quinta-feira, 31 de julho de 2008
Haja esperança!
Ora diga lá, Excelência!!! - parte 2
O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros admite a seu desconhecimento sobre o assunto, o que aumenta a curiosidade e a esperança sobre o que se irá ouvir…
Cavaco Silva tem assim a oportunidade de ser o tal Presidente que o país precisa neste momento por causa disto… e fazer o que o Jorge Sampaio nunca teve capacidade de fazer e o que o Mário Soares nunca teve necessidade de exercer…
Por isso: Ora diga lá, Excelência…
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Sem telemóveis
terça-feira, 29 de julho de 2008
Inteligência a la carte
Três curiosidades que se podem deduzir desta lista: os grupos em maior representação são os de economistas e cientistas políticos; contam-se pelas mãos as intelectuais 'de serviço'; e, por, fim, tristemente constata-se que não há nenhuma representação portuguesa...
Eu cá, destaco da lista o filósofo espanhol Fernando Savater por uma mão cheia de razões: descobri-o na minha adolescência ao ler o "Ética para um jovem" (que recomendo) e que foi das melhores lições de ética, liberdade, igualdade e justiça que já recebi. Mais tarde li com a mesma sofreguidão "Política para um jovem" (que de igual forma recomendo) e estou certa que ambas as obras foram relevantes para a construção da minha noção de cidadania e, consequentemente, determinantes no meu respeito e interesse pela causa pública. Hoje continuo a acompanhar a obra e a vida de Savater, que vai arrecadando merecidos prémios e ganhando merecida notoriedade pelo mundo fora; até pela sua coragem em continuar a lutar contra a ETA, mesmo depois de ter sido por duas vezes ameaçado de morte por aquele grupo terrorista...
E os colaboradores e leitores do Lodo, que nomes destacariam desta lista de intelectuais? Ou que outros nomes consideram que deveriam constar dela?
Prémio "Este Tipo Devia Sair Com Umas Gajas"
segunda-feira, 28 de julho de 2008
28 dias de agonia...
Crise, dizem eles
Notícias realmente importantes
Triste
Momentos de Glória
"Batido, mas não misturado"
E foi assim sem misturas adulteradoras e com batida que foi do jazz aos ritmos latinos que, tardiamente, me iniciei em Pink Martini, no Cool Jazz Fest.
Geniais, estes futuros súbditos de Obama!
E a vocalista?! Senhora de óptima voz e igual presença, China Forbes canta em inglês, francês, português, espanhol, italiano, chinês, japonês e egípcio, que me lembre...
Thomas Lauderdale, pianista e "chefe da banda" é também um figurão e soberbo executante, num conjunto que, a tons de rosa, nos embriaga com música que sabe a vermute.
Lê-se
"A táctica do silêncio" por Vasco Pulido Valente, in Público 26 Julho 2007
domingo, 27 de julho de 2008
Blogosfera - a Ágora do séc. XXI?
PSP - Passe a Sua Pistola
- Por muito que estes nada tenham a ver com os ciganos da Quinta da Fonte, é inevitável que se crie uma certa "ciganofobia", muito em voga em Itália.
- O respeito pela autoridade do Estado roça o nulo.
- Se os polícias tivessem ripostado (os criminosos tinham armas de fogo), aposto como o chefe da extrema-esquerda (Louçã) viria falar em violência policial e xenofobia.
- Não vamos ter mão na criminalidade violente se tivermos forças policiais mal pagas e mal defendidas pelos políticos que realmente pensam em governar-nos (só o CDS ainda diz algo que se aproveite neste âmbito).
Desconfio que a maioria dos nossos parlamentares não sabe, todavia, ter uma ideia sobre o assunto que ultrapasse a banalidade de quem leu um blog...
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Boss só há um e não é o Hugo!
Mesmo quem, no passado, não prestasse contas ao "Chefe" saíria rendido à energia, à simpatia (sempre em contacto vocal e até físico com os fãs) e a uma voz que imortalizou muitas canções.
