sexta-feira, 14 de abril de 2006

Uff, não estou a pecar!...

Afinal, o cardeal americano que, no Vaticano, superintende aos nossos pecados (o Confessor-Mor) já veio dizer que foi mal interpretado por quem entendeu que passar mais tempo a navegar na Internet, a ler jornais ou a ver televisão do que a ler a Bíblia seria pecado.
O mais irónico é que, neste tipo de temas, a Igreja Católica, cada vez que tem um vislumbre sobre algo que deve ser debatido, como é o caso, ou radicaliza (veja-se a contracepção) ou opta pela via errada de reflexão (como teria sido a de tornar pecado o consumo de media).
O problema é o conteúdo dos media que absorvemos. Está estudado que certa programação televisiva nos retira a capacida reflexiva, que certos jornais nos tornam voyeurs e que alguns sítios na Rede despertam as mais secretas e pouco cívicas pulsões.
Porém, nos media, como noutros fenómenos, tudo se resolve com pedagogia e com o uso que damos aos meios. Era esta orientação que deveria precupar oo Vaticano, e não afirmações generalistas e maniqueístas.
Não é tudo uma luta do bem contra o mal, por muito que a Páscoa inspire certos pensamentos.

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