sexta-feira, 30 de maio de 2008
Dor de cabeça
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Efeito Passos Coelho
Para agravar ainda mais esse descrédito associam-se crises financeiras constantes para as quais os políticos dizem não ter solução, vigorando a proclamação da praxe, falando do “cinto” e da “tanga”. Mas enquanto isso, os salários não aumentam, o desemprego e o preço dos bens essenciais sobem e o que se ganha é pouco para fazer face às despesas correntes (nem falo de poupança)...
Alheio a tudo isto parece estar o Eng. Sócrates, expelindo diariamente propaganda política, onde no seu país das fantasias tudo está bem: estamos no bom caminho, o Governo por si liderado está a tomar as medidas correctas e devemos ter confiança no futuro... Mas todos nós questionamos: “Ó Eng. se estamos tão bem, porque nos sentimos tão mal?”
Face ao contexto dos últimos tempos, qual tem sido o papel do PSD? Discutir líderes e tipos de liderança.
Tenho imenso respeito e admiração pela Dra. Manuela Ferreira Leite, como já aqui referi, mas qual foi o seu papel nestes últimos meses? Como auxiliou Marques Mendes, candidato que mereceu o seu voto no último conclave e que liderou o partido? De Luís Filipe Menezes nem vale a pena falar... Mais: se o problema principal que afecta Portugal neste momento é social, que concordo, então quais foram as propostas que fez nesta matéria?
Não quero ir às urnas escolher mais um líder para o curto prazo, como tem acontecido. O próximo(a) tem que ter visão estratégia, deve ter condições para unir o partido e ser eleito para vários anos... de poder. Em suma, por muito injusto que possa estar a ser para com MFL, prefiro um candidato “sem pecados” e com uma grande margem de progressão à sua frente.
Por isso mesmo, votarei em Pedro Passos Coelho.
Coisas verdadeiramente importantes II
Quem brinca com o fogo...
Não é motivo para questionar o seu valor e o seu reconhecido prestígio junto da sociedade civil, mas que o que disse é de uma imensa leviandade e irresponsabilidade, lá isso é. Fosse outro o contexto e até poderia soar a inofensivo. Agora dizê-lo num acto público e oficial e sabendo-se envolto em comunicação social, é grave e não espelha qualquer respeito por aquele que é o seu partido. Ademais, vindo dele, que nos últimos tempos foi incitado a vestir a farda e, qual soldado da paz, assegurar a salvação do PSD.
Rio hesitou e acabou por negar-se a cumprir tal missão. Onde nunca hesita, como tantos outros, é na hora de lançar achas à fogueira. Depois, quando a chama vai alta e são chamados a intervir, recuam. Se os nossos bombeiros fossem assim, Portugal "já era".
28 de Maio
Leia-se com o “olho esquerdo” ou com o “olho direito”, creio que os compêndios de história reconhecem, mais ou menos unanimemente, que falamos de um período (aquele que vinha de 5 de Outubro de 1910) que permitira altos índices de inflação e, logicamente, de desvalorização da moeda, intolerância religiosa, convulsões sócio-laborais, instabilidade política (o ano 1920 conheceu 8 governos…) e até de assassinatos políticos (veja-se o dia 19 de Outubro de 1921, por exemplo, sem citar o assassinato de Sidónio Pais).
Quem lesse a “Seara Nova”, em 1924, podia ver apelos à ditadura, como menciona José Hermano Saraiva (in”História Concisa de Portugal”, Publicações Europa-América).
O resto, sabemo-lo bem; a 27 de Abril de 1928 era convidado, com o fito de sanear as finanças públicas, o Professor de Coimbra, António de Oliveira Salazar que, a 5 de Julho de 1932, ascendia a Presidente do Conselho. Com o virar do calendário, uma nova Constituição assinalava o nascimento do Estado Novo.
Volvidos 82 anos sobre o golpe militar e tudo o que dele decorreu, o que herdámos e em que nos tornámos?