E junto das coisas novas - Radio Nowhere, Long Walk Home, Last to Die e You'll Be Coming Down - não ia ficando pedra sobre pedra para o Real Madrid jogar, quando se ouviram, entre muitas outras "vozes de comando" do Boss, Dancing in the Dark, Born to Run, The River, Brilliant Disguise, Badlands, Cover Me e No Surrender...
Loja de conveniência
Duas guitarras acústicas e um som sereno, ora urbano e sofisticado ora bucólico e melancólico, bem longe da mainstream da pop.
Aqui e além lembraram-me de Simon and Gurfunkle, que o meu tio ouvia, vai para 25 anos, no velho gira-discos...
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Interesse púb(l)ico
Eu adoro futebol, como sempre assumi!
A menos que demonstrem que captam publicidade suficiente para que tal fique a custo zero...
Em Roma, sê cigano!
A questão não é fácil: num país em que vivem 150 mil ciganos, a maioria dos quais em situação ilegal e onde os números e a realidade sociológica ligam a etnia cigana a certo tipo de crimes, esta medida parece ser um meio inevitável no âmbito do plano do governo contra a mendicidade, a criminalidade e a imigração ilegal. Cabe sublinhar que são os próprios autóctones a pressionar os governos (desde os tempos idos de Romano Prodi) para que lidem de alguma maneira com a população cigana e as problemáticas que lhe são inerentes.
Esta medida vem confirmar a severidade da política contra imigrantes de Berlusconi, sim. Mas não me parece que configure discriminação étnica. Até que ponto a recolha de dados para identificação viola direitos fundamentais? Afinal, todos nós, cidadãos, somos sujeitos à recolha de elementos individualizadores (impressão digital incluída) para estabelecimento da nossa identidade civil. Algum de nós ousou dizer que o BI é um instrumento discriminatório?
E vem o Parlamento Europeu alegar que o objectivo invocado pelo governo italiano viola direitos fundamentais. O mesmo Parlamento Europeu que aprovou recentemente a Directiva de Retorno, que aperta o cerco aos imigrantes ilegais mas não garante em absoluto a protecção dos menores, como oportunamente focou a Tânia, aqui .
Ora, clara violação de direitos fundamentais é a mendicidade, prática corrente no seio daquela etnia, sobretudo com a exploração de crianças. Ser conivente (ou vá lá, negligente) com esta e outras práticas ilícitas levadas a cabo por certas minorias não me parece o caminho.
Se aquelas reclamam igualdade no tratamento e o mesmo acesso à educação, à habitação e à assistência sanitária concedido aos autóctones, convém lembrar-lhes que se lhes exige postura de compreensão face às necessárias políticas de inclusão e de integração.
Gipsy Kings
Porém, a minha óptica é quase igual à do sempre corajoso Mário Crespo, para cujo artigo a Dulce remete.
Andamos agachados perante minorias que se recusam a subscrever o mínimo do nosso patamar de convivência ética, embora queiram todas as regalias!... Chupam a carne e deixam os ossos!...
Pouco me importam a cor de pele ou as diferenças culturais, mas creio que os grupos que se pretendem manter "fechados" têm que fazer a fineza de cumprir os "mínimos olímpicos", como sejam pagar rendas, manter salubridade nas áreas que ocupam, dedicarem-se exclusivamente a actividades lícitas (o mesmo que exijo a qualquer cidadão português, aliás), etc...
Ou nos tornamos ricos ou ficamos párias, na nossa própria Pátria.
A esquerda e o átomo II
Pouco importa que esta esquerda pseudo-intelectual mascare o seu propósito com supostos incentivos à iniciativa privada (PS), pois na realidade os agentes privados tem que bajular e beijar o anel do decisor, para gozar do acesso rápido ao sucesso dos seus projectos de investimento, ou que finja que se trata de um processo dinâmico com aroma trotskista (BE), pois, na realidade, falamos de gente instalada, cuja maior frustração é não mudar a dita instalação para as capelinhas do poder instituído.
