sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
A pouco e pouco
Voltando ao tema, se do primeiro digo que acredito estar a fazer o melhor que sabe, ao segundo louvo a responsabilidade, a serenidade, o sentido de Estado e a seguríssima caminhada para o cargo de Primeiro-Ministro (como Durão Barroso outrora, poderá dizer que "só não sabe é quando"). Esta ida a São Bento poderá ter sido também uma daquelas visitas das imobiliárias, para tirar as medidas ao "apartamento".
Fica por perceber é se vão ou não tomar-se as medidas drásticas de que carecemos; e não falo de cortes no décimo terceiro mês (como já ouvi), mas sim de algumas obras que, não deixando de ser necessárias, terão que esperar.
Oxalá Passos Coelho consiga persuadir Sócrates a faze-lo, mas para isso terá que dar-lhe margem para recuar com honra.
domingo, 25 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O vestido de Gama
A resposta evidente seria: a própria. Inês discordou. E Jaime Gama, munido com um apropriado parecer 'jurídico', concorda. Os portugueses que paguem, disse Gama. Mas avisou: o caso não abre precedentes. O despacho presidencial é como certos vestidos de alfaiate: peça única para uma cliente só. Se amanhã um deputado eleito por Lisboa instalar a família nas Caraíbas, não há borlas para ninguém. Injusto.
Resta acrescentar que o Conselho de Administração da Assembleia aprovou o despacho com votos favoráveis do PS e contra do PSD e do Bloco. O PCP não apareceu (há burgueses e burgueses). E o CDS ficou-se pelo grotesco: absteve-se. E Inês? Inês devia aproveitar o seu estatuto singular para dar a volta ao mundo, saltitando de capital em capital. E com os portugueses alegremente a pagar. O país pode caminhar para o abismo, mas é importante que, no meio da desgraça, haja alguém que se divirta.»
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Depois admirem-se...
Tudo começa com a leitura dos jornais do fim-de-semana e com a recuperação de um assunto que me é caro: o perigo de se desgastar o já puído prestígio da classe política. Noticiava um semanário que o Primeiro-Ministro, José Sócrates fora ilibado pela investigação do caso Freeport. Até aqui, nada mais do que a verificação da sapiência ínsita no princípio da inocência das pessoas até ao trânsito em julgado de sentença condenatória…
Contudo, fica por discernir qual a compensação que poderá obter o principal visado, tendo em conta que a imagem pública é um dos maiores trunfos de qualquer político contemporâneo, e que a de Sócrates foi o bombo da festa, durante todo este processo (no qual se preferiu sorver avidamente o voyeurismo informativo da TVI)? E o mesmo se diga em relação ao caso dos submarinos, que ainda agora está nos seus alvores.
Ao mesmo tempo que saúdo a decisão de Pedro Passos Coelho de não explorar o lado “barraqueiro” da política, preocupa-me, indiferentemente dos visados, o ataque a referências de conduta social (sim, os políticos…), por muito que os próprios actores se “ponham a jeito” para estes problemas que a cupidez dos media não perdoa, explorando os factos com a venda de exemplares ou a conquista de audiências (e, logo, de publicidade) como alvo.
Embora num plano diferente, é o mesmo estilo de navegação social anárquica que se induz ao abrir portas como as do “divórcio na hora” (denominação nossa) ou a da consagração festiva do casamento homossexual. Ao esbater o cariz fundacional da família enquanto pilar de referências da sociedade, o que se consegue é o desamparo e a vulnerabilidade do indivíduo em si mesmo, somando a isso a queda “em dominó” de tudo o que, hoje, temos por razoável.
Senão, vejamos: quem há umas décadas falasse em casamento homossexual seria tido por louco ou agitador. Hoje é tido por moderno e sofisticado. Até aqui, tudo bem, já que apenas me aborrece a teimosia taxonómica ou onomástica.