Da I República se conservámos o bulício intelectual e opinativo, também mantivemos alguns anátemas. Começo pelo nosso crónico problema com as contas públicas: é insuportável que andemos, há anos, obcecados com o défice, o “despesismo” e a clara falência do nosso Estado Social. E o problema é que, como povo estúpido que somos, ainda não aprendemos a alimentar-nos de conceitos como “despesa pública”, a pôr no depósito do carro “receitas extraordinárias” ou a pagar a escola ou o hospital com “carga fiscal”… Continuamos, barbaramente a precisar de dinheiro cada vez mais rarefeito no nosso mealheiro para comer, vestir e viver…
Acresce que, retirada a carga religiosa, não nos tornámos tão tolerantes quanto isso… Culpe-se o “capitalismo selvagem” que nos converte em peões de um jogo em que são poucos os ricos, que ganham cada vez mais (só a Letónia tem maior disparidade entre ricos e pobres, na União Europeia!) ou Luís Filipe Vieira (que mantém sombrios os alegados seis milhões de seguidores do “Dínamo” da Luz – perdoe-se a evocação soviética…), o facto é que da estrada aos tiroteios nocturnos seguimos divididos, sem que a classe política veja o “estrago” da Nação, em vez de perder tempo com inócuos debates sobre um putativo estado de uma crescentemente quimérica nação.
E dos tempos do “Senhor Professor”?! Ultrapassada a vergonha imposta pelo 25 de Abril, as editoras inundam o mercado, a terra natal quer evocar o seu filho mais célebre com a recuperação para museu da sua casa e, de além-túmulo, o próprio estadista ganha o concurso da RTP “Os Grandes Portugueses”, em 2007.
Tenho dito que me pareceu estúpido – e veio a provar-se a minha razão – que se falasse em ressurgimento do “salazarismo”.
Todavia, só mesmo a nossa autista classe política pôde achar que não havia recado algum naquela votação… No meu modesto parecer, creio que muitos dos votantes disseram que, em tempo de crise (ou não é desta sorte o nosso?!), Estado sólido e em paz, comida na mesa e ordem pública são bens de primeira necessidade. E nem vale a pena lembrar a penúria e ignorância em que muitos viveram esses tempos. É um tempo em que se olha para o umbigo e se deseja – hoje sem o respaldo da economia de subsistência que disfarçava a miséria de muitas famílias – uma esperança de solução, ainda que por isso se ceda algum poder de intervir em face de modelos mais autoritários de liderança.
Sem o lastro cívico dos britânicos (que se mobilizam enquanto sociedade) olhamos em busca de um “Paizinho” que nos oriente, ainda que ralhe. E assim vamos, curtos de Educação e nulos de Cultura. Vibramos com a selecção de futebol e chorámos por Timor, mas “depois do adeus”, procuramos um D. Sebastião ou um qualquer salvador, pois descremos de uma política que generalizamos nos tons cinza, ao ponto de acharmos que todo o político que mexe é corrupto ou aceita “cunhas”.
O facto é que nem todos conseguem explicar o novo emprego ou a recente fortuna e que muito poucos têm ideias que mobilizem os portugueses para um desígnio patriótico.
Data sombria, esta em que as nuvens pairam sobre um país ainda com escassa renovação de elites. E já começa a “uivar” o vento de mudança – General Garcia Leandro, Presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, falou mesmo em risco de implosão social….
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Decadência
- As dívidas de particulares ascenderam a 129% do rendimento disponível anual, atingindo 91% do Produto Interno Bruto.
- A taxa de poupança dos portugueses - olhada pela fatia do rendimento disponível - ficou pelos 7,9% (5,5 % do PIB), só encontrando par nos sombrios anos 60.
- A taxa de endividamento das empresas, por seu turno, chegou aos 114% do PIB, sendo a taxa de poupança de 4,3% do mesmo indicador de medida.
Ou seja, pese embora muitas das dívidas dos particulares sejam de longo prazo, devemos mais do que aquilo que ganhamos! Não nos sobra nada de jeito, ao fim do mês!
Temos o 2º maior fosso entre os que ganham muito e os que ganham pouco na União Europeia!
Os nossos políticos não resolvem nada, desde meados dos anos 40 do século passado!
E ninguém vê (excepto o Instituto Nacional de Estatística nos seus estudos) que a solução para a nossa pobreza é a qualificação dos portugueses (90% dos pobres tem, no máximo, o 3º anos do ensino básico; ou seja, a 3ª classe).Aliás, não sei o que é a que a nossa miserável classe política precisa para aplicar o tridente que nos tira da lama:
- Aposta forte na Educação, com exigência, rigor e mérito.
- Nichos de especialização (clusters) em que façamos melhor e mais barato do que os outros, de preferência em sectores de ponta.
- Fiscalidade aliciante.
E será preciso muito para se entender que só com estas medidas em conjunto é que nos livramos da ruína para que resvalamos, ano após ano?...
Nota: a fonte deste texto é a edição de hoje do Diário de Notícias.
O apocalipse segundo Ribau
Teremos futuro enquanto Pátria?
Coisas verdadeiramente importantes
- Os dons não chegaram para prever a detenção?
