Isto da imagem dos políticos não é de hoje…
John Kennedy foi provavelmente um dos primeiros políticos a aperceber-se da influência da imagem sobre o comportamento dos eleitores! Nas eleições que o opuseram a Nixon, no debate final, jogou com a essência visual do meio escolhido, utilizando maquilhagem, pondo base, pedindo um debate de pé, visto ser mais alto que Nixon, e mais novo, logo, mais resistente, entre outros pormenores.
Já Margaret Tatcher, em 1983, utilizava as cores das cortinas, prevalecendo na essência visual do telespectador uma imagem mais escura para intervenções mais sérias e cores claras para intervenções mais sóbrias.
Digo isto, porque reportando aqui para o burgo nacional, se há algo de que eu tive sempre julgamentos dúbios, é a imagem que se tenta transparecer quando os políticos em épocas eleitorais, vão em caravana (e aqui contra mim falo porque também já fiz número), visitar mercados e feiras! Do ponto de vista prático e interessante para o debate político, nada me ocorre. O que me parece, é que esse tipo de actividade pré – eleitoral tende a desaparecer, tal como foi provado pelo actual PR, que rompeu com essa tradição.
O objectivo real de tais manifestações populistas, é a meu ver com o “número” já gasto, dos candidatos que não temem os “perigos” de enfrentar multidões julgadoras de determinadas políticas. Há situações, em que o “número” até correu bem, veja-se o caso de Eanes.
Na prática, nada de relevante do ponto de vista político acrescenta, nada será decidido nesse mercado ou nessa feira, o discurso já vai ensaiado, a máquina partidária (leia-se mobilização) é posta ao serviço do candidato. A Comunicação Social ávida de momentos de reportagem, nada perde, nem mesmo a peixeira que vende dois chernes ou o homem da fruta que vende 1Kg de maçãs ao candidato.
Com isto, quero dizer, que é preciso mudar a forma de comunicar com o público – alvo. O discurso dever conter matéria de interesse cívico e público, a comunicação política deve assumir um carácter menos “tabuloizado”. Não seria seguramente fácil nos primeiros tempos, mas só privilegiaria uma classe (política) que de gasta, tem mais que os meus primeiros sapatos de couro!
PS: andam por aí uns indivíduos chateados com a vida, anónimos de blogs locais (Coimbra para ser mais específico), que me deram uma óptima sugestão de leitura: “A Redenção de Judas”, de Mega Ferreira, na Visão desta semana. A pretensão intelectual de gente sem rosto torna-se contagiante, neste mundo virtual.
John Kennedy foi provavelmente um dos primeiros políticos a aperceber-se da influência da imagem sobre o comportamento dos eleitores! Nas eleições que o opuseram a Nixon, no debate final, jogou com a essência visual do meio escolhido, utilizando maquilhagem, pondo base, pedindo um debate de pé, visto ser mais alto que Nixon, e mais novo, logo, mais resistente, entre outros pormenores.
Já Margaret Tatcher, em 1983, utilizava as cores das cortinas, prevalecendo na essência visual do telespectador uma imagem mais escura para intervenções mais sérias e cores claras para intervenções mais sóbrias.
Digo isto, porque reportando aqui para o burgo nacional, se há algo de que eu tive sempre julgamentos dúbios, é a imagem que se tenta transparecer quando os políticos em épocas eleitorais, vão em caravana (e aqui contra mim falo porque também já fiz número), visitar mercados e feiras! Do ponto de vista prático e interessante para o debate político, nada me ocorre. O que me parece, é que esse tipo de actividade pré – eleitoral tende a desaparecer, tal como foi provado pelo actual PR, que rompeu com essa tradição.
O objectivo real de tais manifestações populistas, é a meu ver com o “número” já gasto, dos candidatos que não temem os “perigos” de enfrentar multidões julgadoras de determinadas políticas. Há situações, em que o “número” até correu bem, veja-se o caso de Eanes.
Na prática, nada de relevante do ponto de vista político acrescenta, nada será decidido nesse mercado ou nessa feira, o discurso já vai ensaiado, a máquina partidária (leia-se mobilização) é posta ao serviço do candidato. A Comunicação Social ávida de momentos de reportagem, nada perde, nem mesmo a peixeira que vende dois chernes ou o homem da fruta que vende 1Kg de maçãs ao candidato.
Com isto, quero dizer, que é preciso mudar a forma de comunicar com o público – alvo. O discurso dever conter matéria de interesse cívico e público, a comunicação política deve assumir um carácter menos “tabuloizado”. Não seria seguramente fácil nos primeiros tempos, mas só privilegiaria uma classe (política) que de gasta, tem mais que os meus primeiros sapatos de couro!
PS: andam por aí uns indivíduos chateados com a vida, anónimos de blogs locais (Coimbra para ser mais específico), que me deram uma óptima sugestão de leitura: “A Redenção de Judas”, de Mega Ferreira, na Visão desta semana. A pretensão intelectual de gente sem rosto torna-se contagiante, neste mundo virtual.
2 comentários:
Caro nemo iudex sine lege:
Cumprimento "Blogoesférico".
Ha gente para tudo, e com aquela coragem de quem assina como "anónimo".
Quando o debate é ao vivo e a cores, muitas vezes, são uma nódoa.
A frustração e os problemas de auto-estima são tramados.
A Net não tem só vantagens, portanto.
Enviar um comentário