terça-feira, 29 de abril de 2008
Como isto vai...
A rainha das tecnologias
Com efeito, a carismática palestina de reconhecido trabalho enquanto activista social, lançou aqui um desafio tão interessante quanto inovador. Pretendendo desmistificar a realidade do Médio Oriente - tarefa que se prevê árdua, especialmente quando todos os dias nos são dadas a conhecer tiranias como esta - mostra-se ali receptiva às questões que os cibernautas de todo o Mundo queiram deixar e até meados de Novembro responderá àquelas pela mesma via.
O desafio foi bem aceite, sendo que os acessos ao vídeo aumentam de dia para dia e as perguntas são mais que muitas. E Rania já lançou o primeiro vídeo de resposta.
Eis a prova de que a Internet – e o Youtube em particular – não serve só para a difusão de violência. Pode, e deve ser cada vez mais, uma excelente plataforma para fomentar o diálogo, para desmantelar preconceitos e para o consequente entendimento global.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Lê-se
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"O P"SD" demonstra ser um albergue espanhol onde os ódios pessoais se sobrepõem às rivalidades políticas, internas ou mesmo externas. Santana, como "líder", não teve um momento de sossego: desde o primeiro instante a oposição interna mobilizou-se para lhe fazer a cama. O mesmo sucedeu com Mendes e Menezes. Alguém imagina que o próximo " líder", seja quem for, deixará por milagre de sofrer a contestação dos "companheiros" e passará a ser encarado com a veneração que os cardeais dispensam ao Papa recém-eleito em conclave? É óbvio que não."
Pedro Correia, jornalista, aqui
domingo, 27 de abril de 2008
PSD profundo (2)
A história diz-nos que o PSD é um partido que resiste constantemente à mudança, que não há líder que estando na oposição não seja alvo de críticas internas, seja por razões de índole pessoal, ideológica, estratégica ou mesmo aspirações pessoais e lógicas de grupo (leia-se facções) que anseiam o poder.
Mais acredito nesta análise quando fazendo um rewind até aos tempos de Fernando Nogueira verifico que todos os líderes posteriores, antes de eleitos foram críticos internos: Santana e Durão a Marcelo; Santana e Marques Mendes a Durão; Marques Mendes a Santana; Meneses a Marques a Mendes e last but no the least, uns tais de notáveis que, não querendo ir a jogo há 6 meses resolveram agora criar sinergias em torno da candidatura de Manuela Ferreira Leite.
Não sei o que os outros militantes pensam, até porque não tenho tempo nem paciência para andar a fazer estudos de mercado, mas estou em crer que o tal PSD profundo de que Alberto João Jardim fala está farto daqueles felinos cujo historial se pauta por intentos estratégicos cujo primordial objectivo é o da marcação de território, apostando no desgaste e ficando expectantes para o assalto à iguaria...
PSD profundo (1)
Meneses não foi um bom líder nem o poderia ser. O triângulo Menezes – Santana - Ribau não motivava, colocava as expectativas baixas. Santana Lopes era um fardo demasiado pesado para ser carregado, Ribau um personagem...
A estratégia de vitimização não resulta em quem de vítima nada tem. Para combater ataques internos é preciso ter arcaboiço, capacidade de liderança e de comunicação, é preciso por vezes ceder, falar para todos e não enveredar por discursos que tenham o intuito de segmentar o partido entre notáveis e não notáveis...
O Expresso passou-se
O Expresso deste fim-de-semana passou das marcas.
Colocar um fundo preto com a imagem de Santana e escrever com letras garrafais “Voltou” não é jornalismo de informação, é manipulação.
Nas minhas notas pessoais a palavra “Socorro” precede esse “Voltou””. Mas eu sou militante com as quotas pagas, o Expresso não.
sábado, 26 de abril de 2008
Resistência à mudança
O nome rábula é “os cinco macacos” e refere-se a um estudo científico em que um grupo investigadores resolveu colocar cinco macacos numa jaula, e no meio, uma escada, e sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada com o intuito de chegar às bananas, os cientistas jogavam um jacto de água fria aos que estavam no chão. Passado algum tempo, quando um macaco tentava subir a escada, os outros pegavam-no e enchiam-no de pancada.
O que se veio a assistir posteriormente é que nenhum macaco tentava subir mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas resolveram introduzir variáveis no estudo substituindo um dos macacos da jaula por outro novo. Chegado à jaula, a primeira coisa que ele fez foi subir a escada, sendo no entanto dela retirado pelos outros, que o surraram.