- Quem me diz agora qual o próximo presidente do PSD? Terei que ver o que "está escrito nas estrelas"?
- Será que a PSP vai levar com um mau-olhado?
- A extorsão não é um problema de resolver problemas de "herança" e de "trabalho"?
Mais a sério: o que valia a pena era as pessoas com responsabilidade pensarem no estado de necessidade em que está a nossa sociedade para que milhares de concidadãos encham os bolsos destes sujeitos!
Lê-se
A questão não é simples: o êxito futuro do PSD depende de uma escolha que provoque mudanças, que afirme a diferença e que seja capaz de atrair aliados e alargar o campo de influência partidário. Por isso, eu que não sou filiado em nenhum partido, baseado no que é a história de cada candidato e nas propostas que agora apresentam, acho que a escolha de Pedro Passos Coelho é a que melhor pode contribuir para que o PSD tenha um papel activo e dinâmico na renovação do sistema político e partidário e para que possa contribuir para tirar o país do impasse onde nos encontramos. Na realidade, PPC é o único que traça um caminho diferente e essa é a sua grande vantagem. E esse caminho, outra vantagem, não passa pelo Bloco Central."
Manuel Falcão, na Esquina do Rio, em "Por que é que as directas do PSD interessam a todos?"
O meu voto, porque…
Porque é mulher. *
Porque é credível.
Porque é corajosa.
Porque é determinada.
Porque acredita na vitória em 2009.
Porque decidiu “incomodar-se”, em vez de se acomodar.
Porque não tem medo de dizer a verdade, mesmo que com isso nem sempre cative os Portugueses, logo...votos.
Porque me identifico em vários aspectos com a sua atitude e forma de estar na política.
Porque vejo nela a capacidade de voltar a unir o (que está) partido, contemplando a unidade na diversidade.
Porque pode levar os Portugueses a confiar novamente no PSD, como alternativa ao poder.
Porque acredito que pode abrir caminho a um futuro de renovação e dinamismo no PSD e em PORTUGAL, futuro este que (no meu "mundo ideal") deverá passar por um trabalho conjunto com pessoas como Pedro Passos Coelho.
Eis o porquê dos 12,5% na sondagem do Lodo!
* obviamente este argumento só é válido porque, aliado a todos os outros, pode marcar a diferença pela positiva =)
terça-feira, 27 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
O golpe continua
Pudera..!
Na política a novidade traduz-se muita vezes em vantagem. Pedro Passos Coelho é um rosto novo para muitos dos portugueses e pode ser visto como um arauto de mudança. Aqui Manuela Ferreira Leite parte em desvantagem, pois dela e dos que a rodeiam todos sabemos o que esperar e caso ganhe as directas tornar-se-á tarefa árdua superar as expectativas dos portugueses.
Depois, sem desprimor do seu mérito e capacidade, a verdade é que a candidata à São Caetano à Lapa não colhe grande simpatia dos portugueses, mercê – creio - de medidas governativas impopulares que outrora levou a cabo. Já Pedro Passos Coelho conquista a cada dia o povo português. A propósito, tive recentemente a oportunidade de registar a popularidade crescente e a simpatia genuína e mútua entre PPC e os portugueses e garanto-vos que é absolutamente singular. Sócrates que se cuide..!
Compreende-se assim o porquê de termos um PS a opinar sobre as eleições do PSD... Aliás, estou desconfiada que no próximo dia 31 muitos dos socialistas gostariam de poder desdobrar-se em dois e votar nestas directas do PSD...
domingo, 25 de maio de 2008
Felicidade pura
sábado, 24 de maio de 2008
Calem esta tipa
Por força do debate entre os candidatos a líder do PSD tive que sintonizar a TVI e deixem-me que vos diga que fiquei revoltado com a moderação do debate. Aquela senhora foi claramente parcial, arrogante e gesticulava de forma desadequada ao questionar os candidatos.
Ontem (e quase sempre), esta ex-deputada Popular que andou, à época, a fazer analogia política com “tachos” de cozinha foi uma jornalista propagandista. Tentou dominar a opinião pública e a dos militantes do PSD tendo uma acção coerciva para com dois dos candidatos: Patinha Antão e Pedro Passos Coelho, sendo no caso do segundo, inqualificável.
Provavelmente pensará que a sua mensagem é doutrina. Outros, como eu, consideram-na ridícula.
"Pega um pega geral, também vai pegar você"
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Poderia ser em Manuela Ferreira Leite
Inicialmente cumpre manifestar o meu agrado pela diversidade na oferta actual, não esquecendo no entanto que a mesma deveria ter sido mais recheada há uns meses atrás, porque se tal tivesse acontecido não teríamos dado um avanço de oito meses ao Eng. Sócrates.
