quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Vou nas asas de um sonho

Volto ao vosso convívio com um título emprestado pelos Santamaria (não sei o que vem mais a calhar: se o título da música, se o nome do grupo), para descrever o sentimento com que encaro o meu encontro próximo com a Lufthansa.

De facto, quando entrar naquele “A380” mais do que Lisboa, só queria que ele me deixasse logo em Santa Maria da Feira, para que o jogo de dia 7 com a Oliveirense chegasse mais depressa. É uma vida a sonhar ver a Briosa no Jamor e, se possível, trazer a Taça de regresso a casa!... Já chega de andar por maus caminhos, desde 1939…

E quem puder, deve ir por muitas razões. Comecemos pela psicologia invertida: não serve de desculpa não se apreciar este ou aquele dirigente. Seguramente eu não faria as mesmas listas que o actual Presidente apresentou (mormente em um ou dos casos), mas a escolha é sempre do candidato e a eleição foi democrática. Estou, aliás, certo de que muitos associados jamais me teriam escolhido para a Direcção e, no entanto, sempre senti apoio do Eng. Simões e o maior respeito por parte dos associados.

A paixão pela Académica deve ser isso mesmo: uma paixão pela nossa Associação e pelo seu historial, acreditando sempre que o pior dos academistas é melhor que o mais excelso sócio de qualquer clube que se nos oponha. Relembrarei por isso o antigo amigo (daqueles com quem muito se viveu e de quem jamais se espera semelhante estupidez) que demorava em aceitar a minha amizade no “Facebook” e que, quando indaguei sobre aquilo que julgava ser uma distracção, me disse a relutância se devia ao facto de ter apoiado José Eduardo Simões. Em bom rigor, amizade desta não faz falta e associados assim não são verdadeiros academistas (parece que o dito cidadão entregou o cartão de associado). Para mim a Académica suplantará sempre qualquer pessoa que a sirva.

As razões positivas para estar em Santa Maria da Feira e, assim espero, no Jamor são mais e conhecidas. Desde logo, quem nasceu em Coimbra, por aí passou ou aí está sabe bem que temos na Académica uma bandeira de que podemos orgulhar-nos, a par dos nossos Hospitais e das nossas escolas e Universidade. Assim a Autarquia venha a juntar-se ao pelotão da frente da promoção da Cidade, tão cedo quanto possível.

Depois, para quem, como eu, andou pelos bancos de uma das nossas faculdades, por muito que os tempos mudem (mudam no futebol, como mudam na Universidade, sobretudo ao nível da tradição), será sempre clara e mais do que onomástica a ligação entre a Académica, a Academia e a Universidade (sendo que aqui, a primeira e a terceira instituições podiam fazer um pouco mais para estreitar laços).

Em terceiro lugar, quem vá a uma Assembleia-Geral da AAC/OAF cedo percebe a elevação de 99% dos participantes e a forma diferente que os seus associados têm de estar na vida e o “fair-play” com que encaram o desporto e a diversidade de opinião.

Em quarto lugar, a Académica tem uma claque com toques de genialidade, com raríssima propensão para o disparate e que tem uma lealdade que, por vezes, parece suplantar a de algumas pessoas que a deveriam ter por dever de ofício. Jamais ouvi a Mancha Negra vaiar os seus “rapazes”, ao invés de apoiantes de chamados grandes que, ao menor revés, enxovalham os atletas e ameaçam os dirigentes.

Por último, só me lembro de lhe recomendar a ida ao jogo pelo simples mas puro facto de adorar a Académica!...

1 comentário:

Francisco Castelo Branco disse...

pode ser que chame mais pessoas ao estádio