quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Não há loja que resista

O número de grandes superfícies, e citando aqui o exemplo de Coimbra que é donde tenho maior conhecimento, teve um crescimento significativo no presente ano. Até compreendo alguns dos críticos, quando dizem que se está a estragar o comércio, embora convém referir que as causas, ao que me parece, não se limitam ao erguer de mais muros comerciais.
Os centros comerciais mais antigos, grandes críticos, em vez de lutar contra o Dolce Vita ou Forúm, preferem ter horários de baixa e feriados condizentes com os da função pública. A inovação que se pede e é necessária ao ramo está estagnada, o sentimento de derrota está patente nas montras e a hora de fecho é a mesma que o terminus do horário de laboração normal.
Não se pense que sou alheio aos argumentos e inconsciente das dificuldades. Estou antes, a fazer uma chamada de atenção. Com a forte concorrência, e praticando horários de baixa (a título de exemplo: cerca de 80% das lojas do Girasolum estão fechadas, pós jantar!), só restam as críticas à edilidade!
Seguramente que o cerne do problema não é apenas o horário de abertura e fecho, mas os comerciantes podiam dar o exemplo.
Os comerciantes desses centros ou os seus acérrimos defensores, poderão dizer que não vale a pena ter as portas abertas até tarde, que financeiramente, não compensa! Parece-me errado. O abrir de portas, não só transmite uma imagem positiva, como aumenta os níveis confiança junto do consumidor da loja e posteriormente, do próprio centro comercial.
Ou muito me engano, ou nesse ramo, e por uma questão de sobrevivência, as atitudes devem ser tomadas em conjunto e não em separado, o que equivale dizer: se forem apenas dois ou três a dar o exemplo, fica tudo, ou quase tudo na mesma!
E por aqui me fico, para não dizerem que sou um tipo insensível…

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