segunda-feira, 30 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A coragem de uns e a cobardia de outros
Isto, porque ainda ninguém arranjou coragem para providenciar um quadro jurídico que regule este fenómeno e um quadro de poder estadual regional capaz de lhe fazer frente. Valha-nos a bravura daqueles que em missão vão fazendo o que podem pela segurança marítima!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Indecente
Sucede que entre os objectos leiloados, estava uma Barbie de burka. Uma das quinhentas que já foram postas à venda mundo fora. A artista italiana que teve esta brilhante ideia alega que a boneca simboliza a diversidade da cultura e da condição da mulher no mundo e que a criou "com o intuito de provocar as ocidentais, que se dizem livres mas não são verdadeiramente livres, vendem o seu corpo e a sua imagem".
Alguém pode dizer a esta senhora que o que realmente a devia incomodar é a (falta de) liberdade das mulheres islâmicas que estão confinadas à burka e à submissão masculina? E que é por demais vergonhoso que se recorra à polémica para vender mais? E que isto é assunto demasiado sério para ser misturado com a indústria de brinquedos?! Já agora, expliquem-lhe também que este tipo de provocação não só não livra as muçulmanas daquelas vestes como apenas acicata o clima entre o Mundo Islâmico e o Ocidente.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Mandriões
Ora bem... A mais de ser dever dos deputados acompanhar mesmo os debates que não correspondem a temas discutidas nas suas comissões, tratava-se de um documento essencial para a construção europeia e que, ainda por cima, foi assinado na nossa Capital. Há algum tempo isto seria motivo de orgulho...
Isto para além de eu achar que a maioria dos deputados não deve saber patavina sobre a União Europeia e o seu ordenamento jurídico...
Mais lugares à mesa
No acto de discutir não vejo problema; apesar de tudo, já lá vão mais de dez anos.
O que posso adiantar é que continuo céptico em relação ao processo em si, já que, num Estado pejado de suspeitas de corrupção e servido por uma classe política medíocre, aposto como tem tudo para dar asneira.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Abaixo de cão
África nossa
Selvagens II
Esta gente devia dar melhor imagem a uma Europa que andou por lá a dar o corpo ás balas sérvias.
Começou o medo do árbitro
Depois foi uma falta sobre Liedson, que acabou em lançamento para a Bósnia.
E Duda continua a pôr os nossos nervos em franja.
Teimoso que nem uma mula
Insiste em Duda, com Miguel Veloso no banco. Até Paulo Ferreira na esquerda faria melhor...
Valham-nos Pepe, Bruno Alves e Ricardo Carvalho.
Selvagens
E pensar que, na Luz, respeitámos o hino bósnio...
E pensar que costumo achar que o povo português é parco em civismo...
Pelo menos vi o Pepe a cantar o nosso (e dele) hino!
Vamos a eles!
Natal sob suspeita
Creio que, com culpa das magistraturas, estamos a induzir nos cidadãos um sentimento de putrefacção política e social inaceitável. Dito de outro modo e à maneira popular, das duas, uma: ou estamos perante uma vaga de corrupção sem precedentes, ou o caso ainda é pior e teremos que decidir entre uma inaceitável incompetência e um lodoso (exacto, não quis dizer doloso…) calculismo por parte das magistraturas.
Vamos por partes, todavia… Se optarmos pela primeira hipótese (e, com franqueza, acho que a resposta certa envolve um misto das duas), nada há de novo. Apenas se verifica que os políticos e os empresários, a mais da escala maior em que transaccionam, não são melhores do que o seu povo, pois dele emanam. E, aqui, tenho que repetir que me parece que se não estivéssemos na União Europeia, estaríamos a gerir um caos auto-subsistente como o que vi, há anos, na Albânia; sem desprimor para o valente povo do País das Águias, costumo dizer que somos “albaneses com dinheiro”, e mesmo este é cada vez mais escasso.
De resto, é o fado que se conhece: agimos de forma egoísta, desejamos a desgraça dos bem sucedidos, invejamos o vizinho e vivemos mais ocupados a tentar contornar a lei do que a pensar na bondade ínsita no seu cumprimento, designadamente dobrando uma nota à laia de gorjeta ou oferecendo algo mais em jeito de suborno. Isto, claro está, sem mencionar que somos o País onde a cunha é uma instituição. Assim sendo, como podemos esperar, no paraíso da esperteza saloia, que os nossos políticos e os nossos empresários não bebam desta fonte centenária?!