Mas como se diz: “um ano em política é uma eternidade”, e se há bem pouco tempo o cenário de derrota em 2009 era o mais preconizado entre os social-democratas, temos assistido nos últimos dias a uma inversão desse sentimento, a um partido mobilizado e moralizado em torno das suas candidaturas.
Neste momento considero que temos dois candidatos que podem levar o PSD à vitória: Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho, ambos com formas e conteúdos diferentes, é um facto, mas detentores de um capital de confiança junto da sociedade civil que nenhum dos últimos três líderes teve, nem soube alcançar.
Não teria pejo nenhum em votar na Dra. Manuela Ferreira Leite. É uma mulher a quem ninguém fica indiferente, detentora do conhecimento indispensável sobre as pastas da governação e quais as medidas necessárias para levar o barco a bom porto, com uma imagem de credibilidade junto dos portugueses que soube angariar fruto de decisões que apesar de impopulares, necessárias.
Mais acredito na possibilidade de vitória de Manuela Ferreira Leite em 2009 (caso vença as primárias laranja) quando vejo a inteligente escolha que teve ao direccionar a sua mensagem para o lado social, associando a imagem da mulher que gosta de ter contas consolidadas à de humanista, dando a entender que é perfeitamente possível conciliar ambas as vertentes, algo que Sócrates manifestamente nunca conseguiu. E não tenhamos dúvidas que os portugueses estão com indicadores de auto-estima baixíssimos...
Por agora fico-me com algumas das razões que me levariam a votar em Manuela Ferreira Leite, nos próximos dias direi porque votarei em Pedro Passos Coelho.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Lê-se
by Pedro Rolo Duarte na sua "Janela Indiscreta"
Sondagem LODO - Eleições PSD
Lê-se
in Semanário, edição de hoje, pág. 10
terça-feira, 20 de maio de 2008
Grandes Portugueses
Paços para Coelho II - Epílogo
A primeira razão é, aliás, exactamente essa: mais do que um presidente, elegerei um líder, já que o candidato da minha preferência detém todas as características que preconizo para o comando de um barco em riscos de naufrágio (falemos do PSD ou, subsequentemente, de Portugal): inteligência, militância sem olhar a lugares (eis a abordagem positiva ao que Santana Lopes converteu em enxovalho ao adversário), humildade (Passos Coelho vai a todo o lado, fala e debate com todos e jamais se arvora em salvador da pátria) e elevação. Detenho-me um pouco mais sobre este ponto último, para sublinhar o quão digna tem sido a campanha de Pedro Passos Coelho que a desconsiderações sobre a sua idade e sobre a sua alegada inexperiência tem reagido com moderação e cavalheirismo e que tem sempre uma palavra de respeito por todo e qualquer adversário ou apoiante de outra candidatura. É um pouco desta serenidade e deste fair-play democrático que faz falta ao debate interno social-democrata, não falando já no bem que faria à estratégia de comunicação do Primeiro-Ministro, José Sócrates.
Depois, acredito que Pedro Passos Coelho, ao debruçar-se, como tem feito, sobre o próprio Estado que temos (ou não temos), demonstra que se preocupa com algo que é uma das magnas questões para o nosso futuro enquanto país: o “estrago” do Estado social.
Como já escrevi noutras ocasiões, sucessivos governos vêm, desde o 25 de Abril, procurando iludir-nos ao fingir que é possível, num pequeno país como o nosso, manter um Estado pesado e ineficiente. Os exemplos que suportam o que digo são mais que muitos, começando na Saúde, onde encerram urgências e maternidades, com que isso importa de natalidade em Espanha e na nossa rede viária e sem que se veja real motivo que não a falta de meios.
Depois, há a Segurança Social, em que se tentam remendos para que a falência seja o mais tardia e nunca num governo em funções na altura das medidas paliativas.
E que dizer da Educação, em que se mascara com razões pedagógicas (aqui e além verdadeiras, reconheço) o encerramento de escolas do 1º ciclo, quando sabemos que é a penúria que dita a socialização com meninos de outras escolas? A mesma socialização que sofre tratos de polé quando se corta o financiamento aos centros de ocupação de tempos livres que não integram o sistema público... Ponto de coerência?! Falta de dinheiro, pois claro…
E podíamos continuar o rosário de lamentações com o vergonhoso subfinanciamento da Cultura – sem perceber o seu valor essencial para protecção da nossa identidade nacional – ou com a indigência da Defesa, que nos leva a pedir empréstimo de blindados para missões no estrangeiro e a comprar dois submarinos, desconsiderando as regras navais que fixam em três o número para a sua operação eficaz, a mais de ficar por saber a sua capacidade de intimidar qualquer adversário minimamente dotado de meios navais.
