Há dois anos e meio, quando a crise histórica rebentou em setembro 2008, os « mestres do mundo » demonstraram um breve momento de pânico, alarmados pela amplidão de uma crise que eles não tinham previsto, pela inexistência de instrumentos teóricos para a compreender e pelo receio de uma forte reacção social. Chegaram então as proclamações vazias sobre a “refundição” do capitalismo e os falsos “mea culpa” que se evaporaram entretanto, pouco a pouco, a partir do momento em que o sistema foi socorrido, face à ausência de explosao social. Mesmo se, para os liberais, não somente os mercados são capazes de se regular sozinhos, mas toda e qualquer intervenção do Estado, diziam eles, só poderia impedir esta regulação. Hoje, a realidade é bem diferente e não se pode mais esconder. Era o famoso dogma da “infalibilidade” dos mercados e a “mão invisível” que espontaneamente afectaria as riquezas disponíveis de maneira óptima. Entretanto, os mercados financeiros estão em completa derrota e sem a intervenção dos Estados, a crise seria ainda mais grave que em 1929. Esta debandada dos mercados financeiros e a intervenção maciça dos Estados marcam a falência do dogma liberal. A regulação dos mercados pelos mercados eles mesmos levam direitinho à catástrofe. Mas na confusão gerada pela crise , os tubarões da economia salvam –se sem despudor, desviando benefícios enormes que distribuem entre si. Isto é verdadeiramente chocante! E o discurso que consiste a proclamarem-se “indispensáveis” , como o meu Amigo escreveu, é revoltante. Mas quem se indigna e quem se revolta ? A reacção social leva tempo a aparecer e em certos países, como Portugal, nem tão pouco está à vista. Desde a explosão da crise, as resistências sociais são relativamente fracas. Existe um abismo enorme entre o descrédito do modelo económico actual e a sua tradução sob uma forma de acção colectiva. Muitos factores o explicam, em particular o medo , a resignação face à situação actual, o cepticismo em relação aos sindicatos, a ausência de referências políticas e sociais e a influência, entre os assalariados, dos valores individualistas e consumistes inculcados em permanência desde há muitos anos pelos sistema. Todos esperam salvar “os moveis” no incêndio e por isso não mexem ! E as promessas dos vàrios”G’s”, G8 ou G20 , não é nada mais que uma espessa fumarada que tem por função de dissimular os verdadeiros responsáveis da crise : o dogma neoliberal dos mercados que se regulam sozinhos e sobretudo o patronato e os governos que se esforçam de inscrever este dogma nos factos, qualquer que sejam os custos sociais e humanos.
Há dois anos e meio, quando a crise histórica rebentou em setembro 2008, os « mestres do mundo » demonstraram um breve momento de pânico, alarmados pela amplidão de uma crise que eles não tinham previsto, pela inexistência de instrumentos teóricos para a compreender e pelo receio de uma forte reacção social. Chegaram então as proclamações vazias sobre a “refundição” do capitalismo e os falsos “mea culpa” que se evaporaram entretanto, pouco a pouco, a partir do momento em que o sistema foi socorrido, face à ausência de explosao social. Mesmo se, para os liberais, não somente os mercados são capazes de se regular sozinhos, mas toda e qualquer intervenção do Estado, diziam eles, só poderia impedir esta regulação. Hoje, a realidade é bem diferente e não se pode mais esconder. Era o famoso dogma da “infalibilidade” dos mercados e a “mão invisível” que espontaneamente afectaria as riquezas disponíveis de maneira óptima. Entretanto, os mercados financeiros estão em completa derrota e sem a intervenção dos Estados, a crise seria ainda mais grave que em 1929. Esta debandada dos mercados financeiros e a intervenção maciça dos Estados marcam a falência do dogma liberal. A regulação dos mercados pelos mercados eles mesmos levam direitinho à catástrofe. Mas na confusão gerada pela crise , os tubarões da economia salvam –se sem despudor, desviando benefícios enormes que distribuem entre si. Isto é verdadeiramente chocante! E o discurso que consiste a proclamarem-se “indispensáveis” , como o meu Amigo escreveu, é revoltante. Mas quem se indigna e quem se revolta ? A reacção social leva tempo a aparecer e em certos países, como Portugal, nem tão pouco está à vista. Desde a explosão da crise, as resistências sociais são relativamente fracas. Existe um abismo enorme entre o descrédito do modelo económico actual e a sua tradução sob uma forma de acção colectiva. Muitos factores o explicam, em particular o medo , a resignação face à situação actual, o cepticismo em relação aos sindicatos, a ausência de referências políticas e sociais e a influência, entre os assalariados, dos valores individualistas e consumistes inculcados em permanência desde há muitos anos pelos sistema. Todos esperam salvar “os moveis” no incêndio e por isso não mexem ! E as promessas dos vàrios”G’s”, G8 ou G20 , não é nada mais que uma espessa fumarada que tem por função de dissimular os verdadeiros responsáveis da crise : o dogma neoliberal dos mercados que se regulam sozinhos e sobretudo o patronato e os governos que se esforçam de inscrever este dogma nos factos, qualquer que sejam os custos sociais e humanos.