Passadas algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto, e por fim, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo experimentado o banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar nas bananas.
Moral da história: se fosse possível perguntar a algum deles porque é que eles batiam em quem tentasse subir a escada, quase de certeza que a resposta seria: "não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui".
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Lê-se
quarta-feira, 23 de abril de 2008
um dó li tá
É por estas e por outras...
«Obliterar o Irão» - perante tamanha tirania, por que não?...
Diz que é uma espécie de jornalismo
terça-feira, 22 de abril de 2008
Responsabilidade Social: ética empresarial ou... fogo de vista?
Em Lisboa, a cadeia de gelados Ben&Jerry’s associou-se à CML e à Quercus e promoveu uma campanha ambiental intitulada “Assine o compromisso por uma Lisboa mais limpa e sustentável”, a qual incentiva a população a contribuir para a produção de energias renováveis, o aumento de eficiência energética e a redução de emissão de gases com efeito de estufa. Mas este não foi um caso isolado, porque pelo país não faltaram iniciativas idênticas, ainda que mais ou menos mediatizadas.
Se ainda tinha algumas reservas quanto às boas intenções das empresas em assumir este tipo de compromissos - duvidando desta súbita vaga de sensibilidade e ética- hoje pelo menos verifiquei que há efectivamente positivos sinais de mudança de mentalidade dos portugueses. Espera-se é que esta moda não seja efémera. Que seja para ficar e que não se resuma somente a uma atitude puramente estratégica.
Toca a reunir... Vamos a ver se é desta
E não vale a pena o discurso da vitimização "ah e tal, não trabalhava porque ninguém deixava" ou atribuir culpas a qualquer caso Câncio mal divulgado.
Um líder legitima o seu programa (qual programa?) quando se mostra competente, capaz de mobilizar, recto e credível o que parece não ter acontecido nos últimos meses.
Melhor assim, arrumar a casa ainda em tempo útil antes de 2009. Ideias concertadas preisam-se. Um líder capaz de pegar no que de melhor existe dentro dos sociais democratas também seria, sei lá, essencial.
(muito honestamente, já estava com algum receio do possível regresso das práticas de voto rápido - Valentins, política à esquerda demagógica do PS...)
É altura de agradecer também à estimada comunicação social o papel preponderante que teve para antecipar o inevitável.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Reprovada
Engraçado, eu ia jurar que reprovar um aluno tem precisamente o efeito contrário, penalizando-o devidamente pelo desempenho abaixo do mínimo exigível e obrigando-o a esforçar-se em adquirir um conjunto (mínimo, vá lá...) de conhecimentos indispensáveis à sua progressão pessoal, intelectual e, concomitantemente, escolar.
Convém dizer à Sra. Ministra que o que é contraproducente é levar os alunos ao colo como se fossem eternas crianças, facilitar-lhes a vidinha logo de pequenos para mais tarde se tornarem cidadãos mal preparados, displicentes e indefesos. O acto de reprovar não tem que ser visto pelo prisma único de castigo ou penalização do aluno por não estar apto para progredir; podendo e devendo antes ser visto como uma oportunidade concedida ao aluno de reaprender e adquirir aquilo que é essencial à sua progressão. Daí que, “perder o ano” possa, em muitos casos, significar um ganho e não uma perda.
Ao longo do meu percurso escolar vi muito professor penalizar os bons alunos ao mesmo tempo que se enterneciam pelos maus alunos. Se dar um 18 era uma verdadeira dor de cabeça, esticar um 8 e qualquer coisa até um 9 e qualquer coisa para, por fim, se brindar um aluno com um 10... era o pão nosso de cada dia.
Injustiças à parte, o que é que resta daqueles alunos que, de ano para ano, passavam à conta da benevolência dos professores? Muitos deles avançaram no percurso escolar até um ponto em que já não conseguiam acompanhar os demais, acabando por desistir...
Outros podem até ser hoje licenciados, mas as falhas primitivas de educação não deixam de aflorar – um breve exemplo para concretizar: conheço um recém licenciado que desde os tempos do liceu persiste em escrever “talvez” com ‘s’... ... entre um sem fim de erros ortográficos que envergonham até a sua mãe, senhora que se cingiu à “4ª classe” de outrora.