Percebendo que há que reformar e emagrecer o Estado, tenho ainda a esperança de que Pedro Passos Coelho acabe com o relativismo ético que herdámos do 25 de Abril e que faz com que se tenha fugido como o diabo da cruz da crucial distinção entre o que está certo e o que está errado. Actualmente, ao invés, qualquer opinião é boa, apenas por ser veiculada, caldo de cultura que faz com tenhamos uma baixa qualificação de recursos humanos, já que o sistema educativo fica sem argumentos de disciplina e rigor, centra-se no pavor de traumatizar os jovens e ensina pouco porque se convencionou que estudar tem de ser tão agradável como comer gelado de baunilha…
Em 1991, ouvi uma entrevista a Pedro Passos Coelho, em que este dizia que é preciso explicar às pessoas o que se quer fazer com o seu voto antes de lho pedir. Entendo que, em 2008, é exactamente isso que tem feito, e bem.
Em suma, penso que, não existindo regra estatutária alguma que impeça a vitória de Passos Coelho neste momento, é desculpa de mau pagador dizer-se que “ainda não é o seu tempo”. Por que não?! Para mim, como ele afirma, “o futuro é agora” e passa por Pedro Passos Coelho.
"eh, posso fumar???" - é tão simples perguntar...
“Fumei no avião. Não podia. Apanharam-me… agora vou deixar de fumar…”
Em resposta: “Nós é que lamentamos sr. engenheiro, por isto e muito mais… “
Telenovela dobrada
Espero não vir muito atrasada nesta consideração. Ando aqui a matutar nisto há uns dias e pronto, cá está:
Pior do que o cigarro no voo para a Venezuela não terá sido a participação do nosso PM na telenovela do seu irmão Chavez? Epá, é que assinar meia dúzia de acordos económicos em plena paródia propagandista é muito baixo mesmo. Ultrapassa o domínio da apregoada real politik de Sócrates.
Xiça, dois socialistas, um deles defensor da democracia participativa que corta os pés a quem tem voz (encerramento dos media privados que não dizem "Olé Chá(vez)!" por exemplo) e outro da ala... vá lá, supostamente mais audaz ao centro português a congratularem-se pela cooperação entre países amigos. A minha alma está parva. Então mas e a UE? E a CPLP? E Espanha? Sei lá... A quantos quilómetros está a Venezuela de Portugal? Hã?
"Investimento estrangeiro em Portugal cai 50%" CALMA! Vêm aí os venezuelanos safar a malta.
Há coisas que não entendo.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Não havia necessidade
Está melhorzinho, senhor Engenheiro?!
Enquanto o PSD continua num processo de auto-esfrangalhamento, José Sócrates já nem se dá ao trabalho de mencionar o maior partido da oposição. De facto, anteontem, ao falar numa sessão de esclarecimento do PS, em Braga, e pese embora o debate sobre questões laborais seja, tradicional e erradamente, polarizado à esquerda, a verdade é que o Primeiro-Ministro já nem se deu ao trabalho de enfrentar senão os partidos à esquerda do PS.
Mas mais surreal ainda me parece o resto da agenda que o Premier tem pautado, seja porque fumou e vai deixar de o fazer, seja porque apanhou uma gripe e passou no hospital para tomar antibiótico e analgésicos.
sábado, 17 de maio de 2008
Tomara o Real...
Depois da Marta Rocha na JSD de Felgueiras, a LODO, S.A.D. celebra a eleição do Ricardo Leite como Presidente da Comissão Política Concelhia de Cascais do PSD, nesse histórico dia de 9 de Maio.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
O sabor da solidariedade
Num Portugal em que existem mais de dois milhões de pobres e uma nova realidade - os denominados "novos pobres" i.e. gente que tem emprego mas cujo salário não chega para fazer frente às necessidades diárias dado o progressivo aumento do custo de vida - é de louvar esta iniciativa que comprova que pequenos gestos podem fazer alguma diferença - bem sei que esta última frase soa a cliché, mas tem muito de verdade...!
