As mulheres socialistas vociferaram contra a sua parca representação no Governo, e já ultimaram Sócrates para que se explique.
Este, por seu turno, falou na insuficiência de mulheres da área socialista bem preparadas para a governação.
Vamos por partes. O problema do PS é que instituiu o sistema de quotas que, mais uma vez, traduz uma importação insuficientemente estudada e adaptada ao caso português.
Em qualquer domínio da ciência política é preciso evitar o hábito da maioria dos constitucionalistas, que costumam olhar para a construção abstracta, mais do que para a realidade sociológica subjacente. Este é um erro a evitar, no caso de querer instituir-se os círculos uninominais.
Voltando ao caso da discriminação positiva das mulheres, Portugal não tem a realidade escandinava, pelo que receio (e dizem-me que há já exemplos disso) que as quotes possam perpetuar uma lógica que nada tenha a ver com o mérito. Nada garante que as mulheres escolhidas não o sejam em função de alianças com o "regime" masculino vigente.
Ademais, com a inveja imperante em Portugal, não sei até que ponto a discriminação positiva não servirá para lançar sobre as assim eleitas um estigma negativo.
Os mais eloquentes exemplos do PSD - Leonor Beleza, Manuela Ferreira Leite, Eduarda Azevedo, entre outra - atestam que o mérito pode vencer, e outros exemplos políticos e de gabinete mostram como, por vezes e mesmo no feminino, podem indigitar-se (mecanismo análogo ao das quotas) pessoas que osilam entre o novo-riquismo e coisas piores.
Ou seja, o problema existe e é preciso resolvê-lo. Não podemos aceitar que as mulheres recebam menos e trabalhem mais, designadamente em casa, ou sequer que sejam minoritárias na política, se desejarem participar.
Todavia, sejam homens ou mulheres, o critério deve ser sempre o do mérito, algo que quota alguma resolverá, se a sociedade não adoptar a competência como regra.
Nesse sentido, andou bem o Primeiro-Ministro ao deixar de fora Edite Estrela e Ana Gomes. Talvez esta última possa ser a primeira cliente das aspirinas de supermercado, para ver se lhe passa a dor de cabeça que insiste em pegar aos portugueses, sempre que abre a boca.
Este, por seu turno, falou na insuficiência de mulheres da área socialista bem preparadas para a governação.
Vamos por partes. O problema do PS é que instituiu o sistema de quotas que, mais uma vez, traduz uma importação insuficientemente estudada e adaptada ao caso português.
Em qualquer domínio da ciência política é preciso evitar o hábito da maioria dos constitucionalistas, que costumam olhar para a construção abstracta, mais do que para a realidade sociológica subjacente. Este é um erro a evitar, no caso de querer instituir-se os círculos uninominais.
Voltando ao caso da discriminação positiva das mulheres, Portugal não tem a realidade escandinava, pelo que receio (e dizem-me que há já exemplos disso) que as quotes possam perpetuar uma lógica que nada tenha a ver com o mérito. Nada garante que as mulheres escolhidas não o sejam em função de alianças com o "regime" masculino vigente.
Ademais, com a inveja imperante em Portugal, não sei até que ponto a discriminação positiva não servirá para lançar sobre as assim eleitas um estigma negativo.
Os mais eloquentes exemplos do PSD - Leonor Beleza, Manuela Ferreira Leite, Eduarda Azevedo, entre outra - atestam que o mérito pode vencer, e outros exemplos políticos e de gabinete mostram como, por vezes e mesmo no feminino, podem indigitar-se (mecanismo análogo ao das quotas) pessoas que osilam entre o novo-riquismo e coisas piores.
Ou seja, o problema existe e é preciso resolvê-lo. Não podemos aceitar que as mulheres recebam menos e trabalhem mais, designadamente em casa, ou sequer que sejam minoritárias na política, se desejarem participar.
Todavia, sejam homens ou mulheres, o critério deve ser sempre o do mérito, algo que quota alguma resolverá, se a sociedade não adoptar a competência como regra.
Nesse sentido, andou bem o Primeiro-Ministro ao deixar de fora Edite Estrela e Ana Gomes. Talvez esta última possa ser a primeira cliente das aspirinas de supermercado, para ver se lhe passa a dor de cabeça que insiste em pegar aos portugueses, sempre que abre a boca.
1 comentário:
Sim, é verdade que há poucas mulheres com mérito na política, infelizmente.. ou pelo menos não há tantas quantas as desejáveis... (Se pensarmos no universo socialista há menos ainda...)
Devemos atentar sempre ao critério do mérito e da competência, ainda que o mesmo devesse ser aplicado também aos elementos masculinos do Governo (mas se assim fosse, como entraria Mariano Gago?? Alguém me pode esclarecer?).
Quanto a Ana Gomes, eu sugeriria mesmo era a compra de uns laxantes no Feira Nova ou similar, porque mesmo que abrisse a boca, estava em casa e não a conseguiríamos ouvir cá fora, o que seria proveitoso para a sociedade em geral e para o PS e o Eng. Sócrates em particular!
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