Isto já não falando no calvário que vai ser quando, ao fim dos dez anos (creio eu) contratualizados, o Estado for chamado a dizer se compra ou não a Colecção Berardo, visto que se antevêem valores exorbitantes. Se os ciclos se mantiverem, será o PSD a descalçar a bota (o que nem é tão injusto quanto isso, já que, em matéria cultural, também tem incontáveis culpas no cartório)...
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
A f(r)esta da música
Isto já não falando no calvário que vai ser quando, ao fim dos dez anos (creio eu) contratualizados, o Estado for chamado a dizer se compra ou não a Colecção Berardo, visto que se antevêem valores exorbitantes. Se os ciclos se mantiverem, será o PSD a descalçar a bota (o que nem é tão injusto quanto isso, já que, em matéria cultural, também tem incontáveis culpas no cartório)...
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Café em chávena quente
2. Andamos mesmo loucos da cabeça.
3. Não nos respeitamos suficientemente.
4. A Dulce e os que com ela abraçam causas (justas) em defesa das mulheres ainda têm muito a fazer.
De qualquer modo, o café sul-americano é bom, apesar de custar o dobro, nestes locais, dada a servidão de vistas.
* Que nos emprestou a fotografia, pese embora sem saber...
sábado, 25 de novembro de 2006
Tolerância ZERO
Fazendo então a ponte da ‘tolerância’ para o que deve ser intolerável:
Hoje, 25 de Novembro, assinala-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
E mais uma vez senti necessidade de focar uma data; a de hoje para para relembrar que em pleno séc. XXI, por esse Mundo fora, as mulheres ainda são vítimas de discriminações de toda a ordem e de actos de violência de toda a espécie.
Lembrar que a violência sobre a mulher é um fenómeno mundial, que ocorre numa variedade de contextos - não só nos países ditos subdesenvolvidos - atravessa fronteiras, religiões, classes sociais e que não se restringe à violência doméstica. A realidade é muito mais ampla – tráfico humano, violação sexual, discriminação laboral... enfim, uma lista (lamentavelmente) infindável...
Lembrar também que os dados ‘falam’ por si. Aqui ficam alguns mais recentes:
*Nos EUA uma mulher é violada a cada 90 segundos;
*Em 28 países de África a mutilação genital ainda é praticada;
*80% dos refugiados de conflitos comunitários, étnicos ou políticos são do sexo feminino;
*A cada três dias morre uma mulher vítima de maus tratos em França (dados revelados esta semana por uma ministra francesa);
*Em Portugal, 50 casos diários de violência doméstica chegam à PSP/GNR;
Não foi por acaso que a ONU, em 1999, resolveu dedicar este dia como dia oficial do combate a uma das muitas violências que teimam em proliferar.
Um dia para lembrar, meditar e pensar de que forma nos podemos mobilizar contra uma das mais vastas e persistentes violações de Direitos Humanos.
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
My name is Craig, Daniel Craig...
Muitas críticas depois, dois dentes partidos, dias a fio no ginásio, alguns enjoos no barco e até queimaduras solares...
...aí está Daniel Craig reencarnando o espião mais sexy do cinema.
Efeminado, demasiado louro, parecido com um operário de Leste, pouco sofisticado, pouco bonito, pouco carisma... o rol de críticas era interminável quando o sucessor de Pierce Brosnan foi anunciado.
Contudo, hoje reúne elogios por parte da crítica cinematográfica. Foi ovacionado na ante estreia no Reino Unido e, imagine-se, até teve direito a um cumprimento da Rainha Isabel II, que fez questão de lhe falar pessoalmente!
Quem já viu diz que o sexto actor a interpretar James Bond não destruiu essa imagem de marca que Ian Fleming criou. E acrescenta que veste e despe muito bem o smoking...
Coisas sobre as quais de momento não posso opinar... só mesmo depois de ver o filme...
Mas uma coisa é certa: agrade ou não aos fiéis de 007, Craig retomará o papel do agente secreto mais famoso do Mundo já em 2008.
Francamente II
domingo, 19 de novembro de 2006
Francamente!...
Dizia o relato da jornalista portuguesa que o ambiente ficou tenso assim que surgiram helicópteros com "franco-atiradores da polícia"...