Digo sem problemas que muitos dos movimentos sociais a que o BE se associa são infiltrados por militantes seus, sendo mais agrupamentos de comando à distância do que causas em acção...
E foi precisamente no capítulo da destruição das formas espontâneas de organização do tecido social que a economia do texto me aconselhou a ser lacónico.
Falo no enxovalho deliberado das convenções que moldaram uma identidade cívica e que, não sendo imutáveis, devem poder conservar um núcleo ético que se não belisca. Exemplo disso é a mais recente tendência para consagrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Aqui chegados, não procuro saber sequer se o casamento é ou não destinado à procriação (algo que, sublinho, a Drª Manuela Ferreira Leite tem tanto direito a dizer, como a extrema-esquerda tem dito tudo o que lhe ocorre), defendendo até que se combata a discriminação negativa de dois cidadãos do mesmo sexo que querem partilhar a sua vida. Em bom rigor, não tendo eu qualquer inclinação homossexual, pouco me importa que outros a tenham, presumido o respeito pela minha escolha e não vejo razão para se perseguir um homem que goste de outro homem ou uma mulher que goste de outra cidadã...
Porém, há duas coisas de que ninguém me convence: a primeira é que tal laço tenha que se chamar “casamento”, que é um sacramento e/ou um contrato concebido para unir pessoas de sexo diferente. Dêem as voltas que derem, isso é "limpinho"!
No mesmo sentido enquadro a nova lei do divórcio que prescinde da culpa como causa de dissolução do casamento. Com este “simplex” pós-matrimonial, prescinde-se de qualquer instância moderadora e convidativa de reflexão e torna tão fácil dissolver uma família como comprar um automóvel.
Quem ganha?! Quem controlar o aparelho de Estado, pois é mais fácil “dividir para reinar”. Creio que ainda voltarei ao tema…
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Lê-se
Não há força no idioma se o léxico não nos une!
O Acordo Ortográfico foi promulgado pelo PR há dois dias, mas a minha opinião nesta matéria não só mantém-se (cfr. aqui) como se acentua a indignação ao deparar-me com estes insultos à Língua de Camões. É que depois do AO, tudo é permitido. E isto é, a meu ver, bem mais ofensivo que isto.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Go ... Yourself!
Até jazz...
segunda-feira, 21 de julho de 2008
A JS e o pecado da heterossexualidade
As jotas são frequentemente criticadas por andar a reboque dos partidos, sem marcar posição. E vai daí, a JS quis agarrar uma mão cheia de bandeiras, considerando que quanto mais polémicas, melhor. Atentando ao conclave dos jovens socialistas e à sua actuação nos últimos tempos - desde a participação em marchas LGBT às conferências sobre casamentos homossexuais - concluo que as prioridades da JS estão longe de respeitar as verdadeiras preocupações que atemorizam os jovens portugueses.
Quando uma juventude partidária relega para segundo plano a própria juventude e a igualdade e dignidade daquela em matéria de Educação, Emprego, Habitação, Saúde, Cultura, Cidadania, Associativismo, etc, é grave. Quando uma juventude partidária cinge a sua agenda política em função da mediatização que determinadas tomadas de posição possam dar, é muito grave. É porque não está convicta do alcance que a sua voz e a sua actuação podem ter na sociedade. É porque é movida a coisa diversa do interesse dos jovens, é porque aprecia mais a política de show-off que a defesa das verdadeiras políticas de juventude. Gravíssimo, digo eu!...
Reciclagem
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Sonhos...
Actualmente o povo português já se habituou a este tipo de notícias. No entanto é sempre de lamentar que num país onde se fala, quase diariamente, de TGV, novo aeroporto, auto-estradas em todas as esquinas e na organização do mundial de futebol, não exista uma base sólida económica para estes “sonhos”!
Na minha opinião (humilde, mas minha) concordo com a afirmação de que o problema de Portugal reside na dimensão do país. Não no que na realidade é, mas aquilo que os nosso governantes nos últimos anos acham que somos.
