segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Quando o trauma é miopia
Menezes mal
Menezes bem
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Inventem-se novos Natais
Eu quero lá saber quanto é que ganhou a Vodafone nas mensagens escritas entre as 20 horas de dia 24 e a 01 hora do dia 25, ou as dietas para combater os excessos da quadra natalícia. Francamente - haja paciência.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Na tola
Vendo bem a coisa, não há muito mais que possamos acrescentar. Podemos, isso sim, cortar o nó górdio que irá influenciar o tom do que dizemos: devemos decidir se partimos da ideia de pessimismo antropológico – o ser humano é egoísta de nascença, socializando-se por necessidade – ou da bondade intrínseca de cada um – posto o que atribuiremos à sociedade a chave das perversões em que todos concordamos (eu tendo para a primeira parte).
E este é o ponto para procurarmos resolver o que há para ser resolvido; se todos concordam que há maleitas – quando a própria mensagem da Igreja Católica se baseia em apelos, é porque estamos longe da perfeição – por que diabo não as combatemos, antes tendo a sensação de que estamos cada vez mais desumanos?
Vejamos: por que consumimos desenfreadamente (interrogação que não é nova, aqui no Lodo, como se pode exemplificar)? Por que singram esses abutres do crédito instantâneo? Todos deveríamos saber que muito do que compramos não é necessário; a velha TV ainda funciona, mas aí vem o LCD. O telemóvel faz chamadas, fotografa e envia mensagens, mas o que saiu ontem tem mais mega-qualquer-coisa na câmera. Temos sempre que cozinhar, mas a panela (ou, para sermos finos, “robot de cozinha”) “Bimby” é necessária, apesar dos dois salários mínimos ou mais que me dizem custar…
E qual a razão pela qual estamos tão encantados? Adormecimento intelectual pelo “mundo TV” e pela publicidade? Em parte… Ausência de pedagogos na política? De certezinha…
Mas andemos um pouco mais pela “selva”: creio que todos sentem que, nas grandes empresas, instituições, escritórios e afins, mais do que cooperarmos, competimos em nome de um ideal de “carreira” que ninguém consegue medir ou definir com proficiência ética. E porquê?! Não é melhor o retorno quando, sem pé atrás, aprendemos uns com os outros e repartimos agruras e sucessos? Sim, mas vejo poucos casos de gente que procure estimular a desejável aliança entre o mercado livre e uma moral prática exigida para que possamos respeitar todo o ser humano que connosco se cruza na vida profissional ou no simples trato comercial quotidiano (falo, a contrario, do caso dos que procuram ganhar tudo num dia, enganando)…
E depois há sempre a muito debatida agressividade social. Desde ultrapassagens pela direita e colagens ao veículo da frente ao sujeito que argumenta que fumar á mesa é um direito que lhe assiste, por muito que saiba que (também) prejudica a saúde alheia, a mais de importunar que não aprecie o cheiro de cigarros, multiplicam-se os exemplos de mal-estar, que nem todas as leis ou todas as campanhas institucionais poderão resolver, enquanto cada um de nós se não convencer de que também é com o nosso metro quadrado que se constrói uma nação com civismo…
E o que fazemos, por cá? Começando onde tudo deveria ter o seu início, vemos tipos cinzentos extraordinariamente vaidosos por terem sido eleitos para um cargo que, mesmo ocupado durante duas décadas, por vezes, nunca é visto como lugar de serviço e de postura exemplar. E quem lidera, por vezes, prefere atiçar os “doberman”a proteger os senadores que, ainda assim, tiveram vida e têm valores, ou aguçar o apetite de jovens tubarões que bajulam quem atira a peça de carne – é assim na política como nas empresas, muitas vezes…
E nós, isoladamente?! Muitos aliviam a consciência contribuindo para o Banco Alimentar ou dando uns trocos para o Darfur, sem pensar que, por muito louváveis que sejam os minutos desses dois dias, sobram 363 dias para olhar para o efeito de estufa, para o reorientar dos gastos supérfluos para Educação, Cultura e outros fins interessantes e para, sobretudo, olharmos para o próximo como sujeito e não como objecto.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
A cor do dinheiro
Se o agravar das condições financeiras dos portugueses leva ao aumento de situações de endividamento, o mercado de crédito ao consumo não fica alheio a esta tendência e responde ‘à altura’. Basta atentar à pletora publicidade com que somos bombardeados neste âmbito.
Com efeito, a juntar ao tradicional crédito bancário, proliferam as empresas de crédito especializado e as cadeias de lojas e supermercados apostam cada vez mais nos cartões de "pagamento em suaves prestações”.
