estimar a sua caminhada pelo tempo, preservando os locais da sua memória e, se possível, aumentando o património a legar às gerações vindouras. Conservando a Sede dos Arcos do Jardim e investindo numa funcional e excelente Academia de formação e treino, José Eduardo Simões tem cumprido.

E, por falar em Academia Briosa XXI, quantos clubes podem gabar-se de ter uma infra-estrutura desta qualidade e utilidade, designadamente para que, a prazo, a Académica possa voltar a apoiar-se mais na prata da casa? A isto acresce o facto de, remando contra a maré (diria mesmo, contra o tsunami) do profissionalismo exacerbado, o actual elenco incentivar o estudo e pagar as propinas dos atletas que queiram aprofundar o seu desenvolvimento pessoal e a sua mais-valia cívica. Para os muitos que acreditam que a formação é essencial e que o dinheiro não deve ser o único valor que as pessoas desejam, José Eduardo Simões tem cumprido.

Mas como, acautelado o futuro e acarinhado o passado, importa gerir o presente, regista-se o combate ao passivo e a concomitante parcimónia na aquisição de passes de atletas. Por certo, é mais fácil entrar para a História e para o coração dos adeptos usando de espalhafato e contratando tudo o que mexe, na certeza de que outros pagarão “a conta”. Contudo, eu entendo que, mesmo passando por sobressaltos (como o actual percurso) e até arriscando (espero que nunca se dê o caso) um dissabor, só uma Académica gerida com rigor, sobriedade e contenção pode lançar as bases de uma permanência imorredoira no primeiro escalão do nosso “pontapé na bola”. E aqui, de igual forma, José Eduardo Simões tem cumprido.

É por tudo isto que, a mais de garantir o futuro da Académica, estará em jogo uma questão de gratidão quando, entre as 10 e as 22 horas de segunda-feira, equacionar votar em José Eduardo Simões…

3 comentários:

Luis Correia disse...

Caro Gonçalo,

Consigo equacionar meia duzia de coisas que te levam a apoiar e integrar a lista do Eng.º José Eduardo Simões mas daí a considerares que o voto na lista A na proxima segunda feira é uma questão de gratidão...Isso faz-me muita confusão...
Não sou sócio, ja o fui em tempos,sou benfiquista como outros que dividem a paixão entre dois clubes(apesar de não ser sócio nem de um nem do outro ao contrario de muitos...), mas como simpatizante não concebo como um voto na pessoa de José Eduardo Simões pode ser de gratidão...
Gratidão de quê???!!!De levar o nome da AAC pra lama como tem acontecido nos ultimos tempos?!

Poderia estar aqui com um grande texto a esgrimar argumentos e mais argumentos mas para quê?!

Gonçalo Capitão disse...

Percebo o teu ponto de vista e agradeço-o, meu Amigo.

Porém, nem que fosse só por isso (e não é), que há de oposição? Os seniores fugiram e o João Francisco terá a sua vez, mas ainda lhe falta muito para poder gerir um clube da superliga (digo eu, com estima pelo João).

Sei que gostas da Briosa e, sem provocação e se tiveres possibilidades, desafio-te a voltares a ser sócio e a intervires, nem que seja "contra" mim.

No futebol como na política, se está mal, estudem-se alternativas.

P.S (não é para ti, Luís): neste blog não se apagam (antes se publicam) os comentários de quem discorda, ao invés do que sei que se passa noutras paragens de supostos democratas e académicos.

Dulce disse...

Pelo que leio, o plantel da Académica faz jus à denominação "equipa de/dos estudantes".
Não estando a par do que se passa nos demais clubes, que um clube de futebol potencie e estimule as suas estrelas a estudar parece-me tão invulgar quanto louvável..!
Com algumas excepções, a verdade é que muita instrução falta às estrelas do desporto rei deste país (basta ouvir algumas delas a tentar formular uma frase com algum nexo gramatical...)E é totalmente falso dizer que em matéria futebolística nada mais é preciso que o talento... até porque jogo é inteligência.