Somos um país pequeno… pequeno mesmo e não temos grandes possibilidades de competir com os grandes mesmo aqui ao lado…
Temos de ter o nosso ritmo e sem dúvida aproveitar da melhor forma as “ajudas” que a Europa nos vai concedendo.
Note-se que somos um país, que embora com muitos sonhos e projectos ambiciosos (alguns apresentados no segundo parágrafo deste post), onde em muitos concelhos não existe saneamento básico ou até mesmo o humilde abastecimento de água potável. Onde crianças precisam de acordar às 6 da madrugada para ter aulas às 8:30horas após uma viagem longa de autocarro por entre montes e quelhas. Onde se fecham hospitais e maternidades em vez de criar dispersão dos serviços e cuidados de saúde… etc.
Os governantes têm de decidir com razoabilidade quais os investimentos e as grandes obras que pensam implementar a curto prazo. A meu ver, pensar grande a longo prazo pode ser a solução do problema maior que podemos estar a criar actualmente.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Bastonário ou batanete?
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Estimular o mercado de arrendamento
Não há grandes edifícios públicos (militares, escolares ou outros) devolutos e que possam ser aproveitados?!
Longe dos fundos comunitários, longe do coração
As Europeias são as eleições que ao longo dos anos registam maior abstenção, mas ainda assim os partidos só concentram esforços nas legislativas, autárquicas e presidenciais, relegando aquelas para segundo plano. Depois, admiram-se das altas taxas de abstenção e procuram bodes expiatórios - em 2004, foi a época estival e o Europeu de Futebol...
Adenda: Já aqui havia sido abordada esta problemática que é o défice democrático evidenciado pelos europeus, embora o contexto fosse particularmente o do Tratado de Lisboa.
A esquerda e o átomo
Creio na atribuição de liberdade decisória ao indivíduo, que será responsável pelos seus actos perante os seus pares, conhecedor que é de uma clara distinção ética entre o certo e o errado, designadamente no que toca à impossibilidade de colidir com a liberdade dos outros.
Socorro-me, por isso, da noção anglo-saxónica de empowerment; cada um é senhor do seu destino, respeitados os limites mínimos da convivência cívica.
Já a esquerda portuguesa dita “sofisticada” – falo de PS e Bloco de Esquerda – tem uma agenda bem diversa, encapotada pela ignorância de adversários, comentadores e alguns jornalistas e branqueada pelos seus apoiantes que laboram nos media, seja por convicção seja por servilismo.
Entendo que o Governo do PS com a crítica cénica ou encenada do BE visam fortalecer um Estado centralista, apostado na atomização dos indivíduos, como forma de, isolando cada um, mas preservando uma autoridade central forte, poder implementar “a martelo” um projecto de sociedade que fortalece a nomeklatura, contenta os ideólogos do regime e aconchega os apaniguados e sequazes.
Há por isso que enfraquecer as células intermédias da sociedade, assim se explicando o espartilho oferecido a professores, juízes e médicos, agricultores e funcionários públicos e o favor concedido a uma cultura de delação, de que são exemplos a demissão de Fernando Charrua (professor que criticou Sócrates), de Dalila Rodrigues (do Museu Nacional de Arte Antiga, por criticar as linhas da política cultural) e a da Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho (por causa de um cartaz que satirizava declarações do Ministro da tutela, afixado por um médico).
De igual modo se explica, a meu ver, o afã em legalizar o consumo de drogas leves e o aborto (duas causas que apoiei, por ser mal menor), a facilitação do divórcio e o anúncio da ponderação da legalização do casamento (resta saber o que dirão da adopção) entre homossexuais.
Independentemente do que cada um pense sobre estas causas ou outras que quebram os laços de solidariedade espontâneos (veja-se o enfraquecimento do movimento sindical, no último acordo de concertação social), o que está em causa é uma separação dos indivíduos, a bem da imposição de um diktat impregnado de tiques leninistas e de prosápia trotskista.