Quanto à publicidade, pode ser do mais subtil: um dia destes li um horóscopo de um jornal diário*, no qual Paulo Cardoso (sim, o astrólogo!), instava o nativo de determinado signo a recorrer a instituições financeiras caso sentisse uma maior capacidade de realização a nível financeiro..!!!
A pergunta que se impõe: onde irá parar a tendência de crédito vivida no mercado português?
Não sei responder, mas não auguro um cenário muito próspero.
Pelo menos, tendo em conta o auxílio do Governo que, indiferente ao esboroamento da economia nacional, esquece-se de medidas que pode (e deve...) tomar no sentido de estimular uma maior moderação e responsabilidade por parte do consumidor.
Em suma, o crédito está cada vez mais facilitado - ao alcance de um simples telefonema e de uma simples subscrição - mas já diz o provérbio que "nem tudo o que luz é ouro"... e o efeito “bola de neve” não tarda a fazer-se sentir.
O problema, é que nós – povo luso – só despertamos para a realidade quando temos a corda ao pescoço. Até lá, que o brilho do Natal e o dourado dos cartões nos continue a ofuscar.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Menino prodígio (e menino birrento...)
Não deixa de ser o ‘nosso’ menino prodígio, mas ficava-lhe bem deixar de uma vez por todas a faceta de menino birrento.
Claro que, quais “papás babados”, Mister Scolari e Gilberto Madaíl já vieram bradar pela injustiça do título, garantindo que Cristiano provou ser o melhor jogador do Mundo no ano que agora finda.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
PÚbico
Como já sei do que a casa gasta, vou à boa da Wikipédia e leio sobre Afonso Costa que: "recebeu, dos seus opositores, a alcunha de 'mata-frades', pela legislação anti-clerical que mandou publicar - expulsão dos jesuítas, estatização dos bens da Igreja (...)".
Já no matutino lia-se: "que ficou conhecido como o 'mata-frades', devido a medidas anti-clericais e à estatização dos bens da Igreja".
A Wikipédia é simpática, mas, mercê de ser livremente editável, contém muitos erros, imprecisões e falsidades. Todavia, segundo sei de fonte segura, cada vez mais, muitos dos nossos jornalistas baseiam aqui a sua "exaustiva" investigação, com os danos que isso tem sobre os cidadãos (poucos) que ainda se prestam a comprar um bom diário, nos dias em que não traz DVD...
“Um” peso, duas medidas
A não ser que a causa seja demasiadamente específica, não percebo a notícia que dá conta de um contrato estabelecido pelo Ministério da Educação com um advogado, por um montante de 20 mil Euros/mês, para trabalhos de “levantamento e compilação de legislação” do ministério.
Não pondo em causa, naturalmente, as competências técnicas do advogado e a especificidade do trabalho, cabe-me no entanto a surpresa pela coincidência na selecção e pelo histórico do contrato em causa: ver noticia aqui…
Lembram-se do Paulo Macedo?
… e das criticas socialistas ao seu vencimento?
Teóricos de Real Valor II
Pronto, está lançada a acendalha política
Teóricos de Real Valor
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
A fila do bacalhau
Luís Amado, o nosso MNE, estava ali à mão de semear... Bem, semear foi mesmo uma boa alternativa, pois, após escutar os "parabéns" não cantados de José Sócrates, aperto de mão já era pedir demais, tendo ficado, como se viu (por todo o Mundo, aliás) à espera de melhor ocasião.
Num raro momento psicanalítico, o "Lodo" tenta interpretar o gesto do nosso Premier ou, pelo menos, a pose de Luís Amado:
a) Não quis estragar Amado com mimos.
b) Sabia que Amado não lavara as mãos, depois de ir ao wc.
c) Estava com medo que o MNE se aproveitasse do seu prestígio.
d) Queria muito beijar Angela Merkle.
e) Tinha medo de não resistir ao charme de Amado.
f) Temia os estragos que Sarkozy causasse, se deixado à solta.
g) Guardara um beijinho para Amado.
h) Os outros tinham tirado a senha antes.
i) Guardara uma festinha para Amado.
j) O Gordon Brown tem uma mão mais macia.
k) É malcriado.
l) É tímido.
m) Tem saudades do Freitas do Amaral.
n) Tinha visto o Amado com os dedos no nariz.
o) Amado estava a jogar à estátua.
p) Amado estava a recordar o passado de arrumador.
q) Sócrates não tinha trocos.
r) Amado estava a ensaiar para o presépio do Governo, mas esqueceu-se do cajado.
s) A senhora com quem Amado estava a dançar tinha-se posto ao fresco, mas ninguém o avisou.
t) Sócrates preferia uma palmadinha nas costas.
u) Amado acabara de se coçar e o PM topou o esquema.
v) Sócrates não é de dar confiança aos empregados.
w) Amado, na verdade, estava a ensair um golpe de kung-fu.
x) Sócrates não cumprimenta tipos sem casaco.
y) Sócrates pensou que Amado estava a fingir que era um bengaleiro e não quis pendurar o casaco.
z) Estava tudo combinado para os estrangeiros se sentirem importantes.