Ora, passando a publicidade, o bom serviço do dicionário "Priberam" ajuda-nos, dizendo que um franco-atirador é "aquele que faz parte de um corpo irregular de tropas ou combate, por iniciativa própria, sem estar ligado ao exército legalmente constituído; guerrilheiro; membro de certas associações que têm escolas de tiro".
Quereria a jornalista dizer, por exemplo, atirador de elite ?! Nunca o saberemos, receio bem...
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Homens de saias
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
Porque hoje é...
"A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos"
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
"Percepções e Realidade"… by PSL
Eu sou da opinião de que o período de 2002 a 2006 da política portuguesa será alvo de um “Case Study” para quem se dedicar à ciência política, no futuro…
Mesmo para os menos atentos, é fácil perceber que não é normal que se agendem eleições antecipadas num país com uma maioria parlamentar e com uma grave situação económica em resolução…
Quais foram os critérios de avaliação de competência utilizado pelo presidente Sampaio ao primeiro-ministro em 2004, tendo este apenas um mandato de 4 meses??? Mandato esse confiado, por esse mesmo presidente…
Será que foram os mesmos critérios que o presidente Sampaio utilizou para avaliar, entre 1996 e 2001, os governos do engenheiro Guterres??? Parece-me que não…
NOTA: a referência anterior ao período do “case study” de 2002 a 2006, não é um erro!!! As medidas do actual Governo são idênticas a muitas das medidas anunciadas pelo Governo de PSL em 2004… O que, realmente, difere é actual Presidente da Republica…
Sobre este assunto, não tenho mais nada a acrescentar, a não ser após a leitura do livro!!!
Confesso que também estou curioso por saber quais os comentários do Professor Marcelo no próximo Domingo, relativamente a este “relato” de PSL…
terça-feira, 14 de novembro de 2006
Cala-te boca
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Favores em cadeia
Um ombro cheio de qualidades
Prémio "Splendor"
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
É fruta ou chocolate!...
De facto, olhando outras nações que progridem, mesmo não detendo riquezas naturais de vulto (como sucede connosco), tenho vindo a afirmar que valores e atitudes como o mérito, a honestidade, a lealdade, o esforço, o estudo, entre outros, podiam fazer-nos, atendendo às imensas qualidades de que também somos fieis depositários, estar na liderança dos países desenvolvidos, em não muito tempo.
Em quatro andamentos (quatro singelas e reais situações que me sucederam) abordo a ideia pelo lado comercial, em torno do qual gira muito do que é a maneira de agir de um povo, nas economias de mercado.
Dispenso-me de gastar o meu latim com o lado da procura, já que, também em mais do que uma ocasião, me debrucei sobre o fenómeno do sobreendividamento e a histeria actual pelo supérfluo.
Resta-nos, assim, olhar a oferta e tentar ilustrar as razões pelas quais, mesmo nos actos comerciais mais simples, começa a ser interessante deixar o seu dinheiro e pagar os seus impostos associados ao consumo noutros países, sempre que possível. É neste âmbito que caiem as duas primeiras situações, que relato esta semana.
Assim, e pegando na deixa, começo pelos casos em que isso foi possível, recentemente. Opto por situações comuns do dia-a-dia, já que são aquelas que mais me interessaria perceber, visto que começa a avolumar-se em mim a ideia de que, sendo verdade que, em média, recebemos menos a título de remuneração e consumimos bens mais caros (o exemplo mais célebre é o dos carros, mas, neste caso, com uma explicação tributária óbvia), é duvidoso sonhar com o ideal de equalização que preside ao chavão da “coesão”, tão apreciado pelos que vêem em Bruxelas o paraíso.
Exemplificando, posso dizer-vos que, num sítio da Internet dedicado à electrónica e baseado em Espanha é possível comprar, por exemplo, um telemóvel que custe cerca de 280€, na loja do fabricante (Nokia), em Portugal, por menos de 230€ com portes e comissão do revendedor incluídos, economizando aproximadamente 18%, sem sair de casa.
Mas, mudando a agulha, também em bens culturais pode evitar os comerciantes com sede ou filiais em Portugal, com vantagens notórias. Aponto o caso de um livro que aborda a cultura ocidental dos últimos dois séculos, que pode adquirir por mais de 53€, na FNAC, em Lisboa. Com meia dúzia de toques no rato do seu computador, câmbio efectuado e impostos liquidados, a Amazon do Reino Unido envia-lhe a mesmíssima obra, no mesmíssimo idioma (inglês), por 40€, números redondos, posto o que também reteve no mealheiro cerca de 25% do que lhe pediram na capital portuguesa.