Não há dúvida de que um sistema facilitista tornará as próximas gerações ainda mais medíocres que as actuais. Bem, mas talvez seja isso que convenha à Sra. Ministra e ao seu governo: cidadãos que desconheçam os seus deveres/poderes na sociedade, cidadãos que não saibam reconhecer a importância de boas bases educacionais, cidadãos inábeis, estéreis e sem qualquer réstia de consciência.
sábado, 19 de abril de 2008
A revolta em números
Desconfiámos desta realidade aqui.
Mas isto comprovado com números ainda é mais revoltante...
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Fruta a mais
A marca "Boavista" tem mercado curto e, por isso, não se entendia que lucro previra o empresário, assumindo que jamais se apresentou como filantropo.
Não foi preciso esperar muito: a edição on-line do jornal "Sol" adianta que Sérgio Silva (o empresário) foi detido pela Polícia Judiciária, no Estádio do Bessa.
Vou, mas volto já
Sobre a demissão de Luís Filipe Menezes, apetece-me falar de duas evidências: em primeiro lugar, entendo que talvez fosse o único caminho, dada a contestação permanente que lhe vem sendo movida.
Em segundo lugar, esta antecipação de eleições parece-me coisa dos velhos tempos de liceu ou das listas da JSD; até pode ser que nem dê nisso, mas esta de pedir a demissão, marcar eleições no prazo de 30 dias (não dá para quase nada), não negar a recandidatura e continuar on tour pelo partido lembra um truque para tirar coelhos da cartola (leia-se, adversários da penumbra).
As perguntas que deviam ser feitas têm a ver, creio eu, com outros pontos, já que o argumento de que há contravapor soa voz de falsete. Desde que me lembro que há turbulência interna no PSD e isso sempre pôde ser visto como um estímulo a liderar mais e melhor. Mesmo nos tempos do Professor Cavaco Silva (em que o unanimismo era visto, mesmo sem encomenda, como regra), Pedro Pinto fazia uma lista alternativa ao Conselho Nacional. Por seu turno, Durão Barroso sempre viveu com contestação, Santana Lopes sofreu "pontapés na incubadora" e Marques Mendes foi espalmado...
Acresce que me parece ilustrativo do estado da arte o facto de o grémio laranja ter passado dias incontáveis a debater o programa de Fernanda Câncio na RTP, em razão de uma eventual relação pessoal com o Primeiro-Ministro. Aqui chegados, detenho-me por algumas linhas para analisar uma das mais monumentais asneiras cometidas pelo PSD, nos últimos tempos e que surpreende em Agostinho Branquinho e Ribau Esteves (já no Vice-Presidente que embarcou na prosa não surpreende o mote, achando mesmo prestigiante saber que a falta de apreço é recíproca, como ainda recentemente, num jantar público e em modo vernáculo, fez questão de atestar); entendo que jamais deve fazer-se política invocando assuntos íntimos (sejam insinuações sobre "colo" ou estas), ainda para mais quando se trata de uma profissional com currículo. Jamais me ocorreria que um militante do PS questionasse algum(a) profissional de comunicação social por qualquer relação pessoal que tivesse com um destacado dirigente do PSD, por muito que aqui fosse jornalismo político e além (Fernanda Câncio), aparentemente, não. Posso estar a ser ingénuo?!... Talvez, mas insisto que havia mil e um temas que os portugueses apreciariam ver na agenda do PSD, antes deste...
- É difícil que os cálculos falhem, mas pode sair o tiro pela culatra, se a ideia era antecipar para ganhar de caras.
- Não acho que a medida vá acalmar o partido. A contestação, mais ou menos assumida, vai continuar e a sanha saneadora "à Mendes" sempre enlameou mais do que limpou.
- Menezes recandidatar-se-á.
A cura do PSD
Menezes, como é sabido, é médico de reconhecido profissionalismo. Porém, esta enfermidade que vem arruinando o PSD não é passível de cura quando não há anticorpos que exterminem os progressivos agentes invasores. É certo que o vírus só se propaga se encontrar terreno favorável a isso. Mas havendo partes do corpo que rejeitam automaticamente os fármacos administrados sem lhes dar hipótese de qualquer actuação..., torna-se desgastante prosseguir o tratamento e utópico manter a esperança na convalescença.
Menezes não está no partido apenas para lhe administrar sucessivos cuidados paliativos, mitigando-lhe o sofrimento. Menezes acredita na cura – ainda que paulatina - do PSD. Não obstante - prudente que é - resolveu não fazer uso abusivo de antibióticos e decidiu que cabe agora auscultar de novo o doente, apurando a sua receptibilidade a novos agentes terapêuticos.