De uma ou de outra, Luís Amado ficou de mão estendida, que é para não se pôr em bicos dos pés. Quem é que o tipo julga que é?!
Andamos a brincar? *
Num encontro em que o objectivo (consta!) é debater problemas que afectam os dois continentes, não está agendada - por pura cobardia, cabe relevar- uma discussão sobre aquelas duas tragédias que subsistem no continente africano.
Coincidência ou não, no mesmo espaço - Pavilhão Atlântico – decorrerá paredes-meias com a Cimeira o espectáculo do Noddy, que aguarda 25 mil pessoas.
Eu cá, a ter que escolher, preferia as histórias de encantar do boneco infantil criado por Enid Blyton. Sempre são mais didácticas e profícuas que qualquer das conversações que possam vir a ter os ditadores africanos com a conivente Presidência Portuguesa da UE.
* perdoem-me o tom popularucho do título... mas confesso que foi o que me ocorreu, mal me apercebi disto.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Amigalhaços
Em ambos os casos, a meu ver, se afirma a necessidade das escolas de ciência política que acrescentam à perspectiva algo estaticista do direito constitucional (que analisa em abstracto o funcionamento do sistema) a dinâmica funcional; ou seja, explica “como é que as coisas realmente se passam”. Neste capítulo e para os temas em causa, o último número do “Courrier Internacional” representa uma soberba iniciação.
Creio que o mais interessante, como tem feito a generalidade das publicações, por ora, é mesmo identificar linhas de junção entre um país euro-asiático e outro latino-americano que, à partida, nada teriam a uni-los, não fora a famigerada globalização e, sobretudo, o poder uniformizador da televisão, dentro de portas.
E começamos por aqui, pois em Caracas e em Moscovo os media “alternativos” ou já fecharam ou têm que andar na linha. Acresce que as televisões fiéis aos regimes difundem o país que os respectivos chefes de Estado acreditam que deve existir, já que, regra geral, “se vi na TV é porque existe”, diria o telespectador comum… Ou seja, o virtual – seja a Venezuela socialista e impoluta, seja a Rússia novamente poderosa – faz-se real, ora nas longas prédicas de Chaves no “Alô Presidente”, ora nos atractivos spots de campanha de Putin.
E é estribados neste potente meio de comunicação de massas que ambos ensaiam um simulacro de democracia directa, com toques de anti-elitismo, interno e externo. No primeiro caso, atacam-se as corruptas classes altas que foram incapazes de redistribuir a riqueza, seja na URSS, na era Ieltsin ou na miserável sociedade venezuelana. No segundo plano, questiona-se a supremacia norte-americana, denunciando tratados de controlo de tropas convencionais ou recolocando bombardeiros estratégicos no ar ou ainda acusando a oposição de servir Washington, no caso neo-czarista, ou mesmo chamando “diabo” a George W. Bush, como fez o tenente-coronel Hugo Chavez Frias, na ONU.
Na passada, nem é mau pensar em estender a influência à Bolívia ou a Cuba e apoiar separatismos na Geórgia ou na Moldávia.
Em ambos os casos fica a mensagem de que o líder providencial zelará pelo povo, ainda que, com o aplauso de muita gente, a troca seja a de dinheiro e emprego por liberdade; algo que, dada a carestia e face aos excessos liberais, até parece bom de pagar, tal qual como nos anúncios do crédito por telefone…
Mas não é disso que fala a legislação anti-terrorista dos EUA?!… E não é um regime de concentração de informação e decisão que se esboça com o PS, actualmente, em Portugal? E não foram as directas e a escolha dos candidatos pelas bases bandeiras do novo PSD?!... (em todos os casos, salvas as devidas distâncias, claro)
Ah! Não esqueçamos que, obviamente, os corruptos (ali a Norte, oligarcas russos, acolá a Sul, empresários ou militares golpistas) serão perseguidos a bem do povo. Já Collor de Melo prometera caçar Marajás, no Brasil, e viu-se que era farinha do mesmo saco. Berlusconi vinha para libertar a sociedade do Estado e está em apuros para a se libertar a si próprio… Que é como quem diz: “onde é que eu já vi este filme”?...