Ou seja, torna-se fácil optar pelo estrangeiro, numa altura em que a retoma precisa de nós. A verdade, porém, é que termos como “retoma”, “crude”, “OPA” e afins não satisfazem as nossas necessidades de consumo, pelo que haveria que repensar a competitividade da nossa economia, refrescando (eufemismo deliberado) a atitude de Estado, trabalhadores e empresários.
Numa altura de personalização da procura, a nossa oferta continua a tratar o assunto a granel, digo eu…
terça-feira, 7 de novembro de 2006
Os amigos de Drácula
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
O estado do "Quarto Poder" e... o Estado e o "Quarto Poder"
Sempre que se fazem rankings mundiais sobre o que quer que seja, estamos confinados a figurar nos piores lugares.
Seja qual for o assunto, lá estamos nós, portugueses, na lista negra, habituadissímos aos lugares mais vergonhosos.
Mas diz o povo que “não há regra sem excepção”...
Na passada semana, a ONG “Repórteres sem Fronteiras” divulgou um relatório sobre a liberdade de imprensa no Mundo referente a 2006.
E eis que Portugal “arrecada” a 10ª posição entre 168 países.
Esta posição talvez não nos surpreenda assim tanto, uma vez que longe vão os tempos das comissões de censura e do lápis azul.
Porém, desenganem-se os que julgam que a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa são “dados mais que adquiridos” quer em terras lusas, quer por esse Mundo fora.
Mediáticos casos como o dos cartoons dinamarqueses – país que outrora figurava no primeirissímo lugar deste ranking... - ou a mais recente morte da jornalista russa fazem-nos repensar o conceito de liberdade de expressão no mundo de hoje.
Até porque os atentados à liberdade de imprensa não se confinam somente a actos graves e mediáticos como estes...
A liberdade de imprensa e a inerente liberdade de expressão estão consagradas em quase todas as Constituições por esse Mundo fora. Trata-se de um princípio cuja importância, à partida, ninguém questiona.
E que na prática parece estar assegurado: afinal, vão surgindo novas formas de pôr em prática a nossa liberdade de expressão – como o é aqui o caso da blogosfera!
E todos os dias nascem novas publicações e revistas. (Por terras lusas, a morte do "Independente" e o nascimento do novato “Sol”, cujo grau de isenção eu não questiono, vieram relançar esta discussão da isenção jornalística...)
Contudo, a maioria de nós mal se apercebe de que diariamente este princípio se vê limitado um pouco por todo o lado, mesmo diante dos nossos olhos. A forma mais subtil de limitar a liberdade de imprensa nos nossos dias é controlar a informação, controlar criteriosamente e rigorosamente aquilo que é passível de ser notícia.
A questão hoje para o editor parece ser: «o que há de novo no mundo de hoje que mereça destaque no meu jornal, que conquiste leitores e que não se confronte com os que o sustentam economicamente?»
E assim se faz jornalismo dito “livre”...
Esta é, ainda que não queiramos assim ver, uma nova forma de censura. Não a do lápis azul, mas talvez a do “toque no ombro”, a do telefonema em tom de aviso.
Apesar de estarmos no “top ten” da liberdade de imprensa, a verdade é que nem o nosso jornalismo é impermeável às influências do poder político e económico...
Nem nós, nem a espanhola Prisa do PSOE, nem a Fox dos Conservadores... tantos (maus) exemplos de como a concentração do poder mediático em quem tem poder económico, pode deturpar o conceito de liberdade de expressão.
Ou seja, legalmente, a censura há muito que acabou.
Em Portugal, do ponto de vista formal, há liberdade de imprensa desde a Revolução dos Cravos. Contudo, volvidas mais de três décadas, não podemos falar de uma imprensa totalmente livre. Aliás, o mais provável é que nunca chegue o dia em que possamos falar dela.
Afinal, trata-se do Quarto Poder, e como Poder que é... há-de sempre ser “controlado”.
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
Music Hall
Na 3ª feira, os GNR comemoraram 25 anos de carreira, no Coliseu de Lisboa.
Sei que sou suspeito, uma vez que se trata do meu grupo favorito, mas arrisco dizer que foi uma performance notável de um conjunto que tem no seu vocalista, mais do que um cantor, um artista.