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Descubra as diferenças * (V)
Eleições no PSD à parte, gostei de ver Manuela Ferreira Leite em entrevista à SIC Notícias a pôr o dedo na ferida, alertando para a urgência em olhar e pensar as graves questões sociais que estão a corroer o país. Até a dama das Finanças já percebeu que basta de andarmos obcecados com o défice e de olhos focados somente nas estatísticas e no que elas possam espelhar lá fora, ignorando o que se passa cá dentro: desemprego, novos pobres, sobreendividamento das famílias portuguesas e a sequente desigualdade económico-social que prolifera pelo país. São problemas com carimbo "Sócrates" a que não podemos fechar os olhos. À atenção dos interessados, aí está uma abissal e clarividente diferença entre Ferreira Leite e Sócrates: enquanto a primeira enxerga a realidade, este último impinge-nos um país ficcional fingindo desconhecer o estado do país real.
*grau de dificuldade: baixo
quarta-feira, 14 de maio de 2008
e por falar em juventude...
Adenda: Confirma-se que a Mandatária da Juventude de PPC não é militante do partido. A meu ver, é algo precedente que "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Uma mandatária independente numa candidatura interna poderá não soar bem. Mas alegam os intervenientes que é uma escolha simbólica que representa um sinal de abertura à sociedade civil. O certo é que, depois das preocupações expressas pelo PR quanto à morbidez cívico-política dos jovens portugueses, a aproximação de uma jovem sem filiação partidária a um candidato à liderança de um partido significa que é possível cativar os jovens para o debate político sem ter que lhes impingir ideias e ideais.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Ah, e tal, a Juventude... III
A falta de sensibilidade dos jovens para as questões cívico-políticas não é novidade. Cresci com gente que não fazia a menor ideia do papel que pode e deve ter no seio familiar, no seu bairro, na sua vila, na sua escola, na igreja, na associação recreativa, etc, etc. Cresci a partilhar cadeiras de escola com gente que não sabia distinguir um PM de um PR, com gente que achava que cidadania era um qualquer palavrão da família do vírus HIV, gente que se juntava às manifestações por dá cá aquela palha, desconhecendo as motivações das mesmas..., e até gente que achava que uma AE era sinónimo de reduto de alunos nos tempos mortos.
O problema não é de agora. É de sempre. E não se escudem - quer os novos, quer os velhos - naquela ideia de que os jovens tendem a afastar-se da coisa pública porque o cenário político é negro. Este argumento tem tanto de falso como de perverso.
Vejamos: quando é que se nos aflora a vontade de participar, denunciar, propor, defender, agir e exigir? Será que é quando as coisas correm de feição ou... precisamente quando as coisas não vão bem?!...
O comum - e o mais fácil - é imputar responsabilidade aos adultos pela irresponsabilidade cívica dos jovens. Dizer que a classe política tem que saber cativar as novas gerações e que têm que ser criadas condições e estratégias para captar o interesse daqueles - que cliché..!
Se bem me lembro, quando eu era adolescente não havia nem metade das oportunidades - e facilidades - que há hoje para poder participar activa e proficuamente na sociedade civil. E isso não impediu que criasse o meu próprio espaço de actuação cívica aos poucos e fosse adquirindo conceitos de cidadania que hoje muito estimo, que vi reconhecidos e que têm sido decisivos no meu percurso pessoal.
No que toca a cidadania e intervenção político-partidária, os jovens não tem que ser levados ao colinho. Há, e sempre houve, os que estão despertos e sabem (ou pelos menos conhecem) as vias que podem usar para fazer a diferença. E há, como sempre houve e continuará a haver, os jovens que não se envolvem mais na causa pública porque estão centrados no seu umbigo, alheios àquilo que os rodeia ou, pelo menos, àquilo que não lhes toca. E não se pense que estou a ser demasiado incisiva nesta separação (quasi 'trigo do joio' ): muitos destes últimos reconhecerão isto sem qualquer constrangimento.
Ao contrário do que possa parecer - atendendo ao que venho escrevendo - não ilibo totalmente os adultos desta questão. Aliás, creio que desses é imprescindível que parta uma mudança de mentalidade, já que há muito quem subestime ou até mesmo menospreze os novatos. É vital que se dê voz à juventude e que haja uma predisposição para escutar o que eles têm a dizer. Esta mudança influencíará desde logo a integração daqueles na sociedade, bem como o seu progresso pessoal, intelectual e cívico.
Uma outra medida é a desejável intodução no plano escolar de uma disciplina de Cidadania. Se os jovens não adquirem naturalmente valores cívicos no seio familiar ou noutros circuitos, convinha que alguém lhes dissesse que não vão a lugar algum se continuarem imbuídos nas frivolidades que a sociedade actual lhes impinge, vivendo a sua vidinha como se as demais vidas nada importassem. Este despertar de consciências poderia bem passar pela introdução daquela disciplina, alertando-os para o mundo que os circunda e para o contributo que eles podem e devem dar.
