O termo "apagão" parece estar na moda.
Já não bastava o famoso e escandaloso «Apagão do Brasil», ou aquele em 2000 provocado por cegonhas (!!) que deixou meio Portugal à luz de velas.
Hoje o "apagão" é outro. E, imagine-se, convocado.
Como forma de alertar para as graves consequências das alterações climáticas, a organização francesa "Aliança pelo Planeta" apela a um apagão geral pelas 18h55 de hoje.
França e Espanha são dois dos países que prometem aderir em peso a este apagar de luzes durante cinco minutos.
Por cá, o Ministério do Ambiente não aderiu à proposta. Haja alguém com bom senso...
Já não bastava o famoso e escandaloso «Apagão do Brasil», ou aquele em 2000 provocado por cegonhas (!!) que deixou meio Portugal à luz de velas.
Hoje o "apagão" é outro. E, imagine-se, convocado.
Como forma de alertar para as graves consequências das alterações climáticas, a organização francesa "Aliança pelo Planeta" apela a um apagão geral pelas 18h55 de hoje.
França e Espanha são dois dos países que prometem aderir em peso a este apagar de luzes durante cinco minutos.
Por cá, o Ministério do Ambiente não aderiu à proposta. Haja alguém com bom senso...
Com isto, não julguem que não tenho sensibilidade quanto ao tema. Bem pelo contrário, é tema que me preocupa bastante.
Compreendo o simbolismo desta acção, mas tenho sérias dúvidas que, e apesar da sua intensa mediatização, possa ter reflexos positivos na mentalidade ecológica dos cidadãos.
Ao invés de pedir aos cidadãos uma coisa tão simples quanto inútil como apagar as luzes durante cinco minutos numa qualquer quinta feira de fevereiro, os governos, associações e demais, deviam de levar a cabo campanhas de sensibilização eficazes, que se traduzissem na inversão do comportamento despesista e inconsequente da maioria dos cidadãos de hoje.
Estes gestos simbólicos ficam sempre bem, mas na realidade estão longe de ter qualquer eficácia... Neste preciso caso, até parece é que vão trazer alguns problemas, uma vez que a alteração repentina de consumo de energia corre o sério risco de provocar problemas na rede eléctrica.
Ao invés de pedir aos cidadãos uma coisa tão simples quanto inútil como apagar as luzes durante cinco minutos numa qualquer quinta feira de fevereiro, os governos, associações e demais, deviam de levar a cabo campanhas de sensibilização eficazes, que se traduzissem na inversão do comportamento despesista e inconsequente da maioria dos cidadãos de hoje.
Estes gestos simbólicos ficam sempre bem, mas na realidade estão longe de ter qualquer eficácia... Neste preciso caso, até parece é que vão trazer alguns problemas, uma vez que a alteração repentina de consumo de energia corre o sério risco de provocar problemas na rede eléctrica.
5 comentários:
Cara Senhora
Bom, um gesto simbólico tem sempre um significado e um objectivo. Eu apaguei as luzes cá em casa. Participei ao 1% de economia de energia, durante cinco minutos ,à escala nacional, no pais onde vivo.Sem problemas técnicos na rede. Mas o objectivo era muito superior ao da mera economia. Sabe-se que as grandes causas se obtêm com pequenos actos, que ligados uns aos outros dão o resultado final.
Eu apaguei para provar que estou consciente que um dia devemos viver sem petróleo, sem gaz., sem carvão e que na realidade , desde já, uma redução drástica do consumo das energias fosseis é vital para a salvação do planeta. E hoje, as energias fosseis constituem 80% da energia mundial.
Eu apaguei porque sei que se o consumo destas energias continua a crescer no mundo de 2% por ano, como neste momento, as emissões de CO2 serão tais que a temperatura planetária subirá de 5° C , pelo menos , em 2100 e de 10 a 20 graus em 2020! Segundo a Shell e a Total é mais ou menos nesta época que o petróleo terá acabado! Estas entidades são por vezes mais conscientes do problema que os políticos!
Temos portanto que começar um dia a consumir menos matérias fosseis porque o stock disponível não é extensível. E uma questão duma geração e não mais!
E só de pensar que as emissões actuais de C02 na atmosfera, que aumentaram de 30% no século passado, têm uma duração de vida de alguns milhares de anos e que mesmo se parássemos hoje mesmo de emitir esses gazes na atmosfera será necessário esperar esses tais milhares de anos para que a atmosfera volte ao estado inicial, i.e., antes da revolução industrial, creio que é necessário agir com urgência.