A nova carga policial
sexta-feira, 11 de julho de 2008
PSD a Rangel os dentes!
Reconhecendo que José Sócrates, como é hábito, levava a lição bem estudada e continua a ser "toureiro",quando responde com arte, a novidade foi a intervenção do novo presidente do grupo parlamentar do PSD, Paulo Rangel.
Com discurso incisivo, pleno de conteúdo e ideologia e propriedade vocabular, denunciou o clima de propaganda, a "moda" de Sócrates atribuir culpas aos governos anteriores e à crise internacional que antes desvalorizara, o facilitismo na Educação e a perda da autoridade do Estado, que, a meu ver, é dos fenómenos mais preocupantes e mais paradoxais (já que o PSD acusa, ao mesmo tempo, o PS de dirigismo económico) da actualidade.
Super Bock foi Optimus!
Temos que ser fortes!...
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Ah, ganda Zé!
Escrevo assim para ver se me faço entender.
"O corpo está a envelhecer, mas a alma está pronta para viver uma vida inteira, outra vez..."
Consequências
É o estatuto jurídico do feto... - defendeu-se há dias uma minha professora. Pois claro, peço desculpa.
terça-feira, 8 de julho de 2008
"Tu continuas à espera do melhor que já não vem"...
Em mim deixam recordações de uma adolescência e de tempos de estudante universitário muito bem vividos, com sons como "A Baía de Cascais" (sonhava lá eu vira trabalhar junto dela...), " A Cor Azul", "Um Lugar ao Sol", "Marcha dos Desalinhados", "Saber Amar", "A Queda De Um Anjo", "Canção do Engate" (numa bonita versão do tema de Variações. de cuja letra extraí o título deste texto), "Sou Como um Rio" e tantos outros.
Sobre a Directiva do Retorno - UE
Bem conheço as qualidades humanas e bem-aventuradas iniciativas do nosso eurodeputado, e reconheço-lhe toda a legitimidade para que defenda a directiva europeia para o retorno de muitos emigrantes que nos surgem sobretudo de África e Médio Oriente.
Trata-se, como afirma hoje Coelho aqui, de um processo que minimaliza os efeitos perversos de políticas de retorno desarticuladas entre os parceiros europeus. Mas trata também a questão dos menores ilegais em território europeu.
E trata deste modo: "As crianças detidas deverão ter acesso a actividades lúdicas ou recreativas adequadas à sua idade e, dependendo da duração de permanência, acesso à educação. As crianças não acompanhadas deverão, na medida do possível, ser alojadas em estabelecimentos que disponham de pessoal e de instalações adequadas às necessidades das crianças da sua idade."
Ora, as crianças, à partida os seres mais desprotegidos em qualquer situação (sobretudo nesta) são contemplados com um parágrafo justificativo da sua detenção e com uma panóplia de intenções quanto à sua inclusão temporária no sistema de segurança social local. Mas só na medida do possível, como sublinho no artigo de Carlos Coelho.
É lamentável a falta de tacto no tratamento de um problema já de si melindroso, ainda para mais no que concerne a este grupo específico. Lamentável a predisposição em deter, e injustificável a desresponsabilização dos responsáveis quanto ao saudável desenvolvimento (dando de barato as repercussões na saúde social dos visados) da criança em questão.
"As crianças deverão ter acesso..." - terão acesso garantido.
"...deverão, na medida do possível, ser alojadas..." - serão alojadas.
Eis duas diferenças de redacção que fariam de facto a diferença no tratamento dado àqueles que sem escolher o seu futuro, acabam por cair nas mãos de ninguém.
OA pede estatuto de observador internacional em Guantánamo
Hoje, a única instituição internacional com estatuto de observador internacional é a Cruz Vermelha, com acesso restrito a informações e no apoio a detidos. A obtenção deste estatuto (se ocorrer) é portanto um marco tanto para a diplomacia portuguesa como um passo no sentido de encorajar tantas outras organizações a entrar na base militar americana.