E a metodologia – já que ideologia é coisa em desuso - também não exigiria dois manuais distintos. Na Rússia recuperam-se para o Estado todas as concessões (energia incluída) que Boris Ieltsin desbaratou para se manter no poder e usa-se o petróleo (aposta efémera, como perceberão os desgraçados russos e os enganados venezuelanos, daqui a uns anos) para fazer alguma justiça social, sempre com a eternização do líder (que deslocará o centro de gravidade do poder da presidência para o governo) em linha de horizonte.
Na Venezuela a mesma receita, mas com falta de humildade… Chavez achou-se incontestável e, ao invés do sagaz Putin, perdeu a consulta popular (de salientar que ambos procuraram a legitimação democrática, ao menos no plano formal) a que se sujeitou. Não duvido que tenha apoio popular maioritário, mas a liberdade é muito mais cara aos seres humanos do que julgou (propunha, entre outras coisas, a recandidatura sem limite, a possibilidade de nacionalizar tudo e mais umas botas e o quase final da autonomia dos municípios – onde a oposição ainda “canta”).
Permanece a dúvida de saber se a democracia é exportável, portanto…
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
In Memoriam
Se por vezes cabe dizer que “só faz falta quem cá está”, quando se pensa em Francisco Sá Carneiro essa teoria não faz qualquer sentido.
O revolucionário Sá Carneiro, o fundador da direita democrática, o carismático líder, o herói romântico que desafiou os preconceitos da sociedade em que vivia, muitíssima falta faz na construção deste Portugal Maior.
Resta-nos continuar (ano após ano) a recordar o homem de fortes convicções que foi, e claro, tomar-lhe o exemplo.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Porque não te calas… mesmo
(1) – Expresso – 26 Nov 2007
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
"Caso Esmeralda"
O tribunal acaba por decidir pela entrega da criança ao seu pai biológico.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Orgulho e Preconceito
O objectivo primário da campanha foi, por isso, alcançado: “Falem bem ou falem mal, importante é que falem.”
Pergunto: há alguma necessidade de enveredar pela via do discriminatório, do ridículo, do preconceito e do polémico para vender mais umas grades que o habitual?
Ainda assim, a marca acabou por suspender a campanha.
Afinal, parece que nem a própria Tagus está muito convicta das suas orientações...
Dúvidas (Im)Pertinentes III
1 – Estão de Greve
2 - Emigraram
3 - Fugiram a sete pés do mulherio que se instalou por aqui ;)
PS – Tânia, desculpa ‘roubar-te’ a epígrafe, mas não resisti ;)
Migalhas
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Lê-se
(Gonçalo M. Tavares in "Magazine Domingo do CM", 25.11.2007)
Política não é só falar, é também escutar.
É certo que a política vive da retórica, mas mais importante que a gestão das palavras e dos discursos é a gestão das coisas e dos homens, como oportunamente relembra o escritor.
sábado, 24 de novembro de 2007
Rasteiras (ideo)lógicas II
Hoje poria somente "Capacidade de dar tiros nos pés acertadamente"
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Dúvidas (Im)Pertinentes II
(... pausa para reflectir... )
demasiada intromissão política junto de um dos três pilares fundamentais para um regime que se afirma democrático?
Não sei... mas quando os media batem acidentalmente no mesmo sector da vida pública mais de uma vez numa semana nunca me cheira bem. Tenho a impressão de que o verniz deverá estalar para os lados de S.Bento, e adivinhem porquê =D
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
24281
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Sem pés, nem cabeça *
"Tu és hetero?"
Foi o que me ‘perguntou’ hoje o mupi com que me cruzei na rua.
Um tanto ou quanto atarantada, paro e perco o meu precioso tempo a observar tamanha impertinência.
Trata-se de uma campanha a uma cerveja, constato. Uma campanha cujo mote é, pasme-se, "Orgulho Hetero". Uma campanha que, a meu ver, não é mais que um golpe baixo da máquina publicitária que - sem olhar a meios - lança provocações e incita à discriminação quando impõe o heterossexismo. Tudo, em nome da tentativa de notoriedade de uma marca de cerveja reles (confirma-me um expert na matéria...).
Memorizo o site na vã esperança de descobrir que me equivoquei na interpretação da publicidade e, mal posso, acedo. À medida que navego no site vou ficando estupefacta.