A mudança climática não é uma "poluição" que se pode tratar quando a situação for insuportável. Há pois que agir, antecipando, ou suportar, mais tarde.
Por isso também creio que todos os governos devem incentivar a pesquisa das tais energias disponíveis na natureza, menos poluentes. Mas sem esperar substituir completamente as energias fosseis que consumimos todos os dias porque isso é praticamente impossível.
Mas modificar o comportamento de cada um na sociedade, isso sim, pode trazer grandes economias de "poluição". Mas, como o seu "post" deixou entender, a educação dum povo e dos responsáveis políticos é talvez a urgência numero um e a mais difícil.
E que os demagogos de toda a espécie não nos venham dizer que o que é preciso é eliminar os empregos industriais e dar a preferência aos empregos nos "serviços, porque um empregado sozinho num escritório consome tanta energia hoje ( o equivalente de 1,5 tonelada de petróleo/ano), que um cidadão vulgar consumia para todas as suas necessidades há 50 anos atrás! Aliás, os EUA , que é o pais mais desenvolvido na informática e na economia Internet, é aquele que consome mais energia por habitante.
Caro leitor,
Do que li e ouvi, o apagão do passado dia 1 representou uma diminuição de 1 % de consumo em França, porque em Portugal, ainda que muitos como o Sr. tenham aderido à iniciativa, esta não foi generalizada...
Como salientei no post, reconheço que este acto era simbólico. E que sendo simbólico tem o louvável objectivo de despertar todos nós, irreponsáveis terrestres, para o facto de que o nosso planeta está a sofrer uma drástica e preocupante modificação que deriva sobretudo da nossa insconsciência ecológica.
Mas o que a mim me preocupa é a leviandade com que alguns aderem à causa, sem, no entanto, pouparem o Planeta Terra nos demais 364 dias do ano.
Poupar durante cinco minutos está bem, mas há que poupar sempre..! E isto há que fazer por iniciativa própria, não só quando nos "impõem". Poupar energia, poupar água, reciclar e tantas outras atitudes que deveríamos de ter são, afinal, comportamentos de minorias.
A meu ver, os Governos e organizações ambientais e demais deveriam de "apostar" noutro tipo de consciencialização ecológica que, na prática, fosse mais eficaz.
Fomentar o uso de painéis solares num país afortunadamente solarengo como o nosso. Diminuir os custos do produtos feitos com material reciclado. Facilitar o acesso a ecopontos domésticos (são caríssimos, salvo numa campanha de um hipermercado há uns tempos atrás). Incitar as empresas de transporte público a melhorar os seus serviços sem que isso encareça o custo para o utilizador. Enfim, algumas ideias que na prática se traduziriam, creio... numa eficaz mudança de mentalidades e hábitos quotidianos dos cidadãos. Ficaríamos todos a ganhar, sem termos que ficar às escuras.
Cara Senhora
Creio que estamos de acordo sobre o assunto. A verdade é que estamos ameaçados de todos os lados e os perigos são tão diversos: - tecnológicos, sanitários, demográficos, ecológicos...
Como dizia alguém, o medo do progresso alimenta o progresso do medo!
Pensávamos caminhar para um mundo melhor graças à ciência e eis que o futuro parece dominado por uma catástrofe ecológica que nem sabemos se já é tarde para a evitar.
As resistências a vencer são fortes e os resultados dos nossos esforços para vencer o mal são incertos. E mesmo quando é para o bem comum há combates que são difíceis porque os cidadãos e os governantes não crêem no que parece evidente até ao dia em que o inevitável acontece.
Isto faz-me pensar num combate que tive pessoalmente de travar , há anos, para proibir de fumar numa empresa que dirigi. Aqueles de quem eu pretendia proteger a saúde, respeitando a lei ao mesmo tempo, foram os primeiros a combater-me, mesmo com a ajuda dos sindicatos ! Mas não cedi !
Hoje há muito pouca gente que aceita de abandonar o conforto da sociedade de consumo quase forçado em que vivemos . E aqueles que ainda têm pouco para consumir querem absolutamente lá chegar também a este tipo de sociedade. Grande problema!
Vivemos assim tempos de perigos eminentes :- Nanotecnologias ?telefone celular? OGM ? linhas de alta tensão ? diesel ? açúcar ? aspartame ? aditivos alimentares ? colorantes têxteis ? sras ? centrais nucleares ? inundações ? tempestades violentas ? gripe aviaria ? vacas loucas ?
O amianto, estávamos prevenidos há muito tempo. Verificou-se demasiado tarde. Os outros perigos, ver-se-à! Por precaução, decidi não comer mais frango nas próximas semanas !