Se me permitem, o meu relatório médico recomenda que Menezes insista no tratamento, pese embora as contra-indicações e os eventuais efeitos secundários. Sim, o partido está débil. Mas é uma questão de reforçar o sistema imunitário, reforçar as defesas. Cabe uma primeira fase de vacinação para afastar os previsíveis micro-organismos - já a 24 de Maio - e depois é ir administrando as restantes doses com a devida precaução, aguardando por positivas reacções pós-vacinais.
O curioso é que no PSD há quem aja qual criancinha. Os que fazem birra por tudo e por nada, que falam muito - e à toa – e que chegada a hora de levar a ‘pica’ recuam, fugindo à seringa, subitamente medrosos. A esses cabe adverti-los – para já - de que esta síndrome da maledicência, do conluio, da cobiça e da ambição pode ser fatal. Não particularmente para o líder ora cessante, mas para o partido, para os seus militantes e, irreversivelmente, para o país. É que não é só o PSD que está enfermo. O país também. E não restam dúvidas que da eficácia do tratamento de um, depende a sobrevivência do outro.
A demissão
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Só eu sei porque fiquei em casa...
terça-feira, 15 de abril de 2008
Entretanto...
Reacções? Entre os líderes africanos, uns (Tanzânia e Zâmbia) já manifestaram preocupação, outros não estão para aí virados ( Angola e Namíbia). Quanto à Europa, somente os habitués - Reino Unido - se pronunciaram: Gordon Brown e o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros. O pedante Mugabe desvalorizou, dizendo que «Brown is a little tiny dot on this world». Um pequeno ponto, ou não, o certo é que no seio de uma comunidade internacional cega, surda e muda, o PM inglês marca de novo pontos - sendo que é dos poucos a apontar corajosamente o dedo ao execrável comportamento de Mugabe.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Ainda o 'Coelhone'
Argumentam alguns que passaram sete anos passados sobre a tutela do Ministério, como se fosse uma espécie de período de nojo cumprido. O que faria algum sentido se o problema estivesse no passado. Não é o caso, assim como não é apenas, como nos fazia crer Francisco Louçã, na condição anfíbia dos nossos políticos, a pulular entre o público e o privado, já que estes não podem viver da política toda a vida. O problema está no futuro – esse que José Sócrates anuncia, em pré-campanha, recheado de estradas, pontes e barragens – sem dúvida, algo com muito mais saída, junto do eleitorado, do que a aposta na economia do conhecimento, ou a reforma da Administração Pública, até aqui instrumentos para construir um país mais moderno.
Na Quadratura do Círculo de 9 de Abril, que contou, pela última vez, com a presença de Jorge Coelho, Pacheco Pereira, não deixou (e bem) de comentar a saída de Coelho. No dia seguinte, a imprensa, no geral, descrevia, mediaticamente, o momento como tempestuoso. Coelho permaneceu mudo e calado. Mas fez mal – deixa-nos sem esperança que as coisas possam ser diferentes, que haja algum sentido ético e limites para as suas influências, que não haja uma monopolização da construção pública, que não favorecerá a corrupção, que não contribua para a supressão do interesse público e que não perverta ainda mais a nossa jovem democracia. Como escrevia hoje no JN Mário Crespo, «perde-se o pudor, fica-se com o poder».
sábado, 12 de abril de 2008
Maré Negra
- Há 54 anos que a Académica não vencia o Benfica, em Lisboa.
- Foi a segunda vez que tal aconteceu. Na primeira ainda nem havia Estádio da Luz.
- Ao longo da sua história, em casa, apenas em oito ocasiões o Benfica perdera por três ou mais golos.
Em jeito de homenagem, ficam os nomes dos marcadores:Miguel Pedro, Berger e Luís Aguiar.
Todos estiveram muito bem, mas guardo um abraço para o imenso Pedro Roma.
Lê-se
Pedro Afonso, in Público
Descubra as diferenças (V)
Aliás, o governo de Chávez foi mais longe e garantiu que aquela hilariante família que nos acompanha desde pequenos influencia negativamente a criançada - mãe, está desfeito o mistério de teres uma filha cuja infância foi atípica! ...
Acatada a ordem, procedeu-se à substituição da série, pelo que agora naquele espaço televisivo pode ver-se Baywatch (Marés Vivas).
Percebe-se: uma família norte-americana estereotipada, humor inteligente e a ironia certeira dos Simpsons incomodam muita gente. Já o mesmo não se pode dizer da edificante Baywatch: miúdas giras em bikini, affairs de Verão e turistas deglutidos por tubarões.