Contudo, e eis a segunda hipótese, no mais recente caso mediático - “Face Oculta” – não deixa de ser estranha a forma como, depois de uma investigação exemplarmente sigilosa pela Polícia Judiciária, se começam a divulgar a conta-gotas informações que lançam suspeitas sobre o Primeiro-Ministro. Sendo do PSD, estou à vontade para dizer que o cheiro a esturro sai por duas frestas: por um lado, não se entende este desejo de que o caso arda em lume brando, canalizando a informação em penosas e morosas prestações. Por outro lado, cientes de que a lei obriga à intervenção do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a hierarquizada (o adjectivo está aqui propositadamente!) magistratura do Ministério Público não só não contém as fugas de informação, como não as pune eficazmente; aliás, não as pune de forma alguma…
Não fora eu achar que ainda não estamos nesse grau de mesquinhez e pareceria que estamos a caminho de uma variação perigosa da democracia, para a qual alguns teóricos já alertaram: a república dos juízes e dos media.
Seja como for, cuidado com os presentes de Natal e, sobretudo, não fale deles ao telefone…
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Que porcaria!
Se já tendo a não simpatizar com o canal, a coisa agudizou-se com os comentários ao jogo. Fernando Correia, que até é um jornalista prestigiado e experiente, passou o jogo sem ir mencionando idade, clube e outros dados dos jogadores (algo útil, sobretudo quando falamos em jogadores mais jovens e, logo, menos conhecidos) e optou, isso sim, por passar o jogo com graçolas palermas, algo em que foi acompanhado por Cláudia Lopes, a jornalista de campo.
E eu que julgava que José Augusto Marques, jornalista da SIC, fazia maus comentários...
Seja como for, o horror continua a ter Rui Santos (também da SIC) como sinónimo!
Gripe laranja
Do lado activo, destaco dois focos de infecção: por um lado, a já debatida conversão das distritais e concelhias em sociedades anónimas de votos, com distribuição de cadeiras proporcional aos votos cacicados. Contudo, aqui chegados, não me interpretem mal: sei bem que as vitórias, mesmo as de figuras conceituadas, sempre se fizeram com a inclusão de caciques nas campanhas e com a mobilização em massa de grupos de militantes. O que contesto é o atraso na forma – Obama utilizou as novas tecnologias como meio de quebrar os custos de intermediação e de dar mais poder a cada apoiante, individualmente considerado – e o soldo que hoje é devido a estes “fantasmas” cujo nome nem se chega a saber, mesmo quando se arrastam pelo Parlamento, pelas câmaras municipais ou por quaisquer outros “abrigos” de luxo. Ganhar a liderança do PSD é, hoje e quase só, uma questão de regateio.
Por outro lado, contesto também o relativo aroma a naftalina que exala a presença de algum baronato. Sempre entendi que as elites do PSD eram preciosas e que o sucesso do partido vinha, em larga medida, do seu propalado interclassismo. Aprendi muito com nomes consagrados da política e da academia e ainda hoje agradeço esse privilégio, de que muitas das gerações mais recentes não desfrutaram, mercê da agonia da vida e do debate interno que percorriam as sedes partidárias até à segunda metade dos anos noventa.
Todavia, entendo que muitas das verdadeiras elites já se retiraram de cena, permanecendo um misto de algumas que assumem um papel de “senhorias” do partido e de pessoas que pretendem tomar os lugares que, entretanto, vagaram no camarote laranja. O maior problema é que toda esta gente – que continua a ter o seu relevo, já que condeno qualquer forma de populismo – terá que perceber que, guardando os ensinamentos de Sá Carneiro e a saudade do sucesso de Cavaco Silva, os tempos são outros, os temas em debate mudaram, a vida das pessoas está submetida a uma forma de ditadura bem mais opressiva e imperceptível do que a do Estado Novo (falo da voragem financeira e da vertigem consumista actuais) e a próprio receptor da mensagem política mudou, enquanto ser humano (a concentração e o interesse são menores e forma de comunicar pelos media tem que ser cirúrgica).
Resta falar da responsabilidade dos próprios militantes e simpatizantes, algo a que voltarei.
sábado, 14 de novembro de 2009
Episódio da vida real
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ele há mulheres exigentes..!
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Mercado Imobiliário de Topo na Europa Resiliente à Crise!