Os nossos antepassados tiveram que vencer a fome, o frio, as doenças infecciosas, etc. Nos devemos vencer os perigos do progresso. Assim vai o mundo!
PS) Desculpe, mas eu devia ter escrito no meu comentàrio precedente que o pais no qual vivo é a França. Por isso estava ao corrente do tal 1% .
Caro leitor,
ouso dizer que estamos plenamente de acordo quanto a esta temática...
Nem mais, quando todos achávamos que as descobertas e progressos dos últimos séculos nos levariam a alcançar uma vida quase perfeita,
eis que a pouco e pouco nos vamos apercebendo de que usámos e abusámos do nosso Planeta e que por isso o futuro não vai ser tão cor-de-rosinha quanto esperávamos.
É bom que se tome consciência de tudo isto, mas [e não querendo ser fatalista] parece-me que quando isso acontecer... vai ser tarde demais.
Resta-nos acreditar de que vai ser possível "remediar"... verbo que os seres humanos mais põem em práctica...
Cumprimentos bloguísticos,
Dulce
Senhora Dulce
Sem duvida que hà muito para fazer neste campo, tanto mais que os maus exemplos vêm de cima e nos paises mais democràticos. Grande tristeza, nao acha ?
Cumprimentos.
Le gouvernement britannique et Monsanto ont dissimulé la pollution d'une réserve
LEMONDE.FR | 12.02.07 | 12h14 • Mis à jour le 12.02.07 | 12h43
a carrière de Brofiscin, près du village de Groesfaen, au Pays de Galles, est au cœur d'une réserve d'espèces sauvages. En 2003, des vapeurs malodorantes ont rappelé aux villageois que, dans les années 60, des déchets toxiques y avaient été enterrés. Depuis, l'Agence de l'environnement britannique a dépensé quelque 800 000 livres (1,2 million d'euros) afin d'en savoir plus sur la teneur de ces déchets et les risques qu'ils posent en matière de contamination, notamment de l'eau. Elle vient d'annoncer l'ouverture d'une enquête officielle à ce sujet : la carrière serait un des endroits les plus pollués du Royaume-Uni. Soixante-sept substances y ont été répertoriées, dont des dérivés du célèbre et sinistre agent orange (employé notamment par les Etats-Unis au Vietnam), des dioxines et des PCB.
Auteur, en 1972, d'un rapport sur la mort par empoisonnement de neuf vaches, Douglas Gowan avance aujourd'hui dans le Guardian que "les autorités connaissent la situation depuis des années, mais n'ont rien fait". Coupables, selon lui, de négligence et d'incompétence, elles auraient aussi tenté de camoufler l'ampleur du problème. Interrogé par le quotidien britannique, un agriculteur déclare ainsi n'avoir nullement été prévenu de la présence de déchets toxiques lorsqu'il acheta des terres dans la région. Aujourd'hui, le petit ruisseau qui les traverse vire à l'orange lorsqu'il pleut.
"NOUS POUVONS NE RIEN DIRE ET NE RIEN FAIRE"
Mais les autorités ne sont pas les seules impliquées : Monsanto, le géant de l'agrochimie, a lui aussi tenté de dissimuler la pollution. En 1968, ses experts démontrèrent en effet que les PCB contaminaient bien le lait maternel, les poissons, oiseaux et espèces sauvages. Dans un rapport confidentiel sur les différentes options envisageables par Monsanto, on peut ainsi lire que "les pressions publiques et légales visant à éliminer et prévenir la contamination sont inévitables". "Nous ne pourrons probablement pas les enrayer, dit encore le rapport. Nous pouvons ne rien dire et ne rien faire ; créer un écran de fumée ; fermer immédiatement l'usine ; réagir de façon responsable [et] admettre les preuves de la contamination environnementale."
La société stoppa la production de PCB aux Etats-Unis en 1971, mais le gouvernement britannique – qui connaissait les dangers du PCB depuis les années 60 – l'autorisa à en produire au Pays de Galles, jusqu'en 1977. Monsanto se défend aujourd'hui en avançant que c'est le ministère de l'industrie qui ne voulait pas, à l'époque, qu'elle ferme son usine. La société transfère également la responsabilité de la pollution aux sous-traitants qu'elle avait chargés de ses déchets et qui, avertis de la toxicité des produits, n'en ont pas moins décidé de les enfouir dans la carrière de Brofiscin jusqu'en 1972. Selon le Daily Telegraph, les responsabilités seront d'autant plus difficiles à établir qu'à l'époque, il était tout à fait légal d'enterrer de tels déchets.
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