Neste rescaldo das Directas, assisto - com maior ou menor perplexidade - ao desfilar de tolices proferidas pelos ditos entendidos, i.e. militantes social-democratas de relevo, constitucionalistas, dinossauros socialistas, analistas políticos, opinion-makers, etc...
Pouco me surpreende a moralista Paula Teixeira da Cruz anunciar a “derrota dos valores e dos princípios”. Ela que, qual profeta, já tinha anunciado uma eventual fuga da nata social-democrata.
Não me estranha Pacheco Pereira, entretido a fazer malabarismo com a bandeira e, nos intervalos, a vaticinar o fim do partido.
Tampouco me choca o sempre inoportuno Soares, a falar em “desgraça”, quando o próprio é que já não cai na boa graça de ninguém…
Agora, o que me revolta é que os maus perdedores se refugiem em estereótipos que não são passíveis de ser aplicados a esta eleição - fazendo crer que a batalha se travou entre Lisboa/Província; Elites/Bases; Pseudo-Intelectualismo/Populismo, e por aí fora…
Agora, o que me revolta é que os maus perdedores se refugiem em estereótipos que não são passíveis de ser aplicados a esta eleição - fazendo crer que a batalha se travou entre Lisboa/Província; Elites/Bases; Pseudo-Intelectualismo/Populismo, e por aí fora…
Surpreendem-me aqueles que dão tamanha importância às tais elites sociais-democratas. As elites que fogem - como o Diabo foge da cruz - nestes momentos decisivos; aquelas que só afloram quando lhes é propício; aquelas que maldizem o partido, mas na hora H, acomodam-se e não ousam chegar-se à frente.
Muito me espanta que haja quem continue a subestimar Menezes, mesmo depois da inaudita vitória da passada sexta-feira. Que haja quem acredite, como o Prof. Marcelo, que Menezes só venceu porque houve um conjunto de factores que não abonaram Mendes, incapazes de reconhecer o valor e o mérito de Menezes.
E incomodam-me solenemente os partidários do pessimismo, a vaticinar catástrofes de danos irreparáveis.
Esta última, reconhecendo que “a candidatura de Menezes tem defeitos”, admite simultaneamente que “com ele a líder laranja, o Governo de Sócrates nunca mais terá a podre paz em que estamos. E tudo estará em aberto para 2009”. Amén.
3 comentários:
Em todo o caso, já que pregas (e bem) a tolerãncia, tens de deixar a alguns a liberdade de errar (o que, no teu caso, significa não reconhecer mérito ao dr. Menezes) ou de precisarem de tempo para actualizar a grelha de leitura.
Espero que o dr. Menezes e os seus não repitam um dos factores de decadência do mendismo: a perseguição da discordância, mesmo que correcta do ponto de vista cívico.
Cá por mim o dr. Menezes tem um claro voto de confiança.
Numa palavra...Excelente !
Você Dulce,felizmente para si,é muito nova e nem era nascida da ultima vez que situações destas ocorreram,mas já existiu uma dicotomia assim no PSD.Nos anos setenta com a diferenciaçao que alguns iluminados (curiosamente uma parte deles novamente presente nesta catalogação do século XXI)tentaram fazer entre os "urbanos" e os "rurais".
Sendo que os primeiros,os "finos",apoiavam Sousa Franco e as Opções Inadiáveis e os outros,os "parolos" apoiavam Francisco Sá Carneiro.
Sabemos como a história acabou.
As elites de então debandaram e Sá Carneiro levou o partido a duas vitórias eleitorais e ao inicio da modernização do Portugal democrático.
Por isso me rio dos pachecos,dos marcelos,das paulas e de mais alguns.
Não apreenderam com a História,não percebem que estão a falar uns para os outros,não sabem que o país se está nas tintas para as opiniões deles.
Como a 28 de Setembro ficou claramente provado !
Cara Dulce, porque ainda bater no ceguinho? Porque criticar aqueles que defenderam Mendes, e convictamente defendem as suas ideias? Cada pessoa tem a sua opinião, como tu tens a tua e é respeitada.
O problema do PSD é culpa exclusiva de Mendes? Não será daqueeles que durante anos não conseguiram "agarrar" no partido e fazer uma oposição firme aos governos do PS? desde 1995 q o PSD só teve 3 anos no governo. E agora a culpa é de Mendes e seus discipulos? Onde estiveram os baroes do PSD durante 13 anos? Será que o PSD nao se tornou parecido com o PS na forma de governar e até nalgumas politicas suas?
Marques Mendes agarrou o partido num momento dificil. Depois das eleições de 2005 na qual o PSD teve o seu pior resultado de sempre; ele deu a cara! É dificil fazer oposição num governo de Maioria Absoluta ainda por cima com a comunicação social do lado rosa. Que ajudas teve Marques Mendes dos ditos "notaveis" do PSD?Nenhuma! Será que a visibilidade (pouca) é só dele ou do partido? E o resultado nas eleições autarquicaS?~
Antevendo o futuro, penso que o problema do PSD nao tem a ver com o seu líder. Mas sim com os seus valores que fizeram do PSD um partido de cariz social. É o que falta actualmente. Embora o governo do PS prometa uma coisa nas eleições e faça outra quando está no poder, a verdade é que o discurso(e as vezes é importante) do PS está virado para a vertente social. O do PSD nao. É nestas questões que o PS tem ganho. Vao directos as pessoas, as suas preocupações,aos seus anseios. Eu no PSD nao vejo essa preocupação. Penso que aí reside um dos problemas do PSD, para alem d outros que sao comuns aos partidos.
Espero, embora nao tenha apoiado LFM, que o PSD volte a ser o maior e melhor partido portugues e que os seus valores actuais sejam postos em pratica pelos valores em que Sá Carneiro,Magalhaes Mota e Pinto Balsemao fundaram o PSD
ATenciosamente FRANCISCO CASTELO BRANCO
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