A
“aldeia global” até estava organizada de forma simples: mão-de-obra barata a oriente, marketing,
gestão e lucros a ocidente. A consequência foi obviamente a
desindustrialização das economias ditas mais desenvolvidas, sobretudo a europeia.
Portugal
precisa de fazer crescer a sua economia e se as reformas estruturais em curso
demoram tempo a produzirem efeitos, a única esperança é pela via das
exportações. Os que já exportam deverão exportar mais e aqueles que não o fazem
mas que têm produtos ou serviços com capacidade exportadora devem fazê-lo.
E
é aqui que se encontram os heróis portugueses que vos quero falar. Deixar de
encarar as atividades de uma empresa apenas no contexto nacional virando-se
para mercados externos não é fácil.
Para
exportar é preciso dinheiro, algo que não abunda nos tempos que correm. Depois,
são vários os exemplos de empresas que ao enveredarem por processos de
internacionalização colocaram em causa a sua sobrevivência no país de origem.
São conhecidos casos, a título de exemplo, em Angola, onde o sonho do lucro
fácil sucedâneo ao crescimento económico que se tem verificado naquele país tem
levado muitas empresas portuguesas a arriscarem a sua sorte e os resultados nem
sempre têm sido os melhores.
Mas
os dados conhecidos no domínio das exportações são animadores, apesar das
dificuldades. Têm tido um comportamento que nos deverá deixar confiantes, dando
à nossa economia uma dinâmica exportadora.
E
os protagonistas desta heroicidade têm rosto e não são aqueles que mormente
aparecem nos noticiários a pavonearem-se com os resultados que as exportações
portuguesas têm vindo a alcançar. Os heróis são as empresas e os seus gestores,
que, convenhamos, são quem estão a tentar tirar o país desta crise em que nos
vimos cravados.
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