Não tenhamos ilusões: não há muito a fazer para inverter estas estatísticas. Uma ou outra medida poderá amenizar o problema e despertar alguns jovens menos propensos ao entorpecimento cívico, mas não se esperem milagres.
Paços para Coelho
Vamos, pese embora, à exclusão de partes: Neto da Silva e Patinha Antão exercem um direito estatutário, embora ouse dizer, sem ofensa, que, pelo menos num dos casos, se trata mais de uma tentativa de reserva de lugar eleitoral do que um intento real. Passando a presunção, creio que também eu, na bancada, tenho ideias sobre a maneira como gostava de ver a Briosa a jogar, mas, a mais de ser bom o trabalho de Domingos Paciência, não me passa pela cabeça fazer algo para que não tenho sequer propensão e apoio…
Quanto a Pedro Santana Lopes, fundamentalmente, creio que a oportunidade que teve foi, com larguíssima culpa própria, desbaratada. Escusa o próprio e os seus fervorosos seguidores de falar de “pontapés na incubadora”, já que poucos, com ou sem reserva mental alheia, tiveram 90% do partido a sufragar a sucessão, como aconteceu com a passagem de testemunho de Durão Barroso. Devia ter pedido sufrágio interno? Seria melhor ter solicitado ao Presidente da República a realização de eleições legislativas? Talvez, mas é neste tipo de ponderação estratégica que não nos podemos basear exclusivamente na intuição (por muito apurada que seja, como é o caso do dr. Santana Lopes) e é ainda nestas situações que estar rodeado de pessoas que somem ao afecto o estudo e o raciocínio apurado é recomendável. Aqui, santa paciência, o único “pontapé” que houve foi do próprio e para auto-golo.
Todavia, Santana Lopes é um furacão político e creio que, na nossa política, poucos seriam os que, como ele, sobreviveriam à clamorosa derrota eleitoral de 2005. Por isso, manda a cautela que se não subestimem as suas possibilidades e ordena o pudor (apoiei-o de 1999 a 2005, mesmo quando sabia que o apreço já não era recíproco) que me baste com estes leves considerandos, dos quais podem deduzir-se alguns motivos pelos quais não apoio o ex-Premier.
Por fim, chega a situação de mais difícil escolha, já que poderia apoiar Manuela Ferreira Leite sem sacrifício algum. É uma pessoa credível, séria, inteligente, competente e que, sem dúvida, gosta e sabe gostar do PSD.
Resisto a insinuações deselegantes e infundadas sobre idade, pois não creio que seja óbice, sendo que Silvio Berlusconi – a quem outros gostam de se comparar – está longe de ser um cachopo e Itália a léguas de ser uma aldeia. E muitos exemplos brilhantes de estadistas com mais de 60 anos encontraríamos, como facilmente se apontariam casos de jovens lideres com insucesso notório, a começar pela actual contenda. No fundo, o que penso é que perde quem opte por referências pessoais.
Assim, além de noções de solidariedade política (que me escuso de detalhar, mas que se prendem com o xadrez laranja do distrito de Lisboa, onde trabalho), pesa o facto de, acreditando que não será necessário atender ao conceito de “voto útil” (algo que poderia pedir-se na iminência de vitória dos exércitos santanistas), ser altura de lançar linhas políticas a médio e longo prazo e de, se possível, começar a implantá-las desde já.
Como detalharei em próximo texto, penso que as soluções já testadas (e por onde se nota a marca de água de todos os contendores, excepto Passos Coelho) não mostraram a exequibilidade de um ideal social e não provaram a viabilidade do nosso País. Ouvimos falar em orçamento, défice, mais anos de trabalho e outras expressões tecnocráticas, mas vemos tudo quanto é membro da União Europeia a passar-nos à frente.
Acredito ainda que, sem gritos geracionais (seria a chamada ideia de jerico…), cumpre envolver na solução os portugueses mais jovens, já que sentirão em maior medida o problema. Dito de outro modo, é tempo de envolver no projecto da casa quem vai ter que a habitar…
Ditas as razões “negativas”, explicarei em breve as razões “positivas” pelas quais entendo que os paços do PSD devem ser entregues a Pedro Passos Coelho.