“Este site é a porta de entrada para o mundo hetero” ???!!!
"Objectivo é promover o convívio de jovens do sexo oposto" ???!!!
“Descobrir novas verdades dedicadas ao orgulho hetero” ???!!!
“Comprar merchandising hetero” ???!!!
“Causa heterossexual” ???!!!
Indigna-me esta campanha.
Por razões que dispenso enumerar.
Idiossincrasias.... (ou não!)
terça-feira, 20 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
Gajo de gabarito II
Gajo de gabarito I
Falo da postura de D. Juan Carlos na Cimeira Ibero-Americana, ocorrida no Chile, há uns dias.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Veni, Vidi, Vici
Se antes a oferta se resumia a dois diários, volvidos três anos, o cenário mudou quantitativamente e, sem sombra de dúvida, qualitativamente. Logo pela manhã sou bombardeada com pelo menos três deles - “Global”, “Metro” e “Destak”, este último que me cativa pelo painel de opinião com que conta (João César das Neves, Isabel Stilwell, etc.). No local de trabalho, deparo-me com o “Meia Hora”, talvez o mais interessante de todos eles por dispensar as temáticas cor-de-rosa. À hora de almoço é a vez da edição de fim-de-semana do “Destak” e ao fim do dia já sei que me calha na rifa o semanário “Mundo à Sexta”. E ao que consta a oferta não parará de crescer, estando previstas novas publicações e novos locais de distribuição (Grande Porto; Madeira, etc.).
Assim, de uma forma leve e clara os jornais gratuitos condensam informação, facilitando a vida a quem diariamente não tem tempo para se dedicar à leitura de um avolumado Público ou sequer de ver telejornais.
E depois, reconheça-se, fomentam a criação de hábitos de leitura. É inegável que a imprensa gratuita veio mudar o cenário nos transportes públicos da capital: afinal, os lisboetas sabem (e gostam de) ler...! Pelo menos, quando a isso são impelidos...
Mas o factor gratuitidade parece vir pôr em causa a imprensa convencional. Não foi por acaso que na vizinha Espanha os diários de referência hostilizaram os novatos, e que em França os sindicatos se manifestaram e tomaram medidas quando se viram ameaçados pela edição parisiense do “Metro”.
A pergunta que se impõe: Sobreviverá a imprensa tradicional?
Haverá, efectivamente, espaço para os dois tipos de imprensa num país em que os hábitos de leitura nunca nos mereceram elogios?
Na verdade, se a informação vem até nós sem que tenhamos que alterar um passo que seja do nosso percurso, e a isso acresce o facto de ser gratuita... torna-se inegável que a predisposição para nos mantermos fiéis aos periódicos pagos seja bem menor.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Youtube - mina de novos talentos?
Arctic Monkey’s e Mika são os dois exemplos mais flagrantes. Exemplos de que música nunca antes editada pode ser cantarolada por meio mundo num curto espaço de tempo. Os primeiros viram a sua popularidade crescer instantaneamente através da partilha de música na net e lograram tal êxito que hoje são já uma referência incontornável no universo rock.
O segundo, arrojado qb, foi rejeitado por várias editoras até que resolveu partilhar com os internautas a sua música. Depressa chegou ao número 1 do Top 40 Britânico de vendas, apenas através de download...! Depois do fenómeno, lança "Life in a Cartoon Motion" e o resultado está à vista – atinge e lidera muitos do top’s de vendas mundiais e não há por aí ninguém que não tenha já cantado e dançado um dos seus temas.
Mas a nova sensação no Youtube é a luso descendente Mia Rose, que com apenas 19 anos resolveu dar uso à sua webcam. Aliás, bom uso, já que graças ao à-vontade com que encara a câmara e à frescura com que canta, tem hoje milhares de fãs espalhados pelos quatro cantos do Mundo. (Atente-se ao número de visitas e de subscritores do seu channel...)
E assim vai nascendo uma nova geração de músicos. Uma geração que não se vê confinada à garagem. Uma geração que não tem que se sujeitar a concursos televisivos ou reality-shows para poder provar que tem valor. Uma geração que tem na mão o poder de partilhar com o Mundo aquilo que cria, sujeitar-se ao seu escrutínio, ter um feedback quase imediato e inclusive arranjar editora sem ter que sair de entre quatro paredes.
