segunda-feira, 8 de maio de 2006

Haja Coração!

Parece sina da Briosa deixar para o fim o que podia e devia ter sido resolvido bem antes. Com o orçamento, equipa de futebol e massa associativa que tem, há credos que podiam muito bem ser evitados. Irritante mesmo, é que aliado à fortuna no jogo de ontem contra o Marítimo, temos o treinador, a horas do derradeiro jogo, proferir que se fosse para encher o estádio, o sofrimento era amenizado!
Valeu-nos um Joeano em forma, que apesar de muitos meses sentado na poltrona dos esquecidos, lá nos deu uma ajuda (e que ajuda) nesta etapa final.
Espero, sinceramente, que para a próxima batalha desportiva, o sofrimento se revista de outras aspirações, condizentes com a grandeza reconhecida à nossa (minha e de mais uns quantos milhões) Briosa.

Virando para outro flanco, outra paixão, lá se realizaram as primeiras directas no PSD. Confesso-me há muito adepto deste método de eleição do líder. Não só o defendo para o PSD, como também para a JSD, se bem que neste último caso, parece-me algo para o qual a estrutura ainda não se encontra minimamente preparada.
As eleições parecem ter corrido bem, a votação no líder reeleito foi expressiva, apesar de uma abstenção elevada, mas justificada, devido à falta de “opponnents”. Contudo, nesta eleição, retira-se que uma eventual candidatura de um qualquer militante que queira ir a votos não se afigura nada fácil! Sem apoios de base, tal torna-se mesmo impossível, veja-se o caso do Dr. Pereira Coelho (Zé Beto), que apesar de não ser um militante desconhecido no partido, não conseguiu ir avante com as intenções de uma candidatura.
Mas, as novidades, não só foram o método de eleição, mas também a questão do pagamento das quotas. Já se fazia tarde, combater o pagamento de quotas em catadupa. Esta decisão da CPN em atribuir de forma aleatória os códigos de pagamento das quotas, atribuídas antecipadamente via postal, já urgia e só peca por tardia.
Finda a etapa eleitoral interna, compete agora a Marques Mendes, tornar o partido mais apelativo, conseguir fazer passar uma mensagem de rigor e reorganização interna, complementá-la com ideias e propostas que saciem os intentos da sociedade civil, utilizar métodos e técnicas de comunicação expressivas, baseadas na experiência adquirida ao longo dos anos, rodeando-se de quadros políticos competentes.
Não aparenta ser tarefa fácil, combater um governo com um líder forte, munido de uma máquina de Marketing Político jamais vista em Portugal.
Que o tempo e desgaste inerentes à governação, aliados a um PSD forte, com Marques Mendes ao leme, nos façam sonhar que em 2009 é possível.

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