Porém, só por ingenuidade pode entender-se que as coisas ficam por aqui e que se não reivindicará com igual pundonor a adopção. E nem aqui eu coloco uma marca apocalíptica… O que pergunto é de coisas que, hoje, ainda temos por reserva de ética viremos a abdicar, sob a capa da modernidade… O que será “natural”, daqui a uns anos?
Tudo isto tem a ver com a perda de referências, com a contestação mediaticamente estimulada à noção de autoridade e com a perda dos conceitos de certo e de errado… Depois admirem-se…
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Espelho meu, espelho meu...
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Os doze passos de Coelho - parte II
No meu modesto modo de ver, falta ainda:
7º Definir claramente prioridades políticas que passem por tornar a nação portuguesa instruída, culta e, logo, qualificada. Tal consegue-se com uma afinação de prioridades na Educação, com o fim da sub-orçamentação do ensino superior, com um investimento permanente na Ciência e, sobretudo, com uma aposta muito mais relevante na Cultura e na definição da sua essencialidade para a completa formação dos seres humanos.
8º - Programar com cuidado a aplicação do modelo de Estado defendido. Se é certo que o Estado Providência, que a tudo e a todos procura acudir, está relativamente esgotado, a mudança brusca para um paradigma liberal pode ser desastrosa. Digo-o não apenas por entender que é preciso um relevante lapso de tempo para vencer o costume assistencialista de cuja obrigatoriedade se convenceram as pessoas singulares e colectivas, mas também porque falta ao povo português a cultura cívica que é sine qua non para essa mudança.
9º - Cumpre, de uma vez por todas, estudar o sistema político e tomar decisões. Por exemplo: é ou não conveniente um sistema eleitoral que combine as vertentes maioritárias com as proporcionais (círculos uninominais com uma lista nacional, por outras palavras)? É que se, por um lado, a representatividade era o fito do pós-25 de Abril, por outro lado, a governabilidade (típica dos sistemas maioritários) já foi alcançada por três vezes, sem alterar o sistema. Acrescem os perigos de se entronizarem campeões do populismo, ainda que a possibilidade de responsabilizar os eleitos seja atractiva em teoria.
10º - Passos Coelho deve procurar recuperar a ideia de políticos que dêem exemplos de boas práticas. Prestigiar a política é essencial para desenvolver o País com o envolvimento de todos. O conselho de escrutínio de nomeações que propôs em sede de futura revisão constitucional parece uma boa ideia.
11º - Se as eleições presidenciais parecem ganhas, estancar o recuo autárquico do PSD é urgente, pois esse sempre foi o tabuleiro que proporcionou ao partido a sua mais fidedigna forma de contacto com os eleitores.
12º - Creio, por fim, que Passos Coelho deve almejar a maioria absoluta, não apenas em face do desgaste do Governo actual, mas sobretudo porque as mudanças que propõe dificilmente terão vencimento se o PSD, com ou sem o CDS, não tiver maioria. Ademais, esse é o remédio para a crónica instabilidade política e mediática de Portugal.
domingo, 18 de abril de 2010
Expliquem lá isso melhor...
Recebi esta semana na minha caixa de correio postal uma carta do Diário de Coimbra no mínimo invulgar, para não dizer outra coisa.
Para fazer o devido enquadramento, abaixo transcrevo os dois primeiros parágrafos:
“ O Diário de Coimbra tem vindo, de algum tempo a esta parte, a oferecer-lhe, sem qualquer custo, para si, a edição diária do nosso jornal.
Infelizmente, devido ao aumento das matérias-primas e à diminuição da comparticipação estatal em termos de porte-pago, é-nos de todo impossível continuar com esta oferta por mais tempo.”
Permitam-me que realce a minha estupefacção sobre a simpática missiva! É que não faço ideia do que é que para ali escreveram e gostaria que me informassem quais as edições com que me presentearam?