Foi exactamente isso que sucedeu com os Arctic Monkey´s, com o libanês Mika e com Mia Rose. Esta última, de comum adolescente caminha a passos largos para o estatuto de celebridade, estando já a gravar um CD. Tudo, porque cedo percebeu que não podemos ficar sentados à espera que o sucesso venha ao nosso encontro. Tudo, porque soube aproveitar de uma forma profícua (coisa rara nos adolescentes, sublinhe-se...) as potencialidades da Internet.
Se o Youtube já era um precioso tesouro pela imensa partilha de vídeos e música na internet, agora, pode vir a tornar-se um motor de (r)evolução musical, pelo menos, enquanto novo instrumento de caça talentos...
"Com tranquilidade"
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Dúvidas Im(Pertinentes)
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Ainda há lugar para patriotismo no "global play"
Regozijo-me com notícias assim:
O maior grupo electromecânico português investe 80 milhões de euros na Georgia, onde irá construir a sua base industrial nos Estados Unidos.
O Secretário de Estado da Indústria e Inovação, Castro Guerra, considera que a consolidação da base industrial americana da Efacec "é um momento histórico" por mostrar que as empresas portuguesas "também têm capacidade de investir com sucesso e competir no mercado global".
"De país exportador de mão-de-obra e importador de capital, Portugal está a tornar-se um país importador de mão-de-obra e exportador de capital. Isso é um sintoma de que a realidade portuguesa está a mudar. É um sinal de maturidade económica", referiu o secretário de Estado, convicto de que outras unidades lusas, designadamente na área das energias renováveis, vão seguir a Efacec nos EUA. in Expresso Online
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Cantas, mas não encantas...
para agradar a todos,
assim nasci e assim sou,
se não me querem, «ni modo»".
Épico - Elizabeth, the Golden Age
Quanto ao filme, magnífica interpretação de Cate Blanchett.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_I_de_Inglaterra
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
CML de COSTAs voltadas à Juventude
Desconheço o real estado da CML e compreendo que em nome do plano de saneamento financeiro se leve a cabo determinadas medidas que, mais cedo ou mais tarde seriam inevitáveis.
Mas há que estipular critérios, avaliar caso-a-caso e reflectir sobre as repercussões que essas medidas possam ter.
De outro modo, acaba-se por - ao rescindir serviços de equipas inteirinhas... - condenar à morte projectos de interesse municipal, como é o caso do Portal LX Jovem, que neste momento tem os dias contados, dado que os responsáveis pela sua manutenção estão literalmente na corda-bamba.
'Contenção de despesas' é um argumento forte, mas não plausível quando estão em causa projectos de reconhecida relevância e de extrema utilidade aos munícipes, como é o caso do Lx Jovem.
E quando, por arrasto, se dirá 'adeus' às lojas LXjovem (que disponibilizam gratuitamente orientação profissional, planeamento familiar, etc... ) e iniciativas como a "Futurália", "Semana da Juventude", Festival "Tocabrir", etc.. o caso é grave.
Mais que grave, é sintomático do menosprezo que os senhores do poder têm pelos jovens deste país.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Sábias Palavras
terça-feira, 6 de novembro de 2007
0-1
José Sócrates falou de um país maravilhoso que nem Lewis Carrol conseguiu imaginar com "Alice no País das Maravilhas".
E, já agora, por que não perguntou Santana Lopes sobre isto?
Nota: foto DN
Momento de filosofia
Embarcando na sociologia amadora, pergunto-me o que será verdade:
- O F.C.Porto é mesmo, como dizia esse homem isento que era Vale e Azevedo, um "clube regional".
- O Benfica tem mais sucesso.
- Os benfiquistas adoram chupar.
- Os portistas não sabem chupar.
- Os sportinguistas não são carne nem peixe.
- Bem faz a Académica que não se mete nestas parvoíces.
Escolha a sua explicação, cole num envelope e ganhe um "chupa" do clube que preferir (a ser atribuído na Grande Gala do Lodo).
Lê-se
(Manuel Maria Carrilho in DN – edição de hoje)
De uma forma objectiva e sucinta, Manuel Maria Carrilho trouxe aquele “bocadinho assim” que faltava para convencer-me que, numa Europa que apregoa democracia, a via referendária deveria ser consentida pelos seus líderes. Nos parâmetros indicados por Carrilho – referendo simultâneo em todos os 27- são claras, pelo menos, três vantagens. Tudo leva a crer que, não sendo aquele o desfecho provável, seria, sem dúvida, o mais desejável a esta Europa do séc. XXI.
domingo, 4 de novembro de 2007
Viva a burocracia
Epílogo?! Fui informado de que nada se passa desta forma. A ideia é faltar à consulta e ligar depois para pedir uma nova consulta... Perco eu mais tempo à espera e folgam os profissionais, pelo menos por uma hora.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Afinal, quem manda?!?!?!
