tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post5457370920978391289..comments2023-10-08T15:43:50.652+01:00Comments on Ainda há lodo no cais: Sou diferente, logo existo... e receboGonçalo Capitãohttp://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-63651654739276109302008-01-18T13:58:00.000+00:002008-01-18T13:58:00.000+00:00O teu comentário e a relação que estabeleces com a...O teu comentário e a relação que estabeleces com a aparente contradição em relação ao que escrevi no teu texto sobre jornais "light" são, como esperava, muito inteligentes.<BR/><BR/>Porém, faço alguma distinção entre filmes - que vejo como entretimento, na sua esmagadora maioria - e leitura, mormente a de jornais.<BR/><BR/>O desenvolvimento intelectual derivado da leitura é, de acordo com autores como G.Sartori, bem diverso do proporcionado pelo audiovisual. Em certos casos, há quem diga mesmo que os novos conteúdos chegam a propiciar um retrocesso na capacidade de abstrair.<BR/><BR/>Já quanto a ler jornais - dizem outros autores - falamos de um indicador de envolvimento cívico, dada a natureza do que se lê.<BR/><BR/>Ou seja, quem busca um jornal fá-lo porque (ainda) quer envolver-se na polis, sendo conveniente que seja bem municiado e possa desenvolver a sua arquitectura cognitiva com segurança.~<BR/><BR/>No cinema confesso que sou menos exigente, embora haja que pensar... Por exemplo, a trilogia "Matrix" já foi apontada por adolescentes como motivação de crimes que chegam ao homicídio.Gonçalo Capitãohttps://www.blogger.com/profile/13991390135203214039noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11056452.post-34182615484540229062008-01-14T18:42:00.000+00:002008-01-14T18:42:00.000+00:00Partilho da mesma indignação quanto às sempre inju...Partilho da mesma indignação quanto às sempre injustas e disparatadas classificações dos pseudo-críticos de cinema. Salvo raras excepções, são insensatos e pretensiosos. <BR/>Aliás, confesso que muitas vezes me guio pelas suas críticas de forma inversa: os filmes com pior classificação são os que coloco como prioritários; só depois vêm aqueles que os ditos consagram como obras primas, e que geralmente não passam de películas enfadonhas, que pouco ou nada acrescentam ao espectador comum e que tampouco o levam a meditar. <BR/><BR/>Diz o Gonçalo: <BR/>“ (...) deve apoiar-se quem, por muito “pop” que seja, consiga comunicar com os nossos concidadãos, levando-os a sair de casa ou, pelo menos, a ligar o leitor de dvd (...)”<BR/><BR/>Subscrevo inteiramente. <BR/>E isto pode aplicar-se de igual modo a uma discussão recente que surgiu aqui no Lodo a propósito de jornais gratuitos e literatura light. <BR/>Na mesma linha de raciocínio, instigar um português médio a ler Tolstoi ou G. Garcia Marquez quando está habituado a digerir pouco mais que o Correio da Manhã, é ... digamos que'contranatura'. Porquê obrigá-lo a digerir um requintado prato de escargots à moda de Bourgogne quando ele só sabe apreciar caracoletas da tasca?<BR/>Aparentemente o produto é o mesmo, mas difere no conteúdo e no método de consumo. E se não o sabe consumir, nem tão pouco dar valor a tal iguaria, de nada lhe vale o esforço de deglutir. <BR/>Daí que reconheça (e valorize) o espaço da literatura light no nosso Portugal.<BR/>Preferível, a meu ver, uma pessoa ler com entusiasmo um livro de conteúdo mais soft que instá-la a ler (simplesmente 'por ler') um clássico da literatura que, no seu caso, nada lhe acrescentará.<BR/><BR/>Por fim, realçar o oportuno que é relembrar (mais uma vez) a falta de políticas culturais deste país. Isabel Pires de Lima que se cuide, agora que se prevê uma remodelação no Governo e não há meio da ministra mostrar trabalho...<BR/>O Museu Berardo enche a vista, mas há muito mais para além disso. Já era hora, por ex., de diminuir o IVA aplicado a CD’s e DVD’s – não é só uma questão de facilitar acesso aos bens culturais, mas também de minorar males que proliferam, como o caso da pirataria, por ex.Dulcehttps://www.blogger.com/profile/05263174525995979950noreply@blogger.com