Objectivos? A procura de transparência nos processos que tantas dúvidas suscitam quanto ao respeito do indivíduo e a confirmação das suspeitas de atentados ao primado da dignidade humana. Pressão internacional.
Resultados? A ver vamos. Mas sim, é de louvar a iniciativa dos nossos juristas, sobretudo a sua intenção de fazer respeitar a legislação (ou registos sem força vinculativa) que versa desde a DUDH. Bravo!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Lá vai Lisboa
Ontem à noite, foi precisamente um desses prédios devolutos que deu origem a um incêndio na zona dos Restauradores. Tratava-se de um dos mais de 4600 edíficios alfacinhas em estado de degradação que, quais nódoas no melhor pano, envelhecem, empobrecem e põem em perigo esta cidade maravilhosa.
Já muitos se debruçaram sobre esta problemática mas, na verdade, ninguém se 'chega à frente'. Da autarquia aos proprietários, nada é feito quanto à falta de conservação, abandono e destruição dos prédios e lá vai Lisboa, envelhecida e empobrecida.
Recentemente, a propósito do incentivo ao arrendamento jovem, uma juventude partidária (JSD) defendeu - e bem - a reabilitação dos edificios localizados nos centros históricos das cidades com vista à colocação daqueles imóveis no mercado de arrendamento destinado aos jovens. Só não ouviu quem não quis. Uma solução nas mãos do Estado, autarquias e proprietários que traz vantagens a todos, sendo solução para colmatar de uma só cajadada vários problemas: combate a desertificação e degradação dos centros urbanos, evitar sinistros como o que ocorreu esta noite e, simultaneamente, uma preciosa ajuda no acesso à habitação jovem.
No tempo idos de Santana, a ideia da reabilitação urbana foi bandeira com o objectivo de atrair o regresso dos jovens entretanto expulsos para as periferias. Santana envidou esforços nesse sentido e encetou obra nalgumas zonas alfacinhas como Alfama e Bica. Mas não findou o hercúleo trabalho e desde aí rejeita-se o seu projecto, creio, só pelo seu mentor.
E mesmo depois do susto de ontem, continua-se a fazer orelhas moucas. Volvido um ano de gestão socialista na Câmara, nada foi feito no que toca à reabilitação urbana (e quanto ao resto por ora não me pronuncio...) e é certo que a um ano de eleições se acabará por adiar a resolução desta problemática. Alega António Costa que um primeiro passo já foi dado: o levantamento dos prédios devolutos. Eu espreitei aqui e a lista estava... vazia. Assim vai Lisboa...
sábado, 5 de julho de 2008
Da semana
Felizmente a semana foi bipolar em matéria de política internacional.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Enigma
Vendo as sondagens mais recentes será que...
- depois do Menino Guerreiro (Santana Lopes - música da campanha de 2005)
- e do Menino de Ouro (Sócrates - título da biografia)
- teremos a Dama de Ferro?... (Manuela Ferreira Leite)
Nem a Marvel tinha histórias de super-heróis com personagens assim!...
Roda dos alimentos vs Ouro
Não posso deixar de dizer: "só que o ouro não se come e nem se bebe!!!"
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Comando na mão e... guerra à televisão!
Um dia destes, num bem intencionado zapping entre os canais ditos domésticos, acabei por ficar pelo quarto canal. Aqui, já sei de antemão que não posso contar com qualidade, mas os tipos da TVI conseguem sempre superar-se, sendo que desta vez o que vi deixou-me algures entre o boquiaberta e o indignada:
"Factos em Directo" é uma espécie de programa semanal, que se arroga pertencer à categoria de "Informação" e que recorrendo ao uso do polígrafo (vulgo 'detector de mentiras') devassa e explora casos reais (se bem que aquilo mais me pareceu um teatrinho de actores de 2a categoria...), sujeitando o convidado (actor?) àquele teste, bem como à opinião dos presentes, contando com uma espécie de marcha fúnebre em fundo.