Eis a mais recente benção matutina dos venezuelanos. Avé Chávez!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Campanha II
Sendo parte interessada, não deixo de, assumindo-o, voltar a pedir a vossa atenção para as eleições que, na próxima segunda-feira, dia 14, determinarão quem dirigirá a Académica (Organismo Autónomo de Futebol) nos próximos três anos.
Faço-o, desde logo, porque entendo que, numa agremiação desportiva como a nossa, alguns pontos não podem sequer merecer mácula; falo do cumprimento pontual das obrigações para com o Fisco e a Segurança Social. José Eduardo Simões tem cumprido – assim mostram os dados (não auditados) relativos ao primeiro semestre do exercício (época desportiva) em curso.
Depois, é crucial que os atletas e demais colaboradores sejam remunerados com equilíbrio, mas a tempo e horas. Aquilo que devia ser a regra, sabemo-lo, é cada vez mais raro em muitas empresas e mais ainda em clubes de futebol portugueses. Ao que pude apurar, quase sem excepção (sempre plausível e de somenos importência), José Eduardo Simões tem cumprido.
Em terceiro lugar, entendo que uma instituição centenária como a AAC e os seus “spin offs” (ou seja, as organizações que decorrem da casa-mãe) têm que estimar a sua caminhada pelo tempo, preservando os locais da sua memória e, se possível, aumentando o património a legar às gerações vindouras. Conservando a Sede dos Arcos do Jardim e investindo numa funcional e excelente Academia de formação e treino, José Eduardo Simões tem cumprido.
E, por falar em Academia Briosa XXI, quantos clubes podem gabar-se de ter uma infra-estrutura desta qualidade e utilidade, designadamente para que, a prazo, a Académica possa voltar a apoiar-se mais na prata da casa? A isto acresce o facto de, remando contra a maré (diria mesmo, contra o tsunami) do profissionalismo exacerbado, o actual elenco incentivar o estudo e pagar as propinas dos atletas que queiram aprofundar o seu desenvolvimento pessoal e a sua mais-valia cívica. Para os muitos que acreditam que a formação é essencial e que o dinheiro não deve ser o único valor que as pessoas desejam, José Eduardo Simões tem cumprido.
Mas como, acautelado o futuro e acarinhado o passado, importa gerir o presente, regista-se o combate ao passivo e a concomitante parcimónia na aquisição de passes de atletas. Por certo, é mais fácil entrar para a História e para o coração dos adeptos usando de espalhafato e contratando tudo o que mexe, na certeza de que outros pagarão “a conta”. Contudo, eu entendo que, mesmo passando por sobressaltos (como o actual percurso) e até arriscando (espero que nunca se dê o caso) um dissabor, só uma Académica gerida com rigor, sobriedade e contenção pode lançar as bases de uma permanência imorredoira no primeiro escalão do nosso “pontapé na bola”. E aqui, de igual forma, José Eduardo Simões tem cumprido.
É por tudo isto que, a mais de garantir o futuro da Académica, estará em jogo uma questão de gratidão quando, entre as 10 e as 22 horas de segunda-feira, equacionar votar em José Eduardo Simões…
A transição
A situação que tem marcado estas eleições – de manifesta falta de transparência e de opressão militar antes de uma possível segunda volta das eleições – faz repensar, depois de supostamente reforçadas as relações entre os países, o conteúdo daquele que foi um evento marcante da presidência europeia de José Sócrates. Além das ligeiras considerações tecidas por Durão Barroso, que sublinhou a vontade popular na mudança, o que constatamos é a indiferença e a apatia que a UE assinala perante este momento que, se espera, de transição.
Não é esta falta de coragem na recondução democrática de um país como o Zimbabwe que identificamos com a Europa no exercício do seu soft power, enquanto potência humanitária e, sobretudo, estrutura de influência moral que é ou deverá ser. Penso, porém, que casos como este não colocam em causa a manutenção de relações com África, apesar das teses canhotas de uma Europa saudosa do colonialismo em tempos de Globalização. São inegáveis as oportunidades que aquele continente representa e a Europa deverá potenciá-las sem esquecer o que celebrou, por exemplo, aquando do Acordo de Cottonou. Espero, por isso, que a UE se continue a bater pelo desenvolvimento dos países do sul, não descartando responsabilidades para com um continente parceiro.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Do lápis azul ao rato azul
Numa autarquia, e sem qualquer prévio esclarecimento, foi interditado o uso da Internet a todos os funcionários, presumindo-se que haja excepção quanto à presidência e vereação... Pois bem, corre o ano de 2008 e ainda há quem teime em viver no século passado. São notórias as vantagens - quer para as empresas quer para os trabalhadores – que há na utilização da Internet. Proibir e bloquear o acesso àquela ferramenta de trabalho é impedir os trabalhadores de ter acesso a informação. É torná-los menos qualificados e menos preparados. Pelo que uma medida destas é do mais contraproducente e ilógico que há.