Como isto vai... II
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Momentos Paulistas III
Se estrear por cá, veja.
domingo, 11 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Piadas de Bolso na minha Turma I
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Liderança não escolhe idades
A idade de uma pessoa parece-me um indicador traiçoeiro. Sobretudo, porque a idade mental nem sempre anda pari passu com a idade real. Ou vice-versa. Vem isto a propósito da corrida à liderança do PSD, na qual dois dos candidatos têm visto meio mundo a opinar sobre as respectivas idades. No jogo da política, tal como no da vida, a idade não me parece um argumento plausível seja para o que for. Considero hipócrita que se invoque a juventude ou a velhice de uma pessoa para tecer considerações sobre aquela. Pior, para medir a sua capacidade, a sua competência e o seu mérito.
A variável idade não é um factor determinante para que uma pessoa seja líder. A liderança é uma influência que um indivíduo exerce sobre os outros independente da sua faixa etária. Neste Mundo há lideranças para todas as idades: para velhos (Berlusconi e Yasuo Fukuda, 72) e para novos ( Zapatero, 47) e até para os de meia-idade ( Gordon Brown, 58). O PSD espera que deste combate saia uma liderança firme, credível e auspiciosa. Que o líder tenha 30, 50 ou 70 é-nos (se não é, deveria ser...) indiferente.
A minha força de intervenção favorita
terça-feira, 6 de maio de 2008
Yes, you can
segunda-feira, 5 de maio de 2008
A factura laranja
É que o que efectivamente se pode ler na listagem do Ministério das Finanças é que oito das dez autarquias que mais tempo demoram a pagar aos seus fornecedores são social-democratas. Mas não me parece que daí se possa inferir que os municípios laranja sejam os piores a pagar. Não será um pouco redutor apontar o dedo às autarquias lideradas pelo PSD partindo apenas do top ten dos menos céleres a saldar as suas contas? Cabendo, ademais, sublinhar que o PSD é actualmente o partido maioritário nas autarquias locais.
Reconhece-se, é certo, que há autarcas que não pescam nada de gestão. Mas caberá imputar exclusivamente àqueles a responsabilidade pelo cumprimento tardio das dívidas públicas?
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Mediatização da violência dá origem a mais violência
1 - Violência no meio escolar, com o caso do vídeo da aluna que agrediu a professora, ininterruptamente difundido pela tv a descobrir a ponta do iceberg.
2 - Os casos de carjacking e o incidente no Posto da PSP em Moscavide, episódios que proliferam pelo país e que têm sido mediatizados e explanados ao mais ínfimo pormenor.
3 - A crescente criminalidade associada à noite, mormente, na Grande Área do Porto.
Pergunto eu:
1 - O alarmismo (ainda que legítimo, senão inevitável...) não terá efeitos contraproducentes nos jovens?!
2 - Terá isto algum efeito dissuasor? Pôr a nu as fragilidades das nossas autoridades que (sobre)vivem com falta de meios humanos não é quasi estender a passadeira vermelha aos criminosos?
3 - Até que ponto é oportuno bradar aos céus os focos de criminalidade associados à noite? Tal lesa os empresários porquanto afasta clientes e potencia novas rivalidades entre aqueles estabelecimentos.
Posto isto, eis onde eu queria chegar: é legítimo e até necessário que os media divulguem os casos de polícia de um Portugal cada vez mais inseguro, mas nem tudo pode ser feito à mercê da transparência e da liberdade de informação, mormente quando outros direitos tão ou mais importantes estão em causa.
Ninguém tem dúvida de que gratuitidade (e muitas vezes, a impunidade) da violência pode influenciar, se não mesmo incitar irreversivelmente à agressão que começa no seio familiar e escolar e que muitas vezes acaba por se estender ao grave delito criminal.
"Deixa andar..."
Segundo o barómetro deste mês da Eurosondagem para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, José Sócrates sobe na admiração dos portugueses. O PS aproxima-se da maioria absoluta. Cavaco desce e todo o resto sobe alguma coisinha…
Quem pelo contrário continua a descer, é o PSD…
A ver vamos como corre esta nova aventura de “Os cinco”…
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Passos Seguros
É em momentos como este que acredito que avançar apoiado nos valores, crenças e projectos políticos nos leva longe, tão mais longe que aos caciques do costume. Aqui não há estratégia de futuro, procurar influências ou lugares. Não há o regresso daqueles que nunca foram ou não sabem ocupar o seu lugar na história. Não há moralismos, nem espingardas (não há vitória). Aqui há projecto político assumido sem medo.
Apoiemos ou não o PPC, há que lhe reconhecer o mérito e a segurança que tem demonstrado nesta "pré-campanha" eleitoral.
P.S. Não estou a fazer campanha, mas sim a partilhar um belo sorriso convosco.