quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

Não sei se não mudava de vida II...

A Ministra da Cultura é uma pessoa de valia intelectual acima de qualquer suspeita.
Porém, no plano político, a coisa não tem ido pelo melhor. Justifica-se o meu cepticismo inicial (tornado público, então), visto que, lamentavelmente e por insuficiência cultural de muitos governantes (de todos os partidos), sucessivos elencos não têm percebido que, num País como o nosso, já é quase só aqui (e na Educação) que se defende a identidade nacional. Ora, fica provado que só com "rebeldes" na pasta (vide Santana e Carrilho) se atingem patamares orçamentais menos terceiro-mundistas, e nunca com as chamadas pessoas da Cultura (e se Pedro Roseta merecia outro respeito!...).
Acresce que, recentemente, houve que dar o dito por não dito, em relação à colecção Berardo, que, ao que se sabe, a Ministra não quereria ver no CCB.
Por causa de arrastamentos sucessivos, Portugal quase perdia para o estrangeiro um dos acervos de arte contemporânea mais importantes do mundo, chegando-se ao rídiculo de o próprio Joe Berardo andar a sublinhar o quanto queria vê-la por cá.
Impôs condições?! E quem reuniu a colecção?
Andou bem o Primeiro-Ministro ao impôr uma solução para o caso, assim defendendo Portugal ao nível do interesse cultural e do turismo que, verão, justificará, também ele, o investimento.

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