O resultado das permanentes discórdias está à vista de todos:
com alteração do estatuto de Luísa Mesquita para “deputada não inscrita”, o grupo parlamentar que integra o PCP passará de 3ª para 4ª força politica mais representativa na AR.
Além deste episódio, são vários os temas polémicos: portagens, maternidades, escolas, regionalização (boa dica Tânia) e tantos outros que certamente cada um de nós tem presente.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
domingo, 28 de outubro de 2007
Rasteiras (ideo)lógicas
Não devemos defender o Estado centralizado - não faz parte sequer do programa - mas fazer depender duma organização institucional o desenvolvimento do interior tem muito que se lhe diga.
Criar um novo mapa organizacional do território quando a tendência se pautou pela macrocefalia natural da capital... hmmm.
Caso para dizer: Olhe que não é bem assim, Sr Secretário... olhe que não é bem assim.
(é só de mim, ou a discussão da regionalização nos media trata de tudo menos da própria?)
Diz que é uma espécie de Evita
Cristina Kirchner foi primeira dama da argentina, tal como a carismática Eva Perón.
De Evita, Kirchner parece ter "herdado" o carisma e também a elegância, a coragem e a garra que marcaram o curto percurso político de uma das mais importantes figuras femininas da História Política.
Outra figura com que Cristina é frequentemente comparada é a candidata à Casa Branca em 2008, Hillary Clinton. Com idades semelhantes, partilham da mesma formação (Direito) e têm um percurso político idêntico (ambas foram senadoras e primeiras-damas).
Mas Kirchner está longe de se deixar iludir ou influenciar por esses 'rótulos', prometendo deixar indelevelmente o seu cunho pessoal na Presidência do seu país.
Esperar para ver.
Certo, é que o Mundo está a assistir a uma desejada revolução nos protagonistas políticos. As mulheres teimam (e bem) em comprovar que podem fazer história na política nacional e internacional.
Angela Merkel, Sególene Royale, Michelle Bachelet, Yulia Tymoshenko, Cristina Kirchner e quiçá Hillary Clinton.
Aí estão elas a mudar o Mundo.
Sem medos, nem quotas.
To Russia without love
JSD cancela iniciativa Sem Liberdade, não há Verdade
A JSD cancelou a iniciativa agendada para sexta-feira que previa a colocação de uma faixa em frente ao Convento de Mafra, onde decorrerá a Cimeira UE/Rússia, denunciando a violação da liberdade de imprensa na Rússia".
- A liberdade de imprensa é essencial e deve ser defendida. Andou bem a JSD, na ideia.
- A cimeira UE - Rússia era algo que tinha de correr bem para Portugal, independentemente de partidos e credos. Se fossem avante (salvo-seja) não sei se tinham feito boa figura (duvido).
- Putin tirou da cartola a proposta de um Instituto euro-russo para monitorizar os direitos humanos, pelo que a coisa teria ficado um pouco "no ar". Ou seja, nestas cimeiras convém não sair antes do filme acabar.
- Mediatismo é fundamental, mas não apenas pela espectaculaidade. Recomenda-se algo que caia no raio de acção da força política que organiza o protesto. JSD e Moscovo?! Não ganha direitos ou votos por cá e nem se ouve, lá.
- E por que não algo sobre a mesma liberdade em Angola, quando vier cá o Presidente reunir com a União Europeia? Continuo a discordar do ruído durante a Presidência portuguesa da UE, mas sempre podem influenciar mais e é uma realidade que dirá mais aos portugueses e aos seus partidos. Ou então analisar a situação na Venezuela que não é muito mais branda e onde vivem quase 500.000 portugueses...
- Depois, entendo que é preciso compreender a Rússia (como outros países que não obedecem à nossa bitola; China, Venezuela, etc...) à luz da sua história passada e presente, não caíndo na grosseira categorização norte-americana que, todavia, ainda se estriba no proselitismo wilsoniano (ou seja, na exportação dos valores americanos como uma missão da nação).
A respeito deste último ponto, convirá que se repitam duas ou três coisas que já passaram pelo "lodo": a Rússia nunca foi e, arrisco a dizer, jamais será uma democracia do tipo ocidental; creio até que passa, hoje, pelo seu estado mais democrático de sempre.
Nunca os czares, muito menos o regime comunista e, dado do delapidar do erário público, Ieltsin consagraram o que, por cá, chamamos de democracia.