Top 5 countries: description of the most expensive Properties:
1. Monaco
SEA SIDE PLAZA
Cost of apartments: from 50 000 to 130 000 euro/m2
Multistorey building situated in prestigious region of Monaco (Fontvielle) was built in 1993.
Today is fully restored.
Advantages:
- Underground parking
- Panoramic sea and park view
- Proximity to helicopter landing ground
Disadvantages:
- Necessity of opening an account in one of Monaco banks to get an estate purchase permission.
2. France
Boulevard de la Croisette, 104
Cost of apartments: From 34 500 to 40 500 euro/m2.
9 - storey building situated in one of the most well-known streets in Cannes - Boulevard de la Croisette.
Advantages:
- Panoramic sea view from big terraces
- 24/7 security
- Underground parking
Disadvantages:
- Rather plain Architecture and indoor decorations
3. Denmark
Tuborg Boulevard 15.2.th
Cost of apartments: From 9 500 to 14 000 euro/m2
The complex of two 6 - storey buildings was built in 2008 in the most picturesque region of Copenhagen – Tuborg Harbour.
Advantages:
- Due to good location of one of the residence buildings each flat overlooks the sea.
- Comfortable yachts’ and cutters' mooring
Disadvantages:
- Slight remoteness from the beach
- No panoramic view due to the buildings built too close to each other
4. Spain
LAGUNA DE BANUS
Cost of apartments: From 7 000 to 13 500 euro/m2
Blocks of apartments and mini-villas make up a luxurious 5 – star complex situated in the most prestigious Spanish resort – Puerto Banus.
Advantages:
- Sea and pool view from all the apartments
- Several outdoor and indoor pools situated in the complex area
- Vast green territory under security control
- Gym, sauna, 24/7 security
Disadvantages:
- Absence of panoramic sea view from most apartments due to rather small dwelling height and large size of park territory
5. Russia
Millennium Tower
Cost of apartments: From 6 000 to 15 500 euro/m2
Built in 2008 this luxurious dwelling complex that is situated in an isolated area provides both apartments and 2- storey penthouses. Advantages:
- Sea view from all the flats
- Own fitness centre and bathing complex
- Own beach and pool with water slopes
- Ultramodern outdoor decoration: Belgian glass of different shades is used
- Infrastructure and winter resort in transport accessibility
Disadvantages:
- Even during crisis prices stayed practically the same due to pre-made expectations of the infrastructure development before the Olympic Games 2014 in Sochi.
Não havia necessidade
A meu ver, essa escassez de bom sendo atacou a FPF, que está a ser pouco razoável. Se é consabido que o jogador (há muito) não está em condições de jogar e se ao organismo de futebol foi até dada a possibilidade de ir lá comprová-lo pelos seus próprios meios (ao que sei os espanhóis a isso os convidaram), não faz sentido que se tenha insistido na convocatória de Cristiano Ronaldo e que se arme todo este circo à volta de um jogo e de um jogador. Bem disse um dos senhores do Clube madrileño que nada é mais importante para um jogador de futebol que representar o seu próprio país na selecção. Se Ronaldo não o faz, é porque não pode.
Bem sei que está muito "em jogo", mas a Selecção até já provou que respira (mesmo) sem ele. E é claro que todos nós gostaríamos de poder vê-lo a pisar o relvado na Luz, já no sábado. Não sendo possível, deviam concentrar as energias nos que vão estar em campo, porque são esses quem vão ditar o destino de Portugal no Mundial de 2010.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Gajo de Gabarito VI
E nem falo do facto de André Villas-Boas ter mudado o futebol da Académica para (visivelmente) melhor.
Refiro-me, sobretudo, ao carácter que o jovem técnico revela, mesmo tratando-se da sua primeira experiência a solo.
Tem isto a ver com o que pode ler-se no Diário Digital e que, por ser eloquente, transcrevo na íntegra:
" 'Sou indiferente a esses comentários. Não estou aqui para alimentar os vossos rumores ou o mercado de treinadores. Estou totalmente imbuído no projecto da Académica.', sentenciou Villas-Boas, em declarações reproduzidas pelo site Mais Futebol.
O técnico que trouxe uma nova imagem ao futebol dos estudantes e que está a começar agora o seu percurso enquanto treinador principal defendeu ainda que 'a histeria que se tem formado à volta da equipa tem sido produzida pelos jornalistas, quando estão, para além de mim, 28 jogadores unidos em torno de um objectivo. Estão a exagerar no protagonismo dado ao treinador, esquecendo que são os atletas que transportam as ideias para dentro de campo. Não sou um novo messias, que faz tudo por si só.' "
Sei que os resultados também contam (e como contam...), mas é gente desta massa que faz falta ao futebol e, por que não, à sociedade portuguesa.