A condução do programa cabe à multifacetada Júlia Pinheiro que promete a infalibilidade da máquina e vai bombardeando o sujeito com perguntas, entremeando com frívolas considerações às quais se junta o douto manuseador da máquina, um espanhol que ajuda à fiesta...
E com tão indispensáveis ingredientes, vai-se fazendo uma espécie de justiça televisiva - descredibilizando o poder judicial - com o pormenor gravoso dos responsáveis pelo canal considerarem que se trata de um serviço de informação...
Pior é impossível. Quando achamos que em matéria de telelixo já vimos tudo, lá está a TVI a surpreender-nos com formatos destes em horário nobre. O que é que se seguirá?..
quarta-feira, 2 de julho de 2008
PerezHilton
Estamos nós aqui a falar de livros, filmes, política e sociedade quando o que realmente interessa está num dos blogues mais lidos no Mundo.
O PerezHilton! (sabiam que o marido da Amy Winehouse a está a trair na prisão? Ou que 95% das estrelas de Hollywood têm celulite?!??!)
Isto é que realmente interessa. Especialmente se conjugado com a TV Mais (pois há que se estar sempre informado sobre o que se passa em Portugal e no Mundo).
Para os mais aventureiros When will Amy Winehouse die?
A ler
terça-feira, 1 de julho de 2008
Descubra as diferenças VI
Portugal saiu prematuramente do Europeu e quem ficou a ganhar, mais que a Alemanha, foi o nosso PM. Isso mesmo, José Sócrates. O nosso PM pode hoje regozijar-se da insípida prestação da nossa selecção no último jogo, da peremptória escolha de Scollari para a defesa da nossa baliza e, muito particularmente, da desastrosa prestação de Ricardo neste campeonato da Europa.
É que se até há uns dias atrás o alvo de ataque favorito dos internautas portugueses era (merecidamente, saliente-se)o sr. Engº, hoje é Ricardo, o Rei dos Frangos, que me inunda a caixa de email. Sim, o moço que sabe defender pénaltis sem luvas e marcá-los como se fosse ponta de lança. O mesmo que por ter tido uma esporádica prestação genial num jogo há quatro anos atrás, fez acreditar meio mundo que era bom no que fazia, mesmo quando já davas mostras de alguma míopia e mesmo quando um Real Bétis Balompié (adoro esta denominação!) lhe reserva um eterno lugar no banco.
Hoje, à mercê das barbaridades que cometeu na partida contra os bárbaros, é ele a vítima preferida do povo português, o verdadeiro bode expiatório dos nossos males, dando assim uns tempos de descanso a Sócrates e seus discípulos. Com efeito, é justo que se facilite (por breves instantes!) a vida a Sócrates, aka "O menino de ouro", e que as brincadeirinhas dos internautas versem agora sobre o pitosgo (adoro esta expressão!) do guarda-redes que num jogo decisivo resolveu brincar à cabra-cega e brincou também com os sentimentos dos adeptos lusos, à semelhança do que Sócrates faz quotidianamente com os portugueses.
Verdade Verdadinha
- Vejam as duas crianças, ao lado e atrás, que sofrem por não poderem confraternizar com um boneco que se destinava à sua (delas) faixa etária.
- A felicidade da Dulce mostra que ela pensa que os Estrumpfes existem mesmo (coitada da criatura que teve que suportar mais este aperto, dentro daquela fatiota... Falo da Estrumpfina...).
- Não cremos que haja ligação entre o sorriso da Estrumpfina e o facto de não se vislumbrar a mão direita da amiga dela (falo de cócegas!!!).
- Adequado só mesmo o cartaz que vislumbra por cima da boneca (novamente, a Estrumpfina)!
E assim continuaremos a servir a verdade, sempre! Pedimos desculpa, todavia, por não podermos garantir a sanidade de todos os nossos funcionários... Ou será fã-cionários?!...