Neste concorrido fim de semana, o Futebol e Fátima encobriram o 'Fado' do Conclave Social Democrata. Num Congresso que eu esperava vir a ser histórico, sobretudo, pelas circunstâncias em que estava envolto - líder já eleito - a história que se escreveu não foi particularmente feliz.
Desde logo, a (in)disposição dos congressistas deixava antever um Congresso pouco entusiasmado e ainda menos aguerrido.
Desde logo, a (in)disposição dos congressistas deixava antever um Congresso pouco entusiasmado e ainda menos aguerrido.
A maioria das moções foram ouvidas com enfado, as intervenções pouco animaram as hostes (salvo uma ou outra excepção) e o próprio líder pouco contribuiu para a mudança de estado de espírito dos presentes, apresentando também ele um semblante sorumbático q.b..
Bem sei que um Congresso não é uma festividade, pese embora os emotivos hinos e os costumeiros confettis.
Mas esta trigésima reunião magna foi particularmente cinzentona (confirmam aqueles que já passaram por outros congressos) e francamente desprovida de motivação.
Talvez isso se deva à introdução das eleições directas, que já não dão azo ao acicatar das hostes. Ainda assim, a expressividade das eleições de 28 de Setembro parece que se ficou pelas urnas. A energia laranja esmoreceu após a eleição de Menezes, é facto inegável. O porquê, não sei dizer.
Talvez pelo sentimento de objectivo atingido...? Se assim for, menos mal. Mas convém lembrar que a eleição de Menezes não é o fim de uma luta. É precisamente o princípio.
Está na hora de arregaçar as mangas, que a labuta não se resume só ao trabalho intelectual. Discursar, prometer, criticar, idealizar e outros verbos semelhantes de pouco valem se não levarmos a cabo as tarefas necessárias para mudar o nosso fado. Está em causa o destino do partido e o destino do país. Pelo que vai sendo hora de elevarmos, com garra e dignidade, a nossa voz.
Bem sei que um Congresso não é uma festividade, pese embora os emotivos hinos e os costumeiros confettis.
Mas esta trigésima reunião magna foi particularmente cinzentona (confirmam aqueles que já passaram por outros congressos) e francamente desprovida de motivação.
Talvez isso se deva à introdução das eleições directas, que já não dão azo ao acicatar das hostes. Ainda assim, a expressividade das eleições de 28 de Setembro parece que se ficou pelas urnas. A energia laranja esmoreceu após a eleição de Menezes, é facto inegável. O porquê, não sei dizer.
Talvez pelo sentimento de objectivo atingido...? Se assim for, menos mal. Mas convém lembrar que a eleição de Menezes não é o fim de uma luta. É precisamente o princípio.
Está na hora de arregaçar as mangas, que a labuta não se resume só ao trabalho intelectual. Discursar, prometer, criticar, idealizar e outros verbos semelhantes de pouco valem se não levarmos a cabo as tarefas necessárias para mudar o nosso fado. Está em causa o destino do partido e o destino do país. Pelo que vai sendo hora de elevarmos, com garra e dignidade, a nossa voz.
Foto in FLICKR
2 comentários:
Cara Dulce:
Uma coisa lhe quero dizer sobre o congresso de Torres Vedras.
Desde a minha primeira participação (Montechoro/1983)em conclaves destes,o ultimo foi aquele de que sai mais confuso.
E confuso continuo porque esta semana em nada contribuiu para o esclarecimento de ideias.
Valeo o congresso pela
excepcional intervenção final do lider,dos melhores discursos que tenho ouvido.
Porque quanto ao resto...
Admito que o modelo de organização esteja esgotado,que quem preparou o congresso nao o preparou para aquele resultado das directas,que o hiato entre a eleição do lider e a realização do congresso pouco contribui pars o arrumar da casa.
Será tudo isso.
Mas que fiquei com uma sensação estranha á volta de tudo aquilo...lá isso fiquei.
O tempo se encarregará de resolver !
Concordo consigo, Luís, quanto ao modelo do Congresso já não se adequar às circunstâncias em que agora o líder é eleito.
Urge, assim, rever o conceito de "congresso", evitando que se repitam conclaves laranjas 'sem sumo'!
Quanto à intervenção final do dr. Menezes, foi reveladora de um enorme conhecimento sobre o que fala. Se alguém tinha dúvidas de que Menezes não dominava na sua plenitude as inúmeras áreas em que é urgente fazer frente ao governo socialista, estou certa que se dissiparam. Ainda assim, cabe dizer que prolongou demasiado o discurso, acabando por enfadar os congressistas.
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