Já Gorbachev abriu o regime. Todavia, ao tirar o partido do seu lugar de "trave-mestra" (para usar a expressão de Adriano Moreira) do sistema, fez desabar a vida russa a um ponto que, ainda nos dias que correm, muitos habitantes (muitos mesmo!) da ex-URSS sentem saudades do "nível de vida" que, apesar de tudo, tinham.
Vladimir Putin recupera o lado idiossincrático da alma russa, sendo o "pai" que olha pelos russos, defende o Estado, fora de fronteiras, e combate os "glutões", dentro de casa.
Como disse, à Rússia falta a cultura democrática, no sentido que lhe damos por cá, e sobram diferenças étnicas (dezenas) e potenciais focos de conflito intra-muros (idem), de que a Tchechénia é apenas a mais colorida ilustração.
Diria que a JSD e, já agora, os demais portugueses poderão esperar uma semi-democracia ocidentalmente "adocicada" e desejar que a Rússia se mantenha íntegra e virada para este lado do Globo (a "asiatização" russa é possibilidade recorrente), por razões de segurança e pela questão energética.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Depois de Torres, defender a dama
Desde logo, conseguiu que o conclave decorresse sem história e sem discursos tribunícios. Mesmo onde podia vislumbrar-se novidade – falo de Passos Coelho – cedo foi percebido que o tempo era ainda de consagração de um líder que fizera a sua “longa marcha” e que estava popular e claramente legitimado.
Por seu turno, aos chamados barões, muitos dos quais sem algo a perder, competia materializar o horror de Drácula que veiculavam em relação à cruz de Menezes. E, nada…
Por fim, justiça feita ao sempre corajoso discurso de Alberto João Jardim, que voltou a balizar a acção dos eleitos, é de antologia – tenha ou não havido acordo de cavalheiros – passar-se um congresso sem que o “menino guerreiro” arrebate a audiência. Certo que ganhou em poder, mas aceitou moderar a tendência para brilhar em palco. A meu ver, maturidade de saudar e a seguir.
Se erros ou menores êxitos existem nas opções do dr. Menezes, eles podem, a meu ver, cifrar-se em dois: por um lado, creio que a expectativa em relação à comissão política era maior. Subentende-se a preocupação de gerir o xadrez interno (equilíbrios em face dos apoios) e de apaziguar fantasmas (personalidades que serviram em vários governos). Todavia, esperava-se mais arrojo nas figuras convidadas; mais gente nova na idade e no envolvimento com os mecanismos partidários formais. À parte de José Manuel Canavarro, fica um certo sentimento de déjà vu, por muito estimáveis e sabedoras que sejam as pessoas do novel politburo.
Por outro lado, sendo a aliança de risco, veremos até que ponto foi acertado o protagonismo autorizado ao dr. Santana, conferindo-lhe a liderança parlamentar.
Como social-democrata parece-me bem, prevendo elevada dose de combatividade por parte do grupo parlamentar.
Depois, percebo que não só não convinha a Menezes enfrentar uma guerra com os deputados escolhidos ao tempo da liderança de Santana Lopes (o que importa ao novo premier é afirmar externamente a sua marca), como, assim, aliando-se ao santanismo, encosta às cordas (como se viu nas mudanças de presidências nas comissões parlamentares) a ala mais cerebral (afecta a Durão Barroso) que, até ver, paga o preço de ter procurado, durante algum tempo, passar entre os pingos da chuva. O paralelo 38 (zona desmilitarizada entre as duas Coreias) é sempre um mau sítio para ver os comboios passar, digo eu…
Todavia, o protagonismo em Santana Lopes não é algo que se modere institucionalmente. Para o bem e para o mal (e tanto mal lhe fez no Governo…), o talento é inato e dispensa estudos estratégicos, pelo que a luz que lhe for dirigida não é “desligável” por interruptor, da São Caetano à Lapa.
E acresce que, bem pensada a coisa, Sócrates poderá optar por entronizar Santana enciumando, mesmo que não o próprio, os mais acríticos menezistas.
Ou seja, fiel ao seu estilo, que me agrada, Menezes arrisca, tendo já ganho parte substancial da aposta e mostrando que não é “rapaz” de assobiar para o ar, quando as coisas correm mal; tal percebe-se quando atribui o seu sucesso futuro aos resultados a obter nas várias eleições de 2009.
Veremos no próximo conselho nacional até que ponto é que a glasnost menezista se traduz numa real abertura a um debate aberto. Até lá, voto em São Tomé: é ver para crer.