Quando faço os meus passeios de bicicleta lembro-me frequentemente da preocupação do companheiro Freitas Pereira.
E compreendendo a sua preocupação apetece-me trazê-lo a estes passeios, onde me cruzo com famílias de portugueses e estrangeiros que estendem a toalha nas mesas de piquenique e brincam com as crianças da família, partilham a feijoada com outras famílias que trazem tartes e passam um dia com aqueles que realmente importam. Estas não são famílias que se demitiram de olhar os outros como a extensão de si próprios. Podem até ser famílias que há uns anos passavam as tardes nos centros comerciais e se deixaram seduzir pelas marcas e pelo consumo em detrimento das coisas que parecendo simples, são as mais preciosas que temos. Mas como a economia e a sociedade se regem por ciclos acredito sempre no homem de bem. E no dia em que ele volta aos valores que promovem uma sociedade coesa e forte. É nestes piqueniques, ou nas famílias que se encontram quando levam as crianças aos escuteiros, à música ou a correr pelo parque que encontramos o nosso mundo, como ele deve ser.
E renovo continuamente nestes meus passeios a fé neste homem e nesta sociedade, que às vezes se deixa seduzir mas termina o seu propósito naquilo que vale realmente a pena.
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