É inegável que a Internet potencia o desenvolvimento da capacidade de investigação, autonomia e iniciativa do trabalhador, aspectos que podem ser capitalizados em prol da entidade empregadora. Aliás, se devidamente utilizada, reduz custos, acelera a produção, introduz novas formas de organização, facilita e intensifica a comunicação institucional e potencia o desenvolvimento social. É claro que há sempre quem a use de forma desmesurada e afecte a sua produtividade com isso – mas aqui não tem que "pagar o justo pelo pecador" - ou pior, quem a use no local de trabalho para fins censuráveis. Daí que se compreenda o bloqueio a determinados sites (pornografia, violência, jogo, pirataria e outros conteúdos abusivos). No entanto, não foi isso que sucedeu. O bloqueio à Internet e correio electrónico foi total, com excepção de 30 minutos por dia (curiosamente, à hora de almoço..).
O outro episódio de que tive conhecimento passou-se numa Universidade que se arrogou ao direito de exercer censura. Em causa, um mero blog cujo autor é assistente daquele estabelecimento de ensino. Consta que o director não aprecia a opinião expressa por aquele docente, e vai daí, declarou desprestigiantes os conteúdos do blog e impeliu o seu autor a terminar com a coisa. Duas notas importantes: o blog versava sobre temas sociais tão vastos como política, desporto e religião; o seu autor é assistente contratado a prazo, que é o mesmo que dizer, sem base material para fazer valer os seus direitos ante os seus superiores...
terça-feira, 8 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
quarta-feira, 2 de abril de 2008
(Ainda) a RTP e o PSD
Pois bem, antidemocrática é a estação pública que nos serve. Hoje mesmo veio a ERC reconhecer que o PSD é sub-representado na estação pública, tendo em conta os valores de referência definidos por aquela entidade com base na expressão eleitoral de cada partido. Destarte, não foram de todo descabidas as declarações do líder do PSD.
É certo que Menezes não foi eleito para dirigir a linha editorial de um canal televisivo, mas não creio que a liderança de um partido impeça o seu timoneiro de se pronunciar sobre a falta de pluralismo político-partidário que prolifera na grelha de um inverosímil serviço público.
Claro que não tardaram a vir à tona aqueles que se escudam no argumento de que o período analisado coincidiu com a presidência portuguesa da UE; bem como os que garantem a pés juntos que a mesma governamentalização da informação daquele canal ocorreu em tempos idos, quando o PS foi Oposição.
Ora, se bem me lembro, da última vez que o PS foi Oposição e o PSD foi Governo o líder da nação era Santana Lopes - político permeável aos media, é certo - cujo fugaz Governo foi mediatizado até ao tutano. O que eu não me lembro mesmo é de então os media terem usado da mesmíssima brandura e respeito com que há três anos vêm bafejando Sócrates e os seus discípulos...
terça-feira, 1 de abril de 2008
Descubra as diferenças (IV)
Não seremos nós, portugueses, um bocadinho sadomasoquistas..?!
De nada serve votarmo-nos insistentemente à autopunição, pese embora seja inegável que ainda temos muito a aprender em matéria de cidadania.
Atente-se ao exemplo acima. É prova clara de que temos vindo a registar significativas mudanças. Um exemplo que dá lugar a interpretações bem diferentes daquelas que habitualmente se tecem sobre o nosso povo e que nos deixa concluir que, afinal, no que toca a civismo parece que estamos um bocadinho assim à frente dos espanhóis...
Bye Bye Mugabe?
Um país que está de rastos após 28 anos de poder autoritário: 80% desemprego, a inflação mais elevada do Mundo - 165 mil por cento (um pão custa um milhão de dólares zimbabwanos) - fome que grassa (facto que repugna, dado que outrora foi denominado o "celeiro" de África por ser grande exportador de produtos alimentares...), um terço da população portadora do HIV/Sida e tantos outros números que falam por si.