De ir às lágrimas
"Lágrimas de Eros" aborda, com elegãncia, a relação entre a sexualidade e o impulso de morte ou, como se diz na introdução à mesma, entre Eros e Tánatos (as personificações de ambos na mitologia grega).
Num caminho de sabedoria, percorremos doze temas onde a arte reproduziu a tensão entre ambos: Nascimento de Vénus, Eva e a serpente, Esfinges e sereias, Tentações de Santo António, O Martírio de São Sebastião, Andrómeda acorrentada, O beijo, Apólo e Jacinto, Endymion, Cleópatra e Ofélia, Madalena penitente e Caçadores de cabeças.
De entre as muitas e magníficas obras, destaco (de forma puramente subjectiva) as da autoria de John Currin, Salvador Dalí, Edvard Munch, Andy Warhol, Giambattista Tiepolo, Sam Taylor-Wood (uma instalação em vídeo com David Beckham), Tom Hunter e Antonio Canova.
Tem até 31 de Janeiro de 2010 e, mesmo sem o TGV do Eng, Sócrates, é mesmo ali ao lado. Vá por mim, porque não se arrepende.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Tranquilidade
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Devia beber chá por uma palhinha!
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
David vs. Golias
Eis a prova de que pugnar por uma causa está ao alcance de qualquer um de nós. E a prova de que mesmo um grande operador de televisão não é grande o suficiente para poder esmagar os limites de programação, numa ânsia desenfreada por conquistar a audiência juvenil, sem que seja punido por isso.
Felizmente, tendem a proliferar organismos junto dos quais podemos recorrer quando nos deparamos com situações que nos indignam, mesmo quando não nos tocam directamente, como era o caso. É, sobretudo, uma questão de consciência. Uma opção entre encolher os ombros e conformarmo-nos com o que nos impingem ou usar dos meios que temos à disposição - à semelhança de David e da sua fisga - para pôr na ordem os gigantes que julgamos invencíveis.
Política barata
No último fim-de-semana ouvi, na rádio, o deputado João Semedo a defender a extensão do subsídio de desemprego a todo aquele, sem excepção, que perca o emprego. Eis uma medida simpática e insustentável; ou seja, demagogia...
Mas por que estou eu surpreendido, perguntarão... Porque a coisa não ficou por aqui. Quando os jornalistas perguntaram ao demagogo de serviço quanto custaria aos cofres públicos tal medida, o Deputado disse que não sabia!...
Os eleitores do BE que "brinquem" aos votos e um dia arrependem-se...
Falta de nível
Digo-o porque mais importante ainda do que saber perder é saber ganhar. Acho inqualificável que, no fim da vitória sobre o SLB (diria fosse qual fosse o oponente, sublinho), tenha sido difundida pela instalação sonora do estádio música de tourada, para que os adeptos gritassem "olés" de permeio.
Grito, aliás, que se repetiu constantemente, após o segundo golo, o que configura uma humilhação escusada para com um adversário (ainda por cima, com um historial infinitamente mais recheado de sucessos)... Não me esqueço, ao censurar este tipo de alarvidades, de rememorar a nobreza do gesto de José Mourinho, há uns anos. Perdia a minha Académica por 4 a 1, no Estádio do Dragão, quando a claque (Super Dragões) encetou uma vaga de gritos semelhantes. De imediato, o Special One se levantou do banco acenando à entusiasmada tribo para que parasse com tal grosseria, o que aconteceu.
Tudo isto, no fundo, para afirmar que é mesmo muito importante saber ganhar!... Algo, diga-se, que também podia ser ensinado ao treinador benfiquista, Jorge Jesus...
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Idade da pedra
Deixando de lado as alegorias, comecemos exactamente por aqui: o PSD vive, hoje, de facções. O problema é que, em tempos idos (até meados dos anos 90, diria eu), cada grupo não só era suficientemente vasto para ser representativo, como era liderado por figuras com um percurso reconhecido e servidas por “generais” a quem também se reconhecia craveira para liderar “exércitos”. Acresce que as clivagens era ditadas por divergências ideológicas relativamente bem identificadas - creio que o último estertor disto se sentiu na “batalha” do Coliseu, em 1995, que envolveu Fernando Nogueira, Durão Barroso e Santana Lopes. Aliás, mesmo antes, em Coimbra (e presumo que no resto do país laranja), ser “nogueirista” ou “loureirista” (Dias Loureiro) era um “Grand Canyon” que apartava uma escolha social-democrata de uma opção liberal.