Sinceramente, receio ter cometido uma indelicadeza. Pois como nunca as recebi, também nunca pude agradecer a oferta.
sábado, 17 de abril de 2010
i: fim à vista
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A infância está em vias de extinção
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Embuste à escala global, by George W.
"Quem és tu Francisco?"
Naturalmente que não se estava a referir ao programa do eleito PPC, que é quem naturalmente neste momento dá voz às intenções do PSD. Estava sim a referir-se a um deputado que tinha apresentado essa ideia ao congresso (académica e lógica do ponto de vista económico e financeiro), mas que na realidade a sua execução conduziria a consequências graves na confiança das pessoas e no dia-a-dia dos portugueses…
De certeza que Louçã sabia disto. Mesmo assim, toca a lançar a confusão!!!
Afinal que tipo de pessoa (do ponto de vista político, claro) é o Francisco Louçã?
De repente a minha visita bate à porta para me pedir “sal”. De repente olha para mim de uma forma altiva e ameaçadora e diz: “é assim que arrumas a casa?...”. Fica um silencia assustador e ela continua: “As cortinas têm de ser engomadas da esquerda para a direita. O chão não pode ser barrido mas sim passado com um pano húmido… e o pó não pode ser limpo com esse produto…”
Já com muita vergonha, pergunto à minha vizinha: “é assim que fazer na tua casa?”
Ela responde: “não. Eu tenho empregada… nem sei bem como se faz pois nunca fiz, mas tu fazes mal…”
sábado, 10 de abril de 2010
"Mudar"... também por cá...
É assim que se prepara um grupo para governar.
NOTA: Parabéns ao Manuel R. e bom trabalho…
* Fotografia retirada do JN online
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Gajo de Gabarito VII
Que é um empresário de mão cheia afere-se pelo seu sucesso.
Porém, faltava uma declaração de tomo. Ora, chega-nos a dita, hoje, pela comunicação social.
Diz Miguel Pais do Amaral que José Eduardo Moniz tinha como agenda derrubar Santana Lopes e o seu Góverno; pena é, aliás, que não tenha reconhecido outra evidência (talvez por ter ocorrido depois ter vendido a Media Capital à Prisa), que é o facto de a raiva predadora se ter mantido com José Sócrates.
O que estava em jogo era, a meu ver e para desgraça da democracia, uma cada vez mais comum tentativa de afirmação dos órgãos de comunicação social e dos jornalistas como contra-poder, algo que me parece deontologicamente errado e politicamente sinistro.
Mais diz Pais do Amaral que Manuela Moura Guedes tinha que ser substituída para que a TVI passasse a ter informação séria e de referência.
Veio tarde, mas é sempre bem-vindo.
Respire "ar fresco" com as palavras do 2º Conde de Alferrarede, citadas pelo Público *:
- "A TVI funcionou como plataforma para derrube do Governo".
- "Houve um período de tempo em que a TVI tomou um conjunto de decisões que se desviaram de uma linha de isenção e de credibilidade durante o Governo de Santana Lopes".
- (Dito a José Eduardo Moniz) "Uma televisão não existe para derrubar governos mas para informar o público".
- (Sobre Manuela Moura Guedes) "Era um excelente intérprete do estilo tablóide, mas não se podia reconverter. Havia que mudar o pivot para mudar o estilo de informação".
- "Uma TV líder com informação séria vale muito mais que uma TV com informação tablóide".
* A pontuação nas citações é da responsabilidade da subscritora da notícia e de quem lha publicou. A fotografia foi "emprestada" por A Bola.
Oportuno
terça-feira, 6 de abril de 2010
Vão e não voltem!
Vai e não voltes!
"Alegre valoriza mais cátedra com o seu nome que a possibilidade de ser eleito Presidente"
Título do jornal (pág. 7) "Público", hoje
Confesso que sempre me exasperou a arrogância do poeta de Águeda, mas este desrespeito pela mais alta magistratura da Nação (preferindo a cátedra na Universidade de Pádua) é demasiado para qualquer português que se preze.