3 comentários:
Há dois anos e meio, quando a crise histórica rebentou em setembro 2008, os « mestres do mundo » demonstraram um breve momento de pânico, alarmados pela amplidão de uma crise que eles não tinham previsto, pela inexistência de instrumentos teóricos para a compreender e pelo receio de uma forte reacção social.
Chegaram então as proclamações vazias sobre a “refundição” do capitalismo e os falsos “mea culpa” que se evaporaram entretanto, pouco a pouco, a partir do momento em que o sistema foi socorrido, face à ausência de explosao social.
Mesmo se, para os liberais, não somente os mercados são capazes de se regular sozinhos, mas toda e qualquer intervenção do Estado, diziam eles, só poderia impedir esta regulação.
Hoje, a realidade é bem diferente e não se pode mais esconder. Era o famoso dogma da “infalibilidade” dos mercados e a “mão invisível” que espontaneamente afectaria as riquezas disponíveis de maneira óptima.
Entretanto, os mercados financeiros estão em completa derrota e sem a intervenção dos Estados, a crise seria ainda mais grave que em 1929.
Esta debandada dos mercados financeiros e a intervenção maciça dos Estados marcam a falência do dogma liberal. A regulação dos mercados pelos mercados eles mesmos levam direitinho à catástrofe. Mas na confusão gerada pela crise , os tubarões da economia salvam –se sem despudor, desviando benefícios enormes que distribuem entre si. Isto é verdadeiramente chocante! E o discurso que consiste a proclamarem-se “indispensáveis” , como o meu Amigo escreveu, é revoltante. Mas quem se indigna e quem se revolta ?
A reacção social leva tempo a aparecer e em certos países, como Portugal, nem tão pouco está à vista. Desde a explosão da crise, as resistências sociais são relativamente fracas. Existe um abismo enorme entre o descrédito do modelo económico actual e a sua tradução sob uma forma de acção colectiva. Muitos factores o explicam, em particular o medo , a resignação face à situação actual, o cepticismo em relação aos sindicatos, a ausência de referências políticas e sociais e a influência, entre os assalariados, dos valores individualistas e consumistes inculcados em permanência desde há muitos anos pelos sistema. Todos esperam salvar “os moveis” no incêndio e por isso não mexem !
E as promessas dos vàrios”G’s”, G8 ou G20 , não é nada mais que uma espessa fumarada que tem por função de dissimular os verdadeiros responsáveis da crise : o dogma neoliberal dos mercados que se regulam sozinhos e sobretudo o patronato e os governos que se esforçam de inscrever este dogma nos factos, qualquer que sejam os custos sociais e humanos.
Há dois anos e meio, quando a crise histórica rebentou em setembro 2008, os « mestres do mundo » demonstraram um breve momento de pânico, alarmados pela amplidão de uma crise que eles não tinham previsto, pela inexistência de instrumentos teóricos para a compreender e pelo receio de uma forte reacção social.
Chegaram então as proclamações vazias sobre a “refundição” do capitalismo e os falsos “mea culpa” que se evaporaram entretanto, pouco a pouco, a partir do momento em que o sistema foi socorrido, face à ausência de explosao social.
Mesmo se, para os liberais, não somente os mercados são capazes de se regular sozinhos, mas toda e qualquer intervenção do Estado, diziam eles, só poderia impedir esta regulação.
Hoje, a realidade é bem diferente e não se pode mais esconder. Era o famoso dogma da “infalibilidade” dos mercados e a “mão invisível” que espontaneamente afectaria as riquezas disponíveis de maneira óptima.
Entretanto, os mercados financeiros estão em completa derrota e sem a intervenção dos Estados, a crise seria ainda mais grave que em 1929.
Esta debandada dos mercados financeiros e a intervenção maciça dos Estados marcam a falência do dogma liberal. A regulação dos mercados pelos mercados eles mesmos levam direitinho à catástrofe. Mas na confusão gerada pela crise , os tubarões da economia salvam –se sem despudor, desviando benefícios enormes que distribuem entre si. Isto é verdadeiramente chocante! E o discurso que consiste a proclamarem-se “indispensáveis” , como o meu Amigo escreveu, é revoltante. Mas quem se indigna e quem se revolta ?
A reacção social leva tempo a aparecer e em certos países, como Portugal, nem tão pouco está à vista. Desde a explosão da crise, as resistências sociais são relativamente fracas. Existe um abismo enorme entre o descrédito do modelo económico actual e a sua tradução sob uma forma de acção colectiva. Muitos factores o explicam, em particular o medo , a resignação face à situação actual, o cepticismo em relação aos sindicatos, a ausência de referências políticas e sociais e a influência, entre os assalariados, dos valores individualistas e consumistes inculcados em permanência desde há muitos anos pelos sistema. Todos esperam salvar “os moveis” no incêndio e por isso não mexem !
E as promessas dos vàrios”G’s”, G8 ou G20 , não é nada mais que uma espessa fumarada que tem por função de dissimular os verdadeiros responsáveis da crise : o dogma neoliberal dos mercados que se regulam sozinhos e sobretudo o patronato e os governos que se esforçam de inscrever este dogma nos factos, qualquer que sejam os custos sociais e humanos.
Peço desculpa de ter "clickado" duas vezes !
Freitas Pereira
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