O problema actual reside exactamente no oposto. Assiste-se, nos dias que correm, à implantação de um modelo afegão dentro do PSD; há várias “tribos” (muitas…) e estas são lideradas por projectos eminentemente pessoais e por acólitos que já se banqueteiam em algumas sinecuras ou que, pelo menos, têm a esperança de trinchar um pouco do peru, no próximo Natal (que é como quem diz, num próximo executivo camarário, governamental ou em qualquer gabinete).
Razão tem, por isso, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa quando tenta impor um modelo minimamente federador, recusando mesmo o tentador apelo que lhe tem sido dirigido por várias individualidades dignas de crédito, sob pena de, aceitando, se tornar no candidato da “guarda de honra” de Durão Barroso que, a meu ver e com argúcia, tenta, a todo o custo, segurar posições internas a pensar em 2016, altura em que o seu líder já terá voltado de Bruxelas e em que poderá ver em Belém um bom (e, por que não, merecido) final de carreira política. Não digo que daí venha mal ao mundo, mas sublinho que não será assim que se contraria a decadência já iniciada e a ruína eminente da representatividade eleitoral do PSD.
Basta que o CDS institucionalize os ganhos obtidos – passando a ser menos dependente do carisma de Paulo Portas – e que o PS seja inteligente na gestão das sensibilidades de centro-esquerda, nos próximos anos, e o PSD ver-se-á, a meu ver, espartilhado numa franja com tecto máximo de 30% de votos que lhe ditará o fim da sua histórica condição de opção individualizada de governo. Basta ver que nos últimos quinze anos apenas três (e pouco) foram de governo social-democrata e, ainda assim, em coligação com o CDS.
Voltaremos ao tema, esperando eu estar redondamente enganado…
domingo, 1 de novembro de 2009
"Judite de Sousa - A Vida é um Minuto"
Motivado pela leitura da entrevista que Dan Brown concedeu à Revista Única do Expresso, fui este Sábado à Bertrand do Dolce Vita, em Coimbra, com o intuito de comprar o seu novo livro: “O Símbolo Perdido”. Todavia, olhando para as estantes, decidi acrescentar outro à lista de compras, o da jornalista “Judite de Sousa – A Vida é um Minuto”. O preço é convidativo (12€) e o interesse suscitado pela mediatização do mesmo ajudaram. É a típica compra por impulso.
O livro não do género “calhamaço”. Li-o em poucas horas. Não custa passar de folha em folha. A escrita é simples, assertiva e não entra em "rodriguinhos". Nele, a autora aborda a importância da comunicação política. Faz um rewind histórico sobre alguns dos temas quentes, alguns à escala global, outros mais “caseiros”. Desde o caso Freeport, à importância e pressões dos comentários semanais de António Vitorino e Marcelo Rebelo de Sousa, o estilo comunicativo de alguns dos nossos principais políticos, as palavras do Poder, a ascensão política de Lula da Silva e Barak Obama, entre outros... Enfim, temas que são do domínio de todos.
Mas vai mais longe. Mostra um pouco do seu olhar de lince enquanto jornalista face à comunicação política adoptada por alguns políticos em vários casos altamente mediatizados, indo um pouco mais além que o habitual conservadorismo que impera na esmagadora maioria dos elementos da sua classe.
Não é um trabalho científico. Aliás, nota-se que não houve grande trabalho de investigação. No entanto, creio que fica um "manual" que poderá ajudar alguns políticos a comunicar de forma mais assertiva na arena política.
f…
Estava em casa a ver a sic quando foi interrompida a emissão à meia-noite… o jornalista dizia: “estamos em directo da actuação ao vivo do Pedro Abrunhosa e bandemónio…!” Foi uma actuação lá prós lados do “deserto” – como diz o teu camarada Lino. E tu, no auge da tua carreira, por entre as músicas sempre com uma mensagem ética e responsável para dares aos jovens portugueses.
PA, decidi escrever assim este post… “cool”… para que percebas, no “teu meio artístico”, a mensagem de entusiasmo de te ter na política!
“Se a política podia viver sem ti… podia, mas